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Estado de Minas ANNA MARINA

Xod�: o mais novo sessent�o da pra�a

Tradicional lanchonete completa 60 anos, entrou pra turma dos idosos, passou por algumas pl�sticas e se modernizou


10/06/2022 04:00 - atualizado 10/06/2022 00:15

Copos com milkshake do Xodó
Desde 1962 na Pra�a da Liberdade, Xod� fez fama com seus milkshakes (foto: Thobias Almeida/divulga��o)

Todo mundo conhece a lanchonete Xod�, hoje chamada de hamburgueria Xod�. Mesmo quem nunca entrou para degustar um de seus sandu�ches ou sorvetes sabe muito bem onde ela fica. Afinal, est� h� seis d�cadas na esquina de Avenida Jo�o Pinheiro com Rua Gon�alves Dias, em frente � Pra�a da Liberdade.

Isso mesmo, o Xod� est� completando 60 anos, entrou pra turma dos idosos, como a maioria de n�s, passou por algumas pl�sticas, se atualizou e modernizou, por fora e por dentro. 

Est� sob nova dire��o desde 2018, e as tr�s mulheres que compraram a empresa voltaram com alguns cl�ssicos com toques de modernidade, mas fizeram quest�o de criar um card�pio cheio de novidades, com sabores e ingredientes atuais, jovens, modernos, que agradam a todas as idades.

Lembro-me demais de ir ao Xod� para lanchar, ainda pequena. Meus pais nos levavam l� com frequ�ncia. Sempre pedia cheeseburger e n�o abria m�o do sundae de marshmallow de sobremesa, amava! Eu me lambuzava inteira, dava um trabalh�o para limpar, mas valia a pena. Minha m�e preferia o hotfood, que era um sundae de baunilha com  calda quente de chocolate. 

O preferido da minha irm� era o sandu�che beirute, feito com p�o �rabe, e levava fatias finas de carne, queijo e salada de alface com tomate.

Minha tia Neury, irm� da minha m�e, morou alguns anos no edif�cio Campos El�sios, ao lado do Xod�; depois, morou no edif�cio Niemeyer, que fica na Pra�a da Liberdade, a um quarteir�o da lanchonete. O Xod� era point de paquera. No fim de semana, dava congestionamento de carros parados e andando a 10km/h; eram os “boys” pondo reparo nas mo�as e vice-versa. Eu era a mais nova da fam�lia, dos 6 aos 10 anos, e minhas primas j� tinham 14 ou mais, e me usavam como desculpa para sair.

Meu tio D�cio era muito bravo – eu morria de medo da voz grave que ele tinha. Depois que cresci, vi que ele era um doce de pessoa – trazia as meninas em r�dea curta, ent�o, eu era a salva��o da lavoura. “Pai, vamos levar a Isabela para lanchar no Xod�.” �s vezes, a desculpa era comprar p�o na padaria Savassi. Pronto, permiss�o concedida. Elas se aprontavam num chiquer� que s� bobo n�o percebia que a inten��o era outra. L� �amos n�s. 

Sempre fui gordinha e acho que muito foi por isso, elas me “tacavam” comida e sorvete para demorar bastante, e ficavam na paquera, como pediram a Deus. No dia em que a desculpa era a padaria, o p�o s� chegava para ser consumido no caf� da manh�.

Depois que cresci um pouco, passei a frequentar o local com minhas amigas. Naquela �poca, n�o tinha os perigos de hoje e com 13 anos �amos a p� lanchar no Xod�, depois do col�gio, quase toda sexta-feira. Estudava � tarde no Izabela Hendrix, pertinho de l�.  Passei a experimentar outros sandu�ches, sundaes, milkshakes, banana split. Vamos crescendo e o paladar se amplia.

A Feira Hippie era na Pra�a da Liberdade nas manh�s de domingo, e era sagrado ir � feira e depois lanchar no Xod�. Nessa �poca, l� j� n�o era mais o point, mas continuava sempre muito movimentado.

� muito bom reviver todas essas lembran�as; melhor ainda � saber que a casa est� na ativa e revigorada. Por coincid�ncia, semana passada tive que ir a uma empresa nas proximidades, mas a pessoa com quem fui falar s� chegaria mais tarde. Decidi fazer uma hora pelas redondezas e fui at� o Xod� para ver se estava aberto. Assim, tomaria um caf�, mas estava fechado. Acabei descendo alguns quarteir�es e “matei” o tempo em outra casa das antigas, que continua �tima, a confeitaria Mole Antoneliana. 

Parab�ns ao Xod�, que venham outros 60. No domingo, o caderno Degusta publicar� mat�ria com as novidades do mais novo sessent�o da pra�a.

(Isabela Teixeira da Costa/Interina)

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