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Estado de Minas

Pandemia muda h�bitos do mercado de luxo

Ricos n�o deixam de consumir, mas crit�rio de escolha e formato de compras migrou para o on-line, aponta pesquisa


04/08/2020 04:00

Curiosidade que cerca todos acaba de ser avaliada por empresa paulista. Afinal de contas, o que � que vai acontecer com os muito ricos depois que a pandemia realmente acabar? Em levantamento in�dito com consumidores de mercado de luxo no Brasil, a Hibou, empresa de pesquisa e monitoramento de mercado e consumo, coletou dados que mostram a mudan�a de h�bito desse p�blico. Em tempos de pandemia, o luxo virou consumo n�o essencial, desfiles e semanas de moda foram cancelados, grifes tiveram de reinventar a forma de se comunicar. "A pergunta que estava no ar era: ser� que isso mudou para sempre?. A resposta � sim, n�o em rela��o � redu��o do consumo, mas definitivamente nos crit�rios de escolha e formato de compras, que migrou para o on-line e cada vez mais se consolidar� por l�", diz Ligia Mello, coordenadora da pesquisa.

A ind�stria de luxo movimenta milh�es e gera empregos importantes dentro da sociedade, desde a produ��o dos insumos, design das cole��es at� as lojas que comercializam suas pe�as diariamente em lojas de rua ou shoppings por todo o Brasil. "� necess�rio ter esse olhar sobre qualquer ind�stria, porque o luxo se baseia em qualidade e estilo e, por isso, vai continuar existindo, mas as marcas agora precisam se engajar com mais proximidade e trazer consigo mais responsabilidade social e ambiental – fatores que os consumidores est�o mais de olho" diz Ligia.

Nesse estudo, ap�s cruzamento de algumas pesquisas com propriet�rias e an�lises personalizadas dentro do target de alto padr�o, a Hibou levantou um conte�do baseado na opini�o dos entrevistados e na vis�o de mercado com foco nos neg�cios e no retorno a uma rotina diferente daquela a que estavam acostumados. A pesquisa foi realizada com mais de 500 consumidores brasileiros de classe social A, sendo 78% mulheres e 22% homens, heavy buyers de roupas e acess�rios de alto padr�o, em maio de 2020, em formato de question�rio digital.

O resultado � que 46% do p�blico consumidor de luxo n�o teve redu��o financeira neste per�odo, contra apenas 34% dos brasileiros na amostra geral. Cinquenta e seis por cento definiram claramente o impacto negativo que o n�o contato pessoal e f�sico fez na sua rotina; 49% n�o se identificam com os servi�os e neg�cios do seu bairro e 20% nem sequer tentaram uma nova rela��o de consumo. Para 72%, a grande preocupa��o na pandemia foi a sa�de da fam�lia, portanto, alimenta��o, sa�de mental e outras atividades precisaram ser repensadas.

O lar ganhou novo significado para esse p�blico. A sala de estar (68%) e a cozinha (61%) tomaram novas propor��es, onde a fam�lia – mesmo sem se desconectar do celular – est� mais pr�xima e interativa. J� pensam em poss�veis ajustes de viagens e atividades de final de ano. J� 53% passaram a se preocupar com o pr�prio bem-estar, ampliando o olhar para o eu e ressignificando rela��es com pessoas e marcas. A roupa de ficar em casa n�o � a velha e surrada, ela precisa ser confort�vel, mas pode ser dentro dos padr�es a que est�o habituados.

Em rela��o aos novos h�bitos, 64% j� t�m o h�bito digital para muitas aquisi��es, 58% gostam de ir ao shopping de sua prefer�ncia para comprar as suas marcas favoritas, o consumo no bairro j� n�o fazia parte dessa rotina e fica de fora no desenho p�s-confinamento. Outros 27% querem manter o h�bito antigo de compras nas lojas, mas para isso precisam sentir que est�o seguros. Sair menos para locais p�blicos ser� uma premissa nos pr�ximos meses, mas se deslocar para ambientes controlados, como casa de amigas ou ambientes de rua que tenham um fluxo menor de pessoas, tende a ser a escolha inicial. J� 71% das pessoas que programavam uma comemora��o "externa" no segundo semestre consideram realiz�-la para um grupo um pouco menor dentro da sua casa.

"A marca de luxo deve ficar de olho em eventos petit comit� na casa dos clientes (sendo eles embaixadores). Isso pode ser um novo modelo para ter o pertencimento com seguran�a. O ir e vir � fundamental. Claro que lojas de rua, se bem trabalhadas, podem ter uma resposta positiva. Menos fluxo de pessoas, ambiente 100% controlado pela marca", avalia Ligia. A grande heran�a da quarentena � a distin��o clara do que � essencial, do que � prescind�vel.

Biosseguran�a � o protocolo da vez. Para 91% delas, ser transparente com os procedimentos de higiene dos espa�os – principalmente nos shoppings, pe�as e cuidado com equipe – far� marcas permanecerem na lista de favoritas ou n�o. E, claro, responsabilidade social ser� um fator de desempate entre as marcas preferidas – 74% querem algo das marcas que amam al�m do "nome", e 64% pretendem optar entre as suas favoritas na que mais colaborou ou colabora gerando empregos e ajudando pessoas em grupo de risco.

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