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Estado de Minas ONCOLOGIA

Mar�o Azul-Marinho: conscientiza��o sobre o c�ncer colorretal

'Estudo divulgado recentemente revela que n�mero de casos de tumor colorretal (de intestino grosso e reto) est� aumentando entre adultos jovens e de meia-idade'


12/03/2023 04:00 - atualizado 10/03/2023 18:42

Ilustração
(foto: Lelis/Artes EM/D.A Press )

 
Um estudo divulgado recentemente  pela Sociedade Americana de C�ncer revela que o n�mero de casos de tumor colorretal (de intestino grosso e reto) est� aumentando entre adultos jovens e de meia-idade, principalmente o  c�ncer de reto — antes mais comum entre idosos. De cada 10 pacientes diagnosticados com essa doen�a, tr�s t�m menos de 55 anos. Entre os motivos, est�o a obesidade, a alimenta��o pouco saud�vel, o estilo de vida sedent�rio e a predisposi��o gen�tica, que fazem com que especialistas sugiram a antecipa��o da recomenda��o para exames de detec��o dos tumores.
 
“A tend�ncia entre os jovens serve de term�metro para o futuro da doen�a”, disse Rebecca Siegel, pesquisadora da Sociedade Americana de C�ncer e l�der do estudo publicado no peri�dico “Journal of the National Cancer Institute”.
 
Os pesquisadores analisaram 490.305 casos diagnosticados em pacientes com mais de 20 anos nos Estados Unidos, entre 1974 e 2013. Em geral, a incid�ncia est� em decl�nio desde a metade da d�cada de 1980, gra�as a novas t�cnicas de detec��o, mas entre adultos de 20 a 39 anos, a taxa de incid�ncia de c�ncer de intestino vem crescendo entre 1% e 2,4% anualmente desde a d�cada de 1980. E na faixa et�ria dos 40 aos 54 anos, a varia��o anual tem sido entre 0,5% e 1,3% desde meados da d�cada de 1990. 
 
O aumento nas taxas de incid�ncia de c�ncer no reto � ainda mais evidente, com varia��o m�dia anual de 3,2% entre 1974 e 2013 para adultos na faixa et�ria entre 20 e 29 anos. Entre 40 e 54 anos, o crescimento foi de 2% ao ano desde a d�cada de 1990. Em 2013, 29% dos casos diagnosticados da doen�a foram em pacientes com menos de 55 anos, contra percentual de 15% registrado em 1990.
 
 
Bons h�bitos de vida e exames gen�ticos de rastreamento contribuem para a preven��o  do c�ncer de intestino O c�ncer de intestino � um tumor de f�cil preven��o  e um dos mais eficientemente   cur�veis desde que se fa�a um diagn�stico precoce.  Realizar atividades f�sicas e manter de tr�s a cinco refei��es por dia baseadas em frutas, legumes, verduras, gr�os  e carnes brancas s�o alguns dos cuidados que podem evitar a ocorr�ncia do c�ncer de intestino ou colorretal. Sendo o terceiro mais comum no mundo, este tipo de c�ncer vem se apresentando como um dos mais f�ceis de se tratar ap�s diagn�stico precoce.
 
O c�ncer  de colorretal abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso (o c�lon) e o reto, sendo trat�vel na maioria dos casos e cur�vel, ao ser detectado antes de se espalhar para outros �rg�os.
 
Grande parte desses tumores se inicia a partir de p�lipos col�nicos, ou seja, les�es benignas, que podem crescer na parede interna do intestino grosso. Uma maneira de se prevenir o aparecimento dos tumores seria a detec��o e a remo��o dos p�lipos antes de que estas les�es se tornem malignas. As les�es precursoras do c�ncer de intestino podem ser removidas mesmo antes que se transformem em c�ncer, e por via endosc�pica, durante a realiza��o da colonoscopia (atrav�s de um aparelho que se chama colonosc�pio, que percorre todo o intestino grosso internamente atrav�s do �nus), sem a necessidade da remo��o cir�rgica de parte do intestino, como usualmente ocorre quando o c�ncer j� se encontra instalado.
 
Ainda nos casos em que o c�ncer esteja instalado ou tenha atingido os linfonodos de drenagem, o oncologista afirma que a porcentagem de cura � elevada, alcan�ando at� 90% dos casos, por meio do tratamento cir�rgico, complementado ou n�o pela quimioterapia. Pelo  fato de apresentar resultados bastante positivos, a popula��o tem negligenciado os cuidados para a preven��o ao c�ncer de intestino.
 
O mundo moderno faz com que tenhamos h�bitos de vida que aumentam as taxas da doen�a, como dieta inapropriada, pouca ingest�o de fibras, legumes, verduras, frutas e gr�os, al�m do sedentarismo e da obesidade. Paralelamente, as pessoas em geral n�o se conscientizam da necessidade dos exames de rastreamento, o que reduziria dramaticamente a incid�ncia e a mortalidade pela doen�a.  Indiv�duos  com mais de 40 anos com anemia de origem indeterminada e que apresentam suspeita de perda cr�nica de sangue devem fazer endoscopia gastrintestinal superior e inferior para a poss�vel identifica��o de um c�ncer.  
 
Outros sintomas, como a diarreia ou pris�o de ventre, desconforto abdominal, sangramento no �nus e fezes, e a sensa��o de que o intestino n�o se esvaziou ap�s a evacua��o s�o sinais de alerta. Ainda podem ocorrer perda de peso sem raz�o aparente, cansa�o, fezes pastosas de cor escura, n�useas, v�mitos e sensa��o dolorida na regi�o anal, com esfor�o ineficaz para evacuar.
 
O exame padr�o para diagn�stico � a colonoscopia. Por esse m�todo, se pode visualizar todo o intestino grosso e ainda retirar p�lipos e les�es suspeitas que porventura existam no �rg�o. A colonoscopia reduz em 77% o risco de um c�ncer de colorretal e em 53% a mortalidade pela doen�a. O toque retal realizado pelo m�dico deve fazer parte do exame cl�nico geral, pois avalia a borda anal, todo o reto e a pr�stata (em homens), devendo ser utilizado tanto em homens quanto em mulheres.
Os testes gen�ticos modernos e a identifica��o do risco de c�ncer de intestino: O ca^ncer colo-retal se apresenta sob a forma espora´dica em cerca de 75% dos pacientes; os 25% restantes possuem componentes gene´ticos heredita´rios. A si´ndrome de ca^ncer colo-retal heredita´rio se subdivide em polipose, que compreende a polipose adenomatosa familiar (PAF), a polipose familiar juvenil e a si´ndrome de Peutz-Jegher; e na~o polipose, representado pelo ca^ncer colorretal heredita´rio na~o polipose (HNPCC) ou si´ndrome de Lynch. 
 
Essas doen�as hoje s�o detectadas com efic�cia por meio da an�lise gen�tica da saliva ou sangue. Uma vez identificada a muta��o ou muta��es predisponentes, um aconselhamento especializado � oferecido, e as condutas preventivas variam entre colonoscopias anuais, uso de medicamentos preventivos como a aspirina e at� a remo��o preventiva do intestino grosso.

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