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Estado de Minas ANNA MARINA

Esclerose m�ltipla, doen�a silenciosa e pouco comentada, merece aten��o

Quarenta mil brasileiros s�o portadores dessa patologia, sobretudo mulheres de 20 a 40 anos. O diagn�stico precoce � superimportante


25/08/2021 04:00 - atualizado 25/08/2021 08:00

A cada dia que passa, mais aprendemos que � no c�rebro que as doen�as mais prejudiciais atacam o organismo e s�o mais dif�ceis de ser diagnosticadas. Basta falar no Alzheimer, que s� nos �ltimos anos come�a a ser reconhecido. H� bem pouco tempo, ele era confundido com velhice, caduquice e caracter�sticas da idade.

O Brasil tem cerca de 40 mil portadores de esclerose m�ltipla (EM), patologia cujo diagn�stico costuma ser demorado. A doen�a atinge principalmente mulheres entre 20 e 40 anos. No cotidiano, pouco se fala sobre ela.

Trata-se de uma doen�a cr�nica e autoimune causada por mecanismos inflamat�rios e degenerativos que comprometem os neur�nios das subst�ncias brancas e acinzentadas do sistema nervoso central. A enfermidade � neurol�gica e, dependendo da causa, pode ser classificada em esclerose sist�mica, esclerose lateral amiotr�fica e esclerose m�ltipla.

“A esclerose m�ltipla � a principal doen�a inflamat�ria desmielinizante cr�nica do sistema nervoso central. Acredita-se que indiv�duos predispostos geneticamente ao serem expostos a determinados fatores externos desenvolvam autoimunidade. O processo inflamat�rio decorrente da resposta autoimune gera les�o da mielina, oligodendr�citos e ax�nios em graus vari�veis”, explica Paulo Nakano, neurologista do hospital paulista HSANP.

Entre as principais causas est�o o fator gen�tico, o sistema imunol�gico desregulado e at� mesmo fatores ambientais. A EM tamb�m pode se manifestar devido a infec��es virais, falta de vitamina D, uso prolongado de cigarro, obesidade e exposi��o a solventes e org�nicos.

“No caso do in�cio de sintomas de forma s�bita ou em poucas horas, � necess�rio procurar um pronto-socorro para definir a hip�tese diagn�stica e realizar o tratamento espec�fico. H� doen�as que dependem de um diagn�stico r�pido e o in�cio imediato do tratamento, como � o caso da hipoglicemia e do acidente vascular cerebral. Caso os sintomas tenham evolu��o mais arrastada, cr�nica, o paciente deve procurar um neurologista para realizar exames complementares”, orienta o especialista.

O diagn�stico costuma se dar por meio da resson�ncia magn�tica de cr�nio e medula espinhal. Tamb�m h� outros exames complementares que auxiliam o diagn�stico, como o de neurofisiologia, necess�rio para avaliar as fun��es j� comprometidas e verificar a resposta ao tratamento.

Os sintomas tendem a ser diferentes em cada paciente. Os mais comuns s�o os sensitivos e motores, principalmente a perda de sensibilidade dos membros inferiores ou de um lado do corpo.

“A EM possui uma grande variedade de manifesta��es cl�nicas, que ocorrem de maneira imprevis�vel. Muitos sinais e sintomas est�o associados a uma les�o focal no sistema nervoso e outros relacionados a processos degenerativos. Os sintomas podem estar associados a dor ocular, sugerindo inflama��o do nervo �ptico, altera��es motoras, sensitivas, dor, altera��o cognitiva, dificuldade no controle esfincteriano e sexual”, informa Nakano.

O tratamento � feito com o objetivo de amenizar o surto da doen�a por meio de corticoides e neuromoduladores.

“Vale ressaltar que o diagn�stico precoce e uso das medica��es espec�ficas mudam de forma significativa a evolu��o da doen�a. Quanto mais cedo o tratamento � iniciado, maior a chance de modificar o seu curso natural a longo prazo, reduzindo o n�mero de surtos, de les�es e de sequelas neurol�gicas”, aconselha o neurologista do HSANP.

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