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Estado de Minas ANNA MARINA

Entenda a import�ncia do sono para a sa�de f�sica e psicol�gica

Especialistas d�o dicas para se ter uma noite de sono bem-dormida, entre elas 'esquecer' o celular


15/03/2022 04:00 - atualizado 15/03/2022 08:25

Insônia e distúrbios do sono
M� qualidade do sono influencia o funcionamento geral do corpo e pode afetar tanto o lado f�sico quanto o psicol�gico (foto: Divulga��o)

Nas f�bulas criadas em torno da fam�lia Teixeira da Costa, � qual eu perten�o, e aos luzienses, � que a melhor distra��o de todos era uma boa noite de sono. Dormir depois do almo�o era uma b�n��o, um cochilo antes do jantar uma boa pr�via para o sono noturno.

Sempre achei que dormia bem, debaixo de chuvas e trovoadas, e quanto mais a vida aumenta, mas dif�cil fica dormir bem.Uma das lembran�as da minha inf�ncia era correr pelas casas da fam�lia em Santa Luzia e descobrir seus donos tirando uma pestana na cadeira de balan�o. Quando montei minha casa, a pe�a foi uma das minhas primeiras preocupa��es – mas est� no canto da sala, com pouca ocupa��o.

Apesar de ser uma a��o desaconselhada pelos palpiteiros de vida e trabalho, dormir pode ser a solu��o que muitos procuram para seus problemas. Ter um sono de qualidade est� ligado ao emagrecimento, controle de apetite, forma��o de m�sculos, melhor desenvolvimento do c�rebro, maior libido, fortalecimento do sistema imunol�gico e at� regenera��o de les�es.

� certo que cada um tem o seu hor�rio favorito de trabalhar, malhar e dormir, sendo isso o usual de cada indiv�duo, seja ele matutino (dormir e acordar mais cedo), vespertino (dormir tarde e acordar tarde), ou at� ser flex�vel.

O sono � uma caracter�stica biol�gica que todos t�m, e que � sincronizado de acordo com as caracter�sticas ambientais e geogr�ficas, sendo a maior delas a emiss�o de luz. Por isso, em viagens para lugares com caracter�sticas ambientais diferentes, � comum o sono ficar desregulado (jet-lag). A neurologista e especialista do sono, Jane L�cia Machado explica que, quando o sol desponta no horizonte, o rel�gio biol�gico, localizado no quiasma �ptico, j� d� um sinal para o corpo.

Uma das maiores d�vidas � o tempo ideal para cada um descansar totalmente. Jane Machado diz que n�o tem como afirmar o tempo m�nimo necess�rio para dormir. “H� indiv�duos dormidores curtos, ou seja, que ficam satisfeitos e prontos para as atividades diurnas com apenas seis horas, 6 horas e meia de sono por noite; e os dormidores longos, que s� ficam satisfeitos com 9 a 10 horas de sono; al�m dos intermedi�rios, que, com 7 a 8 horas, funcionam plenamente. Para ser mais exata, o tempo m�nimo de sono necess�rio � aquele que faz o indiv�duo acordar com sensa��o de noite bem-dormida e pronto para enfrentar as atividades do dia sem cansa�o, fadiga, irrita��o”, esclarece Jane.

Com a falta desse autoconhecimento sobre o sono, o funcionamento geral do corpo, tanto f�sico quanto psicol�gico, pode ficar prejudicado, como explica a psic�loga Val�ria Mori: “N�o ter uma boa noite de sono pode implicar problemas de mem�ria, irritabilidade e performance ao longo do dia, ou seja, prejudica a forma como a gente vai organizando o nosso cotidiano. A priva��o de sono vai deixando os nossos reflexos para responder e pensar mais lentos”.

Ela ainda chama a aten��o para o uso dos celulares antes de dormir, pois podem atrapalhar o sono: “Se n�o conseguir se desconectar, use o modo noturno. As luzes das telas inibem a produ��o de melatonina, nos deixando mais ativos bem na hora do descanso. � fundamental que voc� tenha uma rotina de sono”,  acrescenta a psic�loga.

Estudo publicado pela revista JAMA Internal Medicine, em 7 de fevereiro �ltimo, mostra que � poss�vel perder quase 300 calorias por dia dormindo. A pesquisa, que foi feita com jovens adultos com excesso de peso e que normalmente dormiam menos de seis horas e meia, mostrou que os participantes diminu�ram a ingest�o cal�rica ap�s aumentar de seis para oito horas e meia de sono.

A priva��o de sono, independentemente do motivo, afeta a grelina e a leptina, horm�nios respons�veis por controlar a fome e a saciedade, respectivamente.

A boa qualidade de sono faz com que haja equil�brio energ�tico e a manuten��o da massa corporal. “As evid�ncias cient�ficas mostram o avan�o da obesidade a n�veis alarmantes em todo o mundo devido �s altera��es metab�licas. � importante salientar que o cortisol tamb�m sofre aumento e est� envolvido no desbalan�o dos n�veis de glicose e gera��o de estresse, quando em n�veis elevados, corroborando n�o s� para a obesidade mas tamb�m para a diabetes”, esclarece Jane Machado.

A maior dificuldade em regular o sono � mudar o comportamento sobre h�bitos relacionados com a m� higiene do sono. Jane explica ainda. “Muitas vezes, � necess�ria a introdu��o de medicamentos indutores e mantenedores do sono, inclusive com uso de suporte psicol�gico, como a terapia cognitiva comportamental e mudan�as de estilo de vida.”

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