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Estado de Minas COMPORTAMENTO

Envelhecimento da popula��o abre mercado para cuidadores

N�o � tarefa f�cil fazer a sele��o do profissional em quem voc� sinta confian�a para colocar dentro de casa, tomando conta da pessoa que voc� ama


13/06/2022 04:00 - atualizado 13/06/2022 07:57

Ilustração mostra homem idoso sentado em banco de praça

N�o � novidade para ningu�m que a popula��o idosa brasileira cresceu muito mais que o esperado. Na d�cada de 1970, um estudo estimou que em 2010 ter�amos 3,5 milh�es de idosos. Por�m, em 2018, o n�mero j� estava quase 10 vezes acima do previsto. Com mais idosos nas fam�lias, � maior a demanda de cuidados, o que vem sendo um grande problema no pa�s, por v�rios motivos.

O primeiro deles esbarra, ou melhor, tromba com uma for�a enorme na nossa cultura. A grande maioria dos brasileiros n�o aceita colocar seu idoso em asilo. Provavelmente, porque asilos eram tidos como casas para abrigar abandonados pelas fam�lias, locais prec�rios e pobres.

Hoje � bem diferente, h� casas excelentes, com toda infraestrutura, enfermeiros, m�dicos, fisioterapeutas, nutricionistas, etc. Nesse espa�o de conviv�ncia, a fam�lia pode visitar o idoso diariamente.

Mesmo assim, achamos que a obriga��o � nossa, que se delegarmos esses cuidados a terceiros, mesmo dando assist�ncia e presen�a, � como se estiv�ssemos em falta com quem nos deu tudo.

Quando algu�m diz que colocou o pai ou a m�e em uma dessas casas, sente, na hora, o olhar de reprova��o do ouvinte, apesar de v�s tentativas de despiste. Existe um julgamento silencioso.

Outro problema s�o os cuidadores. Sim, porque antigamente as mulheres da fam�lia assumiam os cuidados com os mais velhos, mas atualmente a maioria trabalha fora e n�o tem mais tanto tempo para ficar em casa cuidando de seus idosos. Assim, nasceu a profiss�o de cuidador, porque nem todos precisam de enfermeiros.

N�o � tarefa f�cil fazer uma boa sele��o dos profissionais, algu�m em quem voc� sinta confian�a para colocar dentro de casa, tomando conta de uma pessoa que voc� ama, negociar valores, fazer contrato, administrar plant�es, folgas, feriados, substitui��es quando necess�rio. Sim, porque cuidador tamb�m adoece, tem problema familiar e precisa faltar. E a�? Como arrumar outro em cima da hora? Quem passa por esses sufocos sabe muito bem o quanto � desesperador.

Por todos esses motivos, Raquel Azevedo, Henrique Costa e Carla Azevedo se uniram e criaram a Helpmy. Trata-se de um aplicativo que conecta as fam�lias que precisam de ajuda a cuidadores de idosos em todo o Brasil.

A empresa realiza sele��o criteriosa, com equipe especializada em gerontologia e recrutamento, avalia e entrevista 100% dos cuidadores, que se tornam aptos a atender �s demandas. Analisa documenta��o completa, bons antecedentes e seleciona apenas aqueles mais qualificados, que t�m certifica��o de curso de cuidador com carga m�nima de 80 horas, pelo menos um ano de experi�ncia. A empresa tamb�m checa refer�ncias com clientes anteriores.

A Helpmy tem dois aplicativos, um para clientes e familiares, outro para os cuidadores. Os clientes se cadastram e descrevem situa��o e necessidade do idoso, explicando a demanda, com data, especificidades, medicamentos e prefer�ncias. Cada detalhe pode fazer a diferen�a na hora de encontrar o cuidador ideal.

O sistema, ent�o, faz o “matching”, ou seja, o casamento com os melhores cuidadores capazes de atender aquele idoso, de acordo com suas qualifica��es e experi�ncias. O cliente pode navegar dentro do perfil p�blico dos cuidadores para solicitar aquele que considerar o melhor. Tudo com agilidade e seguran�a.

Para Raquel Souza Azevedo, idealizadora da Helpmy, mestre em enfermagem pela UFMG, especialista em gerontologia e autora do livro “Fundamentos do cuidado ao idoso fr�gil”, h� um grande n�mero de cuidadores despreparados no mercado.

“Como tenho muita experi�ncia, muitas fam�lias me procuram para que indique algu�m, pois n�o t�m ‘sorte’ ao escolher os cuidadores. Isso ocorre porque a �rea est� crescendo muito e as pessoas acham que a tarefa � f�cil, mas n�o � assim”, diz a especialista.

Com certeza, j� � m�o na roda. E melhor de tudo: em caso de necessidade de substitui��o, eles providenciam rapidamente outro profissional. Um al�vio e tanto que s� sabe quem tem idoso na fam�lia necessitando desses cuidados.

(Isabela Teixeira da Costa/Interina)

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