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Estado de Minas coluna

Compuls�o de comprar n�o � h�bito, mas doen�a. Saiba lidar com a oniomania

O especialista Adiel Rios explica quais s�o os sintomas do dist�rbio, que atinge 8% da popula��o mundial, de acordo com a OMS


10/11/2021 04:00 - atualizado 10/11/2021 02:34

Notas de dinheiro voam

O que mais existe atualmente � gente se queixando de que deve mais do que pode pagar. Pela atual situa��o do pa�s, esse tipo de d�vida est� ligada � sobreviv�ncia. Mas outro comportamento, em que gastos exagerados s�o fruto de uma tend�ncia doentia, faz v�timas sem a menor necessidade.

Segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), cerca de 8% da popula��o do planeta sofre de oniomania, a compuls�o por compras, tamb�m chamada de consumismo compulsivo. A patologia � respons�vel pelo giro de mais de US$ 4 bilh�es na Am�rica do Norte, por exemplo. Entre 80% e 94% dos compradores compulsivos s�o mulheres – o transtorno costuma surgir por volta dos 18 anos entre elas.

Pesquisa da consultoria Kantar com 11 mil pessoas de 21 pa�ses da Am�rica Latina aponta que o Brasil � a na��o que registrou o maior aumento de compras on-line durante a pandemia: 30%.

Adiel Rios, integrante do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, afirma que � real o prazer de adquirir bens desejados. “H� libera��o de neurotransmissores que proporcionam sensa��o de prazer e bem-estar. O sentimento � normal, desde que dentro de um contexto m�nimo de realidade”, pondera.

Na oniomania, o ato de comprar desperta essa sensa��o de maneira exacerbada. “As compras s�o feitas de forma impulsiva – na maioria das vezes, de bens sup�rfluos. Normalmente, envolve o padr�o de pessoas que compram na tentativa de preencher o vazio, suprir car�ncias ou aliviar algum problema psicol�gico”, observa o especialista.

� dif�cil o compulsivo perceber e admitir o pr�prio transtorno. Para auxiliar a identifica��o desse comportamento, o psiquiatra lista alguns sinais da oniomania:

Descontrole financeiro

Atualmente, nem � preciso sair de casa para ter vontade de comprar. As redes sociais, al�m de rastrear nossa atividade dentro delas pr�prias, conseguem identificar quais sites acessamos. Se esse site for empresa anunciante, provavelmente o produto que voc� pesquisou ou foi exposto em alguma loja on-line ir� aparecer no seu perfil. Al�m das “armadilhas virtuais”, h� maiores facilidades de pagamento ou diversas ofertas pontuais, como a pr�pria black friday.

Compras �s escondidas

Para o indiv�duo com oniomania, comprar sem ningu�m saber e esconder os itens em casa faz parte do processo de compra. “Por ser considerada postura socialmente reprov�vel, o medo da censura e do julgamento explica o comportamento de nutrir a compuls�o em segredo”, diz Adiel Rios.

Pe�as repetidas, esquecidas ou nunca usadas

A pessoa chega a comprar roupas ou sapatos sem nem sequer experiment�-los. Muitas vezes, adquire itens praticamente iguais, pois nem se lembra do que tem no arm�rio. A maioria das pe�as nunca foi usada. “Em determinado momento, o indiv�duo n�o tem mais espa�o para guardar e acaba amontoando tudo no fundo do guarda-roupa, ficando esquecido por l�”, observa o psiquiatra.

Sensa��o de culpa

Ap�s efetuar a compra e vivenciar a sensa��o de prazer, v�m o sentimento de culpa e o sofrimento. Quando acaba aquele bem-estar, ocorre a sensa��o de impot�ncia diante do descontrole. Logo surge o ciclo de “prazer-luto”, consequ�ncia da vis�o distorcida sobre a finalidade do consumo em nossa vida.

Origem familiar e gen�tica

N�o h� estudos definitivos sobre as causas da doen�a, mas a literatura m�dica relaciona o transtorno a alguns fatores. Um deles est� associado � hist�ria comportamental da fam�lia. Desenvolvido por pesquisadores da Universidade Albert Einstein College of Medicine, em Nova York, estudo revela que fam�lias de compradores compulsivos mostram maior tend�ncia a desenvolver transtornos de humor e alimentares, al�m da depend�ncia qu�mica.

“H� estudos mostrando a rela��o bastante pr�xima entre a oniomania e o transtorno obsessivo compulsivo e o transtorno bipolar. A soma dessas patologias com distor��es sobre o ato de consumir motiva o comprador compulsivo a desenvolver uma suposta seguran�a por meio das compras”, explica Adiel Rios.




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