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Estado de Minas ANNA MARINA

Brasileiros est�o entre os que mais se preocupam com a sa�de mental

Especialistas afirmam que depress�o e ansiedade s�o os principais motivos que levam algu�m a buscar ajuda psiqui�trica. Saiba qual � a distin��o entre elas


09/05/2022 04:00 - atualizado 08/05/2022 17:39

Ilustração mostra silhueta feminina com peça de quebra-cabeças no cabeça

 
Os brasileiros s�o os que mais se preocupam com o bem-estar mental. � o que aponta a pesquisa World Mental Health Day 2021, realizada pelo Instituto Ipsos, com entrevistados de 30 pa�ses.

Divulgado em 2021, o estudo apontou que, no Brasil, 75% da popula��o afirma pensar com frequ�ncia em seu pr�prio bem-estar mental. Oito em cada 10 brasileiros acreditam que a sa�de mental � t�o importante quanto a sa�de f�sica.
 
Embora a quest�o da sa�de mental j� fosse algo presente na vida dos brasileiros, a pandemia trouxe ainda mais destaque para quest�es que podem ocasionar dist�rbios, levando muitas pessoas a procurar ajuda profissional.

O momento de incertezas, as perdas e o isolamento social ocasionados pela pandemia de COVID-19 reacenderam a import�ncia do cuidado com os quadros de ansiedade, depress�o e outros dist�rbios de sa�de mental.
 
A Eurekka, hub de startup especializada em cuidados com a sa�de mental, reuniu profissionais psiquiatras que foram un�nimes em afirmar que a depress�o e a ansiedade s�o os principais motivos que levam algu�m a buscar ajuda psiqui�trica.

Segundo Leonardo Ant�nio Ferreira, a rela��o de depress�o com ansiedade � parecida com a rela��o entre diabetes e press�o alta, pois � muito dif�cil encontrar pacientes que tenham apenas uma das duas comorbidades.
 
A depress�o pode aparecer sorrateiramente, por isso os especialistas destacam a import�ncia de se atentar aos sinais, como humor triste, pessimismo, irritabilidade, perda de interesse ou prazer pela vida, hobbies e atividades, dificuldade constante para dormir, entre outros. Os efeitos podem ser devastadores, podendo levar at� ao suic�dio.
 
A ansiedade, por sua vez, apresenta sintomas e causas parecidos � depress�o, por�m desperta mais ang�stia e medo com rela��o ao futuro. Entre os principais sinais de ansiedade est�o preocupa��es em excesso, medos irracionais, inquieta��o constante, pensamentos obsessivos, entre outros.
 
Para a psiquiatra Cintya Ogliari, � necess�ria ajuda profissional para destrinchar o problema que o paciente est� enfrentando. “Geralmente, as duas condi��es est�o juntas em um diagn�stico. Existem epis�dios depressivos, mas sem sintomas ansiosos, bem como casos de ansiedade sem o quadro depressivo.”
 
J� Bruna Tarifa ressalta que todas as pessoas podem vir a desenvolver algum tipo de dist�rbio psiqui�trico, mas que alguns est�o mais predispostos a isso, seja pela gen�tica, pelo ambiente ou outras quest�es que partem da singularidade do indiv�duo.
 
Embora depress�o e ansiedade sejam os problemas mais recorrentes na busca por ajuda psiquiatra, os profissionais de sa�de tamb�m ressaltam que a s�ndrome de burnout e o transtorno do d�ficit de aten��o com hiperatividade (TDAH) s�o quadros muito observados em pacientes tratados.
 
A pandemia exigiu uma mudan�a de comportamento dr�stica para muitos trabalhadores brasileiros. A necessidade de se adaptar ao home office, bem como longas jornadas de trabalho, no caso de profissionais de sa�de, levaram a um aumento exponencial de casos da s�ndrome de burnout. 
 
No in�cio de 2022, a Organiza��o Mundial da Sa�de reconheceu tal s�ndrome como doen�a de trabalho, o que exige um cuidado maior das empresas junto aos colaboradores. No Brasil, a s�ndrome atinge cerca de 30% dos mais de 100 milh�es de trabalhadores, segundo a Associa��o Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt).
 
O burnout � um estado de esgotamento f�sico e mental representado pelo sentimento de sobrecarga, o que acarreta em preju�zo laboral no trabalho e atrapalha tarefas simples.

O n�o tratamento pode acarretar o desenvolvimento de altera��es relacionadas ao humor e fazer com que os sintomas se agravem e evoluam para outras quest�es, afetando o bem-estar de maneira geral. Assim como outros diagn�sticos psiqui�tricos, o burnout pode refletir em sintomas f�sicos, como tremor, suor, ataque de p�nico, tontura e taquicardia.
 
Leonardo Ant�nio Ferreira ressalta que tem acompanhado um n�mero maior de mulheres sofrendo com a s�ndrome. “Geralmente, as mulheres s�o as que mais buscam ajuda para tratamento psiqui�trico, logo, proporcionalmente falando, ser�o maioria tamb�m nos casos de burnout. Al�m de que s�o as mulheres que, em grande parte, t�m de conciliar tarefas dom�sticas com as profissionais. Isso, no contexto do home office, gera um trabalho excessivo.”
 
Para Cintya Ogliari, o TDAH tamb�m pode impactar adultos. No entanto, esse perfil de paciente tende a sentir os preju�zos da doen�a de forma mais branda, quando n�o � submetido a situa��es que exijam concentra��o.

“Diferentemente do jovem, que est� constantemente observando o preju�zo do TDAH afetar suas tarefas na escola, por exemplo, isso pode n�o ocorrer nos adultos por conta de sua rotina. O p�blico infantil, adolescente e jovem tende a sentir mais os efeitos, o que os leva a procurar ajuda e, consequentemente, serem mais diagnosticados”, destaca.
 
Entre as principais caracter�sticas do TDAH est� a dificuldade em prestar aten��o a detalhes e tarefas, ter problemas em terminar atividades do dia a dia, dificuldade para se organizar, ser facilmente distra�do por est�mulos externos, entre outros.

Ogliari ressalta que no ambiente escolar isso pode ser muito percebido, pois o TDAH resulta em dificuldade de concentra��o em atividades did�ticas, por exemplo. A Associa��o Brasileira do D�ficit de Aten��o aponta que cerca de 3% a 5% das crian�as de todo o mundo t�m o transtorno.
 
O vasto acesso de informa��es proporciona maior busca por aspectos relacionados � sa�de mental. Hoje, as pessoas j� falam mais sobre depress�o, ansiedade e buscam mais sobre burnout e TDAH, entendendo essas quest�es como problemas de sa�de, sem qualquer tipo de preconceito.

Com isso, � poss�vel desmitificar o tratamento psiqui�trico. As terapias buscam proporcionar acolhimento, mais qualidade de vida e maior percep��o ao paciente, para que ele lide com as quest�es de sa�de mental e tenha melhor qualidade de vida.

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