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Estado de Minas ANNA MARINA

Infec��es f�ngicas? M�dico responde d�vidas

Problema pode acometer principalmente pacientes internados por tempo prolongado e com sistema imunol�gico debilitado


10/09/2021 04:00 - atualizado 10/09/2021 07:37

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As interna��es hospitalares sempre s�o motivo de aten��o para pacientes, m�dicos e familiares. Com a chegada da COVID-19, o assunto est� cada vez mais em evid�ncia e novas preocupa��es come�aram a surgir, como � o caso das infec��es hospitalares, geralmente causadas por v�rus, bact�rias e fungos.

As infec��es causadas por fungos podem acometer principalmente os pacientes internados por tempo prolongado e com sistema imunol�gico debilitado. Nessas situa��es, um diagn�stico tardio, ou at� mesmo a falta dele, chegam a levar muitos pacientes ao �bito. O m�dico especialista Marcello Mihailenko Chaves Magri, infectologista do Hospital das Cl�nicas da FMUSP, responde as principais d�vidas sobre o assunto, confira:

Quais as principais infec��es que podem ser adquiridas durante uma interna��o hospitalar?
V�rios microrganismos podem ser transmitidos dentro do ambiente hospitalar, entre os quais, destacam-se as bact�rias e os fungos. As infec��es bacterianas e as f�ngicas podem apresentar altas taxas de morbidade e mortalidade. Outro aspecto que merece destaque � que, muitas vezes, esses microrganismos podem apresentar diferentes padr�es de sensibilidade aos antimicrobianos.

O que s�o infec��es f�ngicas?
Os fungos s�o organismos eucari�ticos, unicelulares ou multicelulares que pertencem ao Reino Fungi. Se apresentam nas formas de leveduras, bolores ou ainda podem ser dim�rficos (bolores na temperatura ambiente ou leveduras dentro do ser humano). Podem causar v�rios tipos de infec��es nos seres humanos, desde infec��es superficiais (unhas, pele, cabelos e etc…) at� infec��es invasivas, disseminadas.

Quais s�o as principais infec��es f�ngicas invasivas hospitalares e aquelas que acometem pacientes imunodeprimidos?
O principal fungo que causa infec��es f�ngicas invasivas hospitalares � a levedura do g�nero Candida. Nos pacientes imunodeprimidos, especialmente nos pacientes neutrop�nicos, com c�ncer hematol�gico e transplantados de c�lulas-tronco hematopi�ticas, al�m de Candida, os fungos filamentosos (bolores) como os do g�nero Aspergillus e Fusarium s�o respons�veis por altas taxas de letalidade. Nos pacientes com aids, destacam-se a candid�ase, a pneumocistose, a criptococose e a histoplasmose. A mucormicose � uma infec��o f�ngica invasiva, rara, que, no Brasil, acometem mais frequentemente os pacientes diab�ticos descompensados.

Estas infec��es costumam ser confundidas com outro tipo de diagn�stico? Quais?
As infec��es f�ngicas invasivas, dependendo do fungo e do hospedeiro, podem apresentar quadros semelhantes �s infec��es por bact�rias, micobact�rias e outros fungos, tumores ou doen�as reumatol�gicas.

Qual � o sinal de alerta para o risco de uma infec��o f�ngica invasiva?
Existem micoses que s�o end�micas em determinadas regi�es, ou seja, muitas pessoas daquela regi�o poder�o se infectar, embora uma minoria desenvolve a doen�a. Existem v�rios fatores de risco que aumentam a chance de um indiv�duo adquirir uma infec��o f�ngica invasiva. Destacam-se os pacientes imunodeprimidos e os pacientes hospitalizados, especialmente em terapia intensiva.

Como podemos evit�-las?
Para as infec��es f�ngicas invasivas adquiridas no ambiente hospitalar existem v�rias estrat�gias propostas pelas comiss�es de controle de infec��o hospitalar para reduzir as taxas de infec��o de corrente sangu�nea, campanha de lavagem das m�os, pneumonia relacionada � ventila��o mec�nica entre outras. Algumas situa��es espec�ficas em pacientes imunodeprimidos est� indicada profilaxia com antif�ngicos para evitar essas infec��es.

Existe tratamento?
Os protocolos de tratamento existentes hoje compreendem medicamentos antif�ngicos e at� mesmo a remo��o cir�rgica dos fungos, quando necess�rio. Existem situa��es em que os fungos podem ser resistentes ou o uso de antif�ngicos pr�vios podem selecionar cepas resistentes.

O paciente com COVID-19 est� mais suscet�vel a pegar este tipo de infec��o?
Os pacientes com as formas moderadas e graves da COVID-19 podem evoluir com quadros inflamat�rios importantes, fen�menos tromboemb�licos, altera��es nas barreiras mucosas do trato digest�rio e les�es pulmonares que levam o paciente a necessitar de oxig�nio ou at� ventila��o mec�nica e corticoide. Esses fatores podem contribuir para um aumento do risco para desenvolver essas infec��es. As infec��es f�ngicas possuem uma incid�ncia relevante, sobretudo, em pacientes cujo sistema imunol�gico perdeu a efetividade no combate a doen�as, em virtude de outras condi��es cl�nicas, como � o caso de pacientes graves da COVID-19.

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