Apesar de ter a facilidade de poder chamar o carro por aplicativo – para quem tem celular –, e pelo aumento de oferta, uma vez que agora temos os carros de aplicativo, a verdade � que os usu�rios continuam penando e aguardando horas para conseguir serem atendidos.
Tenho carro, mas muitas vezes, at� por quest�o de estacionamento, opto por ir de t�xi. Quando surgiu o Uber, foi uma maravilha porque essa concorr�ncia fez os taxistas melhorarem em muito o seu atendimento a n�s, clientes. Infelizmente, houve muitas brigas, f�sicas inclusive, ataques com dano aos carros, e at� viol�ncia contra os motoristas. Paralelamente a isso, as a��es na Justi�a, liminares etc, at� que tudo entrou no seu devido lugar e todos trabalham em pac�fica conviv�ncia.
Por�m, existe uma grande diferen�a: o profissionalismo.
O que come�ou como exemplo, degringolou. Diminuiu a educa��o, mas o pior � o desrespeito com constantes e sucessivos cancelamentos. De uns tempos para c�, os motoristas do Uber aceitam a corrida. Ficamos esperando cerca de cinco a 10 minutos e, quando eles est�o quase chegando, cancelam a corrida. Somos obrigados a pedir novo carro, aguardar at� ser localizado e esperar mais at� chegar. E geralmente ocorre novo cancelamento. O fato se repete umas tr�s, quatro e at� cinco vezes.
Quando n�s cancelamos a chamada, dependendo do tempo que levamos para fazer o cancelamento, pagamos uma taxa. E, independentemente disso, recebemos uma pontua��o negativa. Ficamos com o nome “manchado”. Gostaria muito de saber o que a empresa faz com esses motoristas que est�o cancelando as corridas depois de aceit�-las. Isso para n�s � mist�rio.
O cancelamento ocorre, geralmente, quando o trecho a ser percorrido � pequeno. Ou seja, viagem curta, valor baixo. Se entra uma viagem mais longa, o motorista cancela a curta e pega a mais distante. N�o existe compromisso com o cliente. Certa vez, perguntei ao motorista sobre isso e ele disse que n�o sabem o destino que v�o atender. Sinceramente, n�o acredito, porque somos obrigados a dar essa informa��o quando fazemos a chamada.
Outro problema – esse mais raro, gra�as a Deus – s�o os casos de agress�o que alguns passageiros t�m sofrido. Alguns deles s�o registrados por outro passageiro ou por c�meras de tr�nsito ou de seguran�a de alguma casa e s�o colocados nas redes sociais. � assustador, casos para serem tratados pela pol�cia.
Conversando sobre isso com algumas amigas, uma delas disse que h� bastante tempo s� chama uma empresa de t�xi, que tamb�m tem aplicativo, e d� desconto. Passei a us�-la. O bom � que eles n�o cancelam nunca. Uma garantia muito importante nos dias atuais.
S�bado passado, fui ao Centro da cidade e optei por ir de t�xi. Na volta, chamei pelo aplicativo da Coopertramo. Demorou bastante a achar um ve�culo e quando o motorista aceitou a chamada vi que estava bem distante do local. Ele veio e a primeira coisa que fiz foi agradec�-lo por ter aceitado a corrida estando t�o longe. Ele ficou admirado de eu ter agradecido e me contou que tinha acabado de deixar uma outra passageira, que tamb�m tinha demandando um longo deslocamento. Ao contr�rio de mim, ela n�o ligou para isso e, no final, ao pagar – em dinheiro – ele teve dificuldade com o troco. E, apesar de a corrida j� estar com desconto, ele foi obrigado a dar mais R$ 0,90 de desconto porque ela n�o abriu m�o do valor.
Fiquei pensando em como o ser humano � complicado enquanto o ouvia dizer como estava feliz em receber um agradecimento, um reconhecimento por sua aten��o, depois de ter enfrentado uma quase discuss�o por causa de menos de R$ 1. O pior � que por causa de tudo isso ele esqueceu de baixar a bandeira. Claro que dei um valor a mais, j� estava pensando nisso, como forma de retribui��o.
Enfim, fica o agradecimento ao profissionalismo dos taxistas que respeitam os clientes e n�o cancelam as chamadas, e o alerta ao pessoal da Uber, que vai perder terreno se n�o tomar uma atitude com rela��o a essa atitude desrespeitosa de seus motoristas. Estive recentemente em S�o Paulo e isso n�o ocorre por l�. Pelo visto, � s� por aqui.
(Isabela Teixeira da Costa/Interina)