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Estado de Minas SOLIDARIEDADE

Tradi��o carioca, a Feira da Provid�ncia est� de volta neste dezembro

Tenho boas lembran�as do evento criado por dom Helder C�mara, que destina sua renda a projetos sociais voltados para comunidades cariocas


08/12/2021 04:00 - atualizado 08/12/2021 03:09

Clientes examinam produtos em barracas da Feira da Providência, no Rio de Janeiro
Barracas costumam vender produtos estrangeiros dif�ceis de encontrar no dia a dia do brasileiro (foto: Reprodu��o)
 
Na primeira vez em que fui � Feira da Provid�ncia, ela iniciava sua trajet�ria modestamente numa rua de Ipanema, que se definia como o bairro classe A do Rio de Janeiro. N�o sei se porque sou cativa das feiras promovidas nas cidades do interior mineiro, gostei de cara da promo��o criada por dom Helder C�mara nos anos 1960, pioneira entre os projetos filantr�picos do pa�s.

Agradou tanto que de feira de rua passou a ser promovida no Riocentro, tornando-se um acontecimento que movimentava n�o s� a sociedade carioca, como o povo da cidade em geral. Barracas eram organizadas e mantidas por diversos pa�ses, al�m de estados brasileiros. A barraca mineira era comandada por minha prima Isaura Vianna Pinto, que a dirigiu por v�rias edi��es.

O tempo passou, Isaura se aposentou e destinou o posto para minha irm�, Cecy Vianna Clementino, que abra�ou a campanha com for�a total. N�o media esfor�os para fazer da barraca mineira uma das mais disputadas da promo��o – durante v�rios anos, foi a mais rent�vel.

A feira se transformou em uma das principais fontes de renda do Banco da Provid�ncia, que desenvolve projetos de capacita��o profissional e gera��o de renda para milhares de pessoas em 30 comunidades do Rio de Janeiro. Quando foi parar na regi�o da Barra da Tijuca, cresceu e abrigou barracas dos principais pa�ses.

Minha irm� fazia de tudo para tornar a Barraca de Minas um marco importante do projeto. Vinha aqui v�rias vezes para reunir artes�os interessados em colocar seus produtos l�. Organizou uma cozinha de comida mineira que atra�a filas de interessados em disputar as iguarias – o pastel mineiro servido com cerveja era um acontecimento.

Certa vez, ela conseguiu arrumar com amigos um p� de jabuticaba para instalar na �rea do restaurante. Como achou que s� a �rvore n�o chegava, deu-se ao trabalho de pintar de preto uma grande quantidade de bolinhas de isopor e as prendeu ali. Aquilo foi sensa��o at� na imprensa carioca. Um dos grandes frequentadores da feira, Ziraldo queria porque queria chupar as frutinhas, n�o acreditava que eram falsas.

Com a feira na Barra da Tijuca, quando as barracas fechavam lev�vamos para casa o pessoal que trabalhava na cozinha e na limpeza. N�o sei quantas vezes, alta madrugada, fomos at� a entrada das maiores favelas cariocas. Na maior calma e seguran�a.

As barracas estrangeiras chamavam a aten��o, pois vendiam de tudo, coisas que dificilmente apareciam no com�rcio nacional. Na francesa, era poss�vel comprar champanhe a pre�os de Paris. Na dos Estados Unidos, encontr�vamos tudo o que conhec�amos de cinema ou de ouvir falar, tanto para comer como para comprar. Pacotes de bolos e biscoitos para fazer em casa eram super e disputada novidade! E por a� vai.

Da barraca da flora, eu trouxe, h� mais de 50 anos, a muda com duas folhinhas de samambaia chifre-de-veado, que pouca gente conhecia. Atualmente, ela ocupa um superespa�o em meu jardim e tamb�m em casas de alguns amigos.

A Feira da Provid�ncia est� de volta de 16 a 19 deste m�s, no Riocentro, patrocinada pela V3A e GL Eventos. � claro que todos os protocolos sanit�rios ser�o cumpridos. A expectativa � receber 30 mil visitantes. 

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