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Estado de Minas SA�DE

Brasileiro afirma que o c�ncer deve ser a prioridade n� 1 do governo

De acordo com pesquisa, a doen�a � a que mais preocupa 63% dos cidad�os do pa�s. O alcoolismo e os males do cora��o v�m em segundo lugar


02/05/2022 04:00 - atualizado 01/05/2022 21:48

Ilustração mostra pessoas de todas as idades atrás da cruz que é o símbolo da saúde e remete ao SUS

O SUS virou bandeira para pedido de contribui��es daquele tipo que bate em nossa porta, com a maior hist�ria para contar a respeito do n�o atendimento. A reclama��o geral � que o atendimento � demorado, e mais demorado ainda � o tratamento recomendado.

Quando esse servi�o foi implantado no pa�s, era mesmo o que acontecia. Atualmente, tenho recebido informa��es de que a maioria das consultas demoram bem – como, ali�s, ocorre com planos de sa�de pagos –, mas o tratamento recomendado � mais r�pido. Por�m, a fama ficou, e pacientes que poderiam ser tratados facilmente pelo SUS se negam a esperar, partindo para o pedit�rio que n�o tem fim.

Na semana passada, recebi na porta da minha casa um homem que queria falar comigo – s� comigo. Quando l� fui, ele informou que tinha sido motorista da linha de �nibus do bairro durante muitos anos e tinha de fazer tratamento que demoraria muito no SUS e podia morrer esperando. Tinha, inclusive, exames quase apagados na m�o, para mostrar sua necessidade.

Conhe�o um pouco desse comportamento depois que uma sobrinha, formada em medicina em S�o Paulo, foi trabalhar no SUS. Teve de ficar esperta, pois viu logo que algumas pessoas faziam do sistema uma forma de ficarem de licen�a. Se voc� n�o est� alerta, o SUS se transforma em truque para n�o trabalhar – sem estar doente. Racionalmente, o pr�prio cidad�o consegue prejudicar o servi�o que o governo pretende prestar honestamente.

Alguns problemas, entretanto, provocam a rea��o contr�ria, por causa da demora e do alto custo de tratamento. Como o c�ncer, que acaba de ser escolhido por 63% dos brasileiros como a doen�a que deve ser tratada como prioridade pelos governos.

Os dados foram revelados na pesquisa Datafolha/Oncoguia “Percep��es da popula��o brasileira sobre o c�ncer”, apresentada na abertura do 12º F�rum Nacional Oncoguia, no final de abril. Foram realizadas 2.099 entrevistas em 151 munic�pios brasileiros.
O levantamento foi desenvolvido sob tr�s pilares: as percep��es do cidad�o diante da palavra c�ncer, a proximidade da doen�a com os brasileiros e a relev�ncia do c�ncer como quest�o de sa�de no pa�s.

Questionados sobre o que vem � mente diante da palavra c�ncer, 42% trouxeram sentimentos negativos, com muitas men��es �s palavras morte e morrer. Palavras como doen�a, dor, medo, tristeza e sofrimento tamb�m aparecem com maior frequ�ncia. Men��es a tratamento e cura foram feitas por apenas 14% e 9% dos entrevistados, respectivamente.

“Esse dado nos mostra o quanto precisamos seguir conscientizando a popula��o sobre preven��o, diagn�stico precoce e novidades no mundo do c�ncer. Ter c�ncer n�o � igual a morrer. Isso depender� de acesso � informa��o, mas tamb�m do acesso a cuidados com a sa�de. A percep��o negativa do c�ncer pode ser paralisante, impedindo que as pessoas se cuidem adequadamente, procurem ajuda diante de sintomas e at� se afastem de quem enfrenta a doen�a e precisa de ajuda”, destacou a presidente do Instituto Oconguia, Luciana Holtz.

Segundo o estudo, oito em cada 10 brasileiros j� tiveram algum conhecido com c�ncer; quatro em cada 10 j� tiveram ou t�m algum familiar com a doen�a. J� 5% declararam ser o pr�prio paciente.

De forma pioneira e in�dita, a pesquisa perguntou aos brasileiros quais devem ser “as” doen�as priorizadas pelo governo entre as DCNTs (doen�as cr�nicas n�o transmiss�veis), e 63% escolheram o c�ncer em primeiro lugar. Em segundo lugar, com 8%, figura a preocupa��o com o consumo abusivo de �lcool e doen�as cardiovasculares.

“Estamos diante de uma popula��o tocada e impactada negativamente pelo c�ncer, mas que compreende a sua relev�ncia e pede aos governos que o priorizem. Que esse contexto pertinente, urgente e de enorme relev�ncia social de fato ganhe a prioriza��o que a popula��o e todos os que defendem a causa pedem. Precisamos e podemos salvar vidas”, concluiu Luciana Holtz.

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