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Estado de Minas ANNA MARINA

N�o finja que est� ouvindo, pois a perda da audi��o deve ser tratada

Problema decorre da degenera��o das c�lulas auditivas ao longo da vida. Uso de aparelho e o apoio da fam�lia s�o aliados do idoso


20/10/2021 04:00 - atualizado 20/10/2021 07:45

Ilustração sobre perda de audição
.

Meus sobrinhos-netos sabem que sou surda como ti�. Um deles, ali�s, j� conhece o bicho, acha a maior gra�a quando aviso que n�o estou escutando. Na realidade, ao longo da vida fui escutando menos, meu ouvido direito � quase nada. Quando descobri que estava ficando muito surda, rodei por onde pude procurando um aparelho para ouvir melhor, pois, por infelicidade, n�o existe opera��o que fa�a a audi��o voltar.

Procurei a torto e a direito um aparelho, at� descobrir, na Audium, umas pecinhas sob medida, que s�o colocadas dentro do ouvido. Uma c�psula m�nima faz com que ela funcione. Achei o maior barato quando comecei a usar, mas, para dizer a verdade, n�o tenho a menor inclina��o para esse tipo de cuidado.

A �ltima vez em que fui � Audium em busca de ajuda foi bem antes destes tempos de trevas que estamos vivendo. Sa� de l� e fiz a besteira: fui � drogaria comprar rem�dio e a barulheira me desnorteou. Voltei para casa, tirei as pecinhas da orelha e estou com elas na gaveta at� hoje. Mas programo voltar l� para recome�ar a escutar melhor. Isso porque, nestes tempos dif�ceis, � preciso, acima de tudo, cultivar a alegria do conv�vio com familiares e amigos, al�m de estar conectado ao mundo.

Para quem chegou ou j� passou dos 60 anos, o desafio � maior: aceitar as limita��es que a idade imp�e e saber envelhecer. Para isso, � fundamental manter a boa audi��o. S� assim � poss�vel participar das conversas, curtir uma boa m�sica e assistir a um programa na TV.

A surdez � uma das mais cru�is dificuldades que afetam o dia a dia do idoso, pois pode afast�-lo da vida em sociedade. E � na TV que o defeito fica mais do que evidente: uso muito as legendas, mas quando o programa � sem elas, s� consigo ouvir com o som bem alto. Mesmo assim, � dif�cil, pois a maioria do pessoal que fala na TV n�o tem boa dic��o.

Com o passar do tempo, as c�lulas auditivas se degeneram devido ao desgaste natural do corpo. Mas n�o � s�. H�bitos ruins que cultivamos ao longo da vida, como o contato frequente com sons altos e ambientes barulhentos (nunca gostei) podem agravar o processo de perda auditiva, que � cont�nuo. Quanto mais as c�lulas s�o perdidas, maior � a dificuldade auditiva. E pessoas que n�o escutam bem podem ter problemas de relacionamento, muitas preferem o isolamento, o que pode levar � depress�o e at� a dem�ncia.

“Ainda percebemos a forte resist�ncia dos idosos em admitir a perda auditiva. Muitos relutam por v�rios anos. Com isso, o conv�vio em fam�lia fica mais dif�cil. Entre casais, � um fardo pesado para o marido ou a esposa conviver com algu�m que simplesmente finge que a dificuldade de ouvir n�o existe. Por isso, � importante tentar convencer o idoso a buscar tratamento. O tratamento � a adapta��o a aparelhos auditivos, isso traz melhorias significativas � comunica��o e � qualidade de vida”, afirma a fonoaudi�loga Rafaella Cardoso, especialista em solu��es auditivas.

O processo de perda auditiva � diferente em cada indiv�duo. Depende de v�rios fatores, inclusive gen�ticos. No entanto, depois dos 65 anos, essa perda, conhecida como presbiacusia, tende a ser mais severa. Por isso, o melhor � procurar um otorrinolaringologista aos primeiros sinais.

“O uso di�rio do aparelho auditivo e o apoio da fam�lia s�o essenciais para que o idoso reduza a depend�ncia e resgate a autoestima. Infelizmente, muitas vezes, quando se procura tratamento, o caso j� ficou grave. A perda de audi��o � lenta e progressiva. Com o decorrer dos anos, se n�o for tratada, atinge um est�gio mais avan�ado”, explica a fonoaudi�loga.

Cuidar da sa�de auditiva � t�o importante quanto cuidar do resto do corpo. E a tecnologia est� cada vez mais avan�ada. “Os modernos aparelhos auditivos digitais, bem pequenos, otimizam a audi��o sem constrangimentos, facilitando, inclusive, a intera��o com o mundo virtual por meio de conex�o sem fios com laptops, celulares e outros eletr�nicos”, explica Rafaella Cardoso

Entre os sintomas do problema est�o assistir � TV em volume mais alto do que as outras pessoas; n�o ouvir quando � chamado por algu�m que n�o est� � frente ou se encontra em outro c�modo; pedir com frequ�ncia �s pessoas que repitam o que disseram; ficar embara�ado ao n�o entender o que outro diz pelo telefone; e tamb�m fazer uso de leitura labial durante uma conversa.

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