Pacientes que tiveram c�ncer podem fazer implantes dent�rios?

Quando est�vamos terminando o s�culo passado, as pessoas come�aram a fazer uma pesquisa informal entre os amigos, que se alastrou por causa da internet, para saber qual tinha sido a maior inven��o do s�culo 20.

Claro que a grande maioria falava televis�o, computadores, penicilina, avi�o, internet e por a� iam os palpites. Em uma roda de conversa, uma amiga disse sem titubear: o vaso sanit�rio.

Eu aplaudi porque fiquei pensando como seria nossa vida se at� hoje estiv�ssemos fazendo nossas necessidades fisiol�gicas agachados em buracos sobre fossa ou em penicos. Socorro! Mas descobri que a privada foi inventada no s�culo 16, pelo poeta ingl�s John Harington, mas n�o pegou. S� no s�culo 18 que foi patenteado como conhecemos hoje.

Sobre as inven��es do s�culo 21, uma das melhores – a meu ver – � o implante dent�rio. S� de n�o precisarmos mais usar dentadura, j� � um al�vio. A maioria das pessoas que conhe�o que fizeram implante n�o tiveram nenhum problema.

Os casos complicados foram de fumantes, porque � dif�cil do osso segurar o pino. Mas quem fuma est� careca de saber os problemas causado pelo cigarro.

Outro dia, tamb�m em uma roda de conversa, algu�m questionou se pessoas que tiveram c�ncer podem fazer implantes dent�rios. Ningu�m soube responder e a conversa ficou no �mbito do “ach�metro”. N�o � que esta semana recebi um material sobre o assunto.

Segundo o implantologista S�rgio Lago, mestre em periodontia e embaixador da S.I.N. Implant System, sim. “Felizmente a reabilita��o oral, nesse caso, tem elevadas chances de sucesso.

A orienta��o geral, por�m, � que estas pessoas aguardem de seis a 12 meses ap�s o t�rmino dos seus tratamentos para serem reabilitadas com implante.”

A espera se faz necess�ria porque tanto a quimioterapia quanto a radioterapia podem causar uma s�rie de altera��es metab�licas, que s�o prejudiciais ao processo de osseointegra��o, mas, ap�s esse per�odo indicado, o organismo costuma se recompor.

S�rgio Lago destaca que � recomend�vel que o implantodontista fa�a uma consulta em conjunto com o oncologista respons�vel para que todos os riscos sejam avaliados em profundidade.

“Em geral, � pedido um exame chamado CTX, que � um marcador bioqu�mico do metabolismo �sseo. A partir do seu resultado, podemos prever as chances de complica��es no procedimento e tomar medidas preventivas com maior efic�cia”, detalha o implantologista.

Segundo o especialista, � comum a presen�a de bisfosfonatos na radioterapia. “Estas subst�ncias, empregadas tanto no tratamento de patologias �sseas quanto em diversos tipos de tumor, elevam as chances de osteonecrose, que � a morte de um segmento de osso causada pela aus�ncia de suprimento sangu�neo, por isso, � preciso que o cirurgi�o-dentista tenha um olhar extremamente atento e que as consultas aconte�am a cada tr�s meses.”

No mais, segundo o especialista, o acompanhamento minucioso pelo dentista somado � correta higieniza��o dos implantes tem potencial para trazer excelentes resultados. Uma boa not�cia.