N�o existe consenso entre as organiza��es de sa�de a respeito do rastreamento do c�ncer de pr�stata, como o que utiliza as dosagens peri�dicas do PSA (ant�geno prost�tico espec�fico) e a realiza��o do toque retal.
Aquelas contr�rias argumentam que n�o existem evid�ncias conclusivas de que a detec��o precoce tenha influ�ncia na mortalidade espec�fica pelo tumor, al�m do fato de pacientes em rastreamento estarem expostos �s complica��es e aos efeitos colaterais de um poss�vel tratamento cir�rgico ou radioter�pico desnecess�rio.
Aquelas a favor da pr�tica argumentam que existem evid�ncias de que o rastreamento � respons�vel pelo decl�nio da mortalidade em determinadas �reas. As sociedades de Urologia Americana, Europeia e Brasileira indicam o rastreamento baseadas em estudos randomizados de grande porte e longo seguimento.
O rastreamento universal de toda a popula��o masculina (sem considerar idade, ra�a e hist�ria familiar) n�o parece ser a melhor abordagem. Apesar de associado ao diagn�stico precoce e diminui��o da mortalidade, pode trazer malef�cios a muitos homens, como cirurgia ou radioterapia desnecess�rias, com todas as suas complica��es inerentes a esses procedimentos, como a incontin�ncia urin�ria e a disfun��o er�til.
Em outubro de 2011, o US Preventive Services Task Force (USPSTF) publicou uma modifica��o de suas recomenda��es para o rastreamento em c�ncer de pr�stata, sugerindo a sua n�o realiza��o pelo menos de forma indistinta, para todos os homens. Por isso, a recomenda��o atual � a de se individualizar a abordagem, realizando-a apenas em homens considerados de alto risco para desenvolver a doen�a.
Embora indiv�duos obesos e de descend�ncia africana tenham maior risco de desenvolver o c�ncer de pr�stata, hoje, a partir dos mais recentes estudos gen�ticos sobre a doen�a, sabemos que o principal fator de risco � heredit�rio e ocorre devido a muta��es herdadas em genes como o BRCA-2 (menos frequentemente o BRCA-1, o TP53, o MLH1, o PMS2, o MSH6, o MSH2 e o HOXB13).
Estudos de grande porte demonstram que o c�ncer de pr�stata heredit�rio � respons�vel por at� 13% dos casos e que nessa situa��o tendem a ser mais agressivos e a surgir em idade mais jovem (abaixo dos 50 anos). O risco de c�ncer de pr�stata � quatro vezes maior nos portadores de muta��o no gene BRCA-1 e nove vezes maior nos portadores de muta��o do gene BRCA-2.
As muta��es desses genes aumentam tamb�m o risco de c�nceres de mama (inclusive nos homens), ov�rio, p�ncreas e pele (melanoma). As t�cnicas mais modernas de sequenciamento gen�mico t�m tornado esses exames cada vez mais precisos e acess�veis, inclusive com custos menores e possibilidade de realiza��o de pain�is com m�ltiplos genes ao mesmo tempo. O exame � feito com material da saliva ou sangue.