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Estado de Minas SA�DE

Rede mineira Mater Dei expande atua��o e inaugura unidade na capital baiana

Hospital ser� aberto neste domingo, 1� de maio, e homenageia a matriarca Norma Salvador, nascida em Feira de Santana


30/04/2022 07:50 - atualizado 30/04/2022 07:59

Fachada do hospital Mater Dei em Salvador
Unidade baiana do Mater Dei fica no Rio Vermelho, em Salvador (foto: Reprodu��o)

Queria estar neste domingo, 1º de maio, em Salvador, na Bahia, para assistir a mais um cap�tulo da hist�ria de trabalho e dedica��o da fam�lia Salvador. Ou seja, a abertura do novo hospital da Rede Mater Dei, sonhado h� muito tempo, como uma marca em homenagem a Norma Salvador, a m�e de toda a fam�lia e mulher perfeita de um homem perfeito e trabalhador, Jos� Salvador Silva. Para as brincadeiras que ele faz comigo, seria mais um hospital da minha rede, uma vez que ele me apresenta a todos no primeiro pr�dio criado como “esta � a dona do hospital”. O que � uma de suas brincadeiras com as pessoas que conhece mais e que � uma das caracter�sticas de seu car�ter, no qual cultura e informalidade se unem.

Minha vida come�ou com a fam�lia h� anos. Norma era minha conhecida, n�o �ntima, mas j� sentia nela o pendor para a solidariedade. Tanto que, ao passar toda a temporada de um carnaval penando na cama com uma dor que n�o tinha fim, e que meus m�dicos habituais n�o conseguiam definir, pedi a ela socorro. Ela veio, me examinou e, algumas horas depois, de tarde, recebi a chegada de seu marido, que me levou direto para o Hospital Vera Cruz, onde trabalhava e me operou logo. Levou com ele minha dor, que era endometriose. Ele era um dos principais profissionais da casa de sa�de, mas j� fazia seus planos para criar um hospital pr�prio, onde pudesse atender suas incont�veis pacientes.

E poucos anos depois j� estava funcionando o Hospital Mater Dei, inaugurado em 1980 e com 100 leitos. Continuei me tratando com ele at� que, anos depois, fui operada de c�ncer de mama por seu filho, Henrique, que j� seguia os passos do pai com a mesma dedica��o e compet�ncia. A dedica��o da fam�lia e o servi�o do hospital me conquistaram para sempre e realmente chamo o Mater Dei como “minha segunda casa”. Nem posso listar aqui as aten��es que recebi, tratada como uma amiga especial, n�o s� por Salvador e Norma, como tamb�m por toda a fam�lia.

Costumo chamar esse primeiro hospital, da Rua Gon�alves Dias, como “hospital velho” para incomodar Salvador e por implic�ncia pessoal. N�o costumo me colocar muito bem na unidade da Avenida do Contorno, criada em 2014, muito grande –  toda vez que vou l� me perco nos corredores. Mas onde est� outro profissional perfeito, que tamb�m faz parte da minha rela��o absoluta de profissionais, chefe do Departamento de Oncologia da rede, Enaldo Melo, a quem tamb�m devo muito.

E claro que a hist�ria da minha fam�lia se escreve junto com a rede hospitalar da fam�lia Salvador. L� estive pela segunda vez para me operar tamb�m de c�ncer, desta vez no intestino, com Marcos Martins. Disse a ele na consulta que fiz que se tivesse que fazer uma colostomia que me deixasse com c�ncer. N�o tinha cabe�a para viver com aquela bolsa fora do corpo. Ele me disse que se tivesse cinco cent�metros de intestino s�o ele resolveria a quest�o sem maiores problemas.

Como resolveu e, naquela �poca, passei outro susto em Salvador. Como tinha que fazer quimioterapia, que ainda n�o era praticada no Mater Dei, fui fazer o tratamento fora. E na terceira aplica��o – seria necess�rio um m�s completo – ia morrendo da qu�mio. Resolvi parar por conta pr�pria, para afli��o de Salvador, que me deu 15 dias para me recuperar e voltar ao tratamento. N�o voltei, na minha teimosia contei que preferia morrer de c�ncer do que de qu�mio. Os dias mais confort�veis de meu marido, com Alzheimer, foram passados no hospital. Todas as manh�s, antes das 6h, Salvador aparecia no quarto antes de ir conferir as obras do hospital novo que estava sendo constru�do na Contorno.

Fazia a mesma coisa com meu sobrinho-filho, que acabou morrendo l� porque, durante meses, confundiu um c�ncer com afta na l�ngua e, quando resolveu verificar, n�o teve mais jeito. E do hospital e da fam�lia recebemos, eu e minha fam�lia, toda a aten��o e consolo para um momento de dor. Engra�ado � que acabei relatando aqui tudo que recebi da fam�lia e da Rede Mater Dei em lugar de falar do que ser� inaugurado amanh� no Rio Vermelho, com todos os apartamentos dando para a bela praia de Salvador.

Mas acredito que ao falar tudo isso consigo mostrar por que a rede se transformou em uma identidade m�dica nacional, como Salvador recebe um servi�o �nico e humano. Henrique Salvador, que ocupa o lugar do pai, sabe que est� levando n�o s� o progresso hospitalar para um estado brasileiro que faz parte da fam�lia (a m�e, Norma, � de Feira de Santana), como tamb�m um bom n�mero de vagas para a m�o de obra especializada.

A fam�lia � unida, se completa, e passa isso para os pacientes e amigos. Boa sorte para os baianos, que v�o receber n�o s� medicina de primeira como aten��o humana.

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