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Estado de Minas ANNA MARINA

Liga��es em excesso: quando o celular n�o d� tr�gua

Al�m das chamadas profissionais, h� o exagero de calls desconhecidas de telemarketing, querendo vender de empr�stimo a fibra �tica


03/06/2022 04:00 - atualizado 03/06/2022 07:23

Ilustração mostra mão tocando a tela do celular

 
Quando a titular desta coluna sai de f�rias, eu tenho a honra e a grande responsabilidade de substitu�-la. Uma das fontes de inspira��o para os textos � sem d�vida o e-mail da Anna, que recebe mais de 500 mensagens diariamente e, por isso, tenho acesso a ele.

Esta semana, olhando o material recebido, me deparei com artigo de uma colega de S�o Paulo, enviado pelo doutor Jos� Salvador, da Rede Mater Dei – muito amigo de Anna e leitor contumaz, ele envia v�rias coisas –, e o t�tulo me chamou aten��o “� aceit�vel telefonar para as pessoas hoje em dia?”, escrito pela colunista do Valor Econ�mico, Pilita Clark, publicada em 30 de maio.
 
Ela falava sobre as “cold-callers” (chamadas frias), susto e sensa��o de invas�o que sentiu quando recebeu um telefonema de uma rela��es-p�blicas, uma vez que, segundo ela, essas chamadas pararam no per�odo grave da pandemia.
 
Anna Marina n�o tem celular. Faz quest�o de dizer isso com orgulho para espanto geral, principalmente de assessores de imprensa que sempre me ligam pedindo o n�mero de seu WhatsApp. Na verdade, ela tinha no per�odo que seu marido Cyro Siqueira ficou doente, por�m, t�o logo ele faleceu, jogou o indesej�vel aparelho no lixo. E fala sem meias palavras – como sempre – que j� recebe centenas de e-mails, o telefone toca o dia todo e n�o precisa de mais nada apitando na cabe�a dela.
 
O artigo de Pilita me causou certo espanto. Com a pandemia e a implanta��o do home office, todas as assessorias de imprensa e RPs descobriram meu celular, e n�o me perguntem como. Me deu uma grande inveja da colega que conseguiu paz nas chamadas por mais de dois anos.
 
Imaginem liga��es de assessores de imprensa e RPs somadas ao excesso de calls desconhecidas de telemarketing querendo vender empr�stimo, redu��o de juros, fibra �tica e mais uma centena de coisas – o telefone toca o dia todo e o meu n�o teve tr�gua.
 
Coloquei meu celular no silencioso e s� atendo n�meros identificados. E todos os profissionais de imprensa enviam mensagens de WhatsApp antes, e eu os cadastro na minha agenda, porque o celular pessoal acabou se tornando ferramenta de trabalho, e precisamos que seja assim para termos acesso a tudo que est� rolando por a�.
 
Inc�modo mesmo s�o aqueles que ligam em horas completamente inadequadas, tipo sexta-feira � noite, ou s�bado � tarde, por exemplo, dizendo ser urgente, para falar de uma coisa que s� ser� resolvida na segunda-feira. A� me pergunto: pra qu�?
 
Tenho que concordar com a colunista, melhor seria se todos enviassem e-mail ou mensagem, mas nunca entendi uma coisa. Por que as pessoas enviam e-mail e na mesma hora ligam para saber se recebemos? N�o confiam no seu provedor? Mas existe uma ferramenta que avisa quando o e-mail � aberto pelo destinat�rio. Tamb�m n�o confiam na informa��o? E fico pensando: ser� que isso s� ocorre aqui em Belo Horizonte, porque mineiro � bicho desconfiado, ou em todas as pra�as?
 
Outra coisa que tomei conhecimento por meio do artigo de Pilita � que uma empresa de tecnologia de Israel, a PicUp, est� desenvolvendo um software que promete revolucionar o mercado de vendas por telefone. Segundo ela escreveu, “permite que uma empresa fa�a chamadas que aparecem na tela do destinat�rio com n�mero, nome, rosto ou logomarca que identifica claramente quem est� chamando, em vez da mensagem 'chamada de autor desconhecido', que � a marca registrada do 'cold-caller'.”
 
Isso ser� maravilhoso, por�m, aqui no Brasil, acredito que n�o vai funcionar, porque ningu�m vai atender essas chamadas identificadas.
 
(Isabela Teixeira da Costa / Interina)

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