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Estado de Minas ANNA MARINA

A verdade � para poucos

Amigas pedem que avisemos quando a roupa n�o est� legal, o look ficou exagerado ou mesmo sobre mau h�lito. Por�m, detestam quando damos o sinal de alerta


30/05/2022 04:00 - atualizado 30/05/2022 07:22

Ilustração mostra rosto de mulher assustada com balões de interrogação em volta de sua cabeça
"Muitas das minhas opini�es s� emito quando questionada sobre o assunto" (foto: Arte)
Sou muito cr�dula. Acredito nas pessoas at� que me provem o contr�rio. E quando se trata de amigas, ent�o, confio mesmo. Outra coisa que sou � sincera – �s vezes, at� demais. Com o passar dos anos, passei a ser mais sutil e delicada para falar as coisas, muitas das minhas opini�es s� emito quando questionada sobre o assunto. Sabedoria que adquiri com a maturidade e a experi�ncia de vida.
 
N�o sei se esse tipo de coisa acontece com voc�s, leitores, mas comigo ocorre com bastante frequ�ncia. �s vezes, quando estamos entre amigas e vemos uma pessoa muito equivocada no que diz respeito � forma de se vestir, fazemos um combinado. Pedimos que caso alguma de n�s erre na produ��o, a outra d� o alerta, para evitar “pagar mico” na rua.

O mesmo ocorre quando a roupa n�o favorece. Ou quando encontramos algu�m com mau h�lito, com maquiagem exagerada, enfim, tudo e qualquer coisa que, por causa da idade, ou da defici�ncia visual, possa nos levar a cometer deslizes.

Sou dada a falar alto demais, sempre pe�o a quem est� por perto para me sinalizar se o volume ficar exagerado. Amo quando algu�m d� aquela olhadinha, ou mesmo faz o sinalzinho despistado com a m�o. Acho isso um favor, e sempre agrade�o.
 
Sou dessas: pediu, fizemos o combinado. Beleza, fico, olho, n�o vou deixar a amiga virar meme. Infelizmente, depois de algumas experi�ncias, todas desastrosas, abdiquei da minha fun��o de alerta. Vejam algumas delas:
 
Certa vez, uma amiga – daquelas que combinaram o aviso em caso de mau h�lito – apareceu com cheiro muito forte quando falava. � constrangedor ver a pessoa de quem voc� gosta conversar com os outros e notar as pessoas se distanciando, despistadamente, por causa do odor nada agrad�vel.

Depois de uns 15 dias, quando est�vamos sozinhas, fui toda delicada e falei que talvez ela devesse procurar o dentista, porque o h�lito estava muito forte. Ela respondeu na maior tranquilidade que n�o precisava, porque tinha ido h� pouco tempo. Nunca mais toquei no assunto. At� hoje ela sofre com o problema, mas n�o posso ajudar em nada, pois com ela o combinado n�o � v�lido.
 
O segundo caso foi com outra amiga. Ela sempre andou bem-vestida, mas apareceu com uma roupa que “deu barriga”. N�o estava legal mesmo. Parecia gr�vida de uns cinco meses. Como encontrei com ela em um coquetel, n�o falei nada, mas depois dei um toque, dizendo que da pr�xima vez que usasse o vestido, deveria colocar cinta, pois a roupa lhe dava a barriga que ela n�o tinha. Al�m de dizer que n�o concordava comigo, ainda falou com outra amiga em comum que eu estava com inveja dela. Pode?
 
Algu�m me explica, ent�o, para que pedem pra gente avisar, se n�o querem ouvir? Cenas assim levam as pessoas a dizerem: “Ser� que fulana n�o tem amigos para falarem com ela que aquilo n�o ficou bom?”. Tem, sim, tem muitos amigos, mas n�o ouve nenhum deles.
 
Conhe�o uma pessoa que � um encanto. Muito delicada, agrad�vel. Mas um verdadeiro equ�voco no quesito imagem. Precisa passar por uma modernizada, a cor do cabelo e a maquiagem n�o est�o valorizando a beleza dela, sempre exagera nos looks. Depois de tantos passa-foras que recebi, ela pode morrer assim. Da minha boca n�o vai escutar nem uma �nica palavra.

(Isabela Teixeira da Costa/Interina)

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