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Estado de Minas ANNA MARINA

Estudo revela aumento de casos avan�ados de c�ncer durante a pandemia

Pesquisa com pacientes da rede privada no Brasil mostra avan�o de 4% no n�mero de pessoas com tumor em est�gio 4 e queda de 6% em est�gio inicial


08/02/2023 04:00 - atualizado 07/02/2023 20:09

ilustração da coluna da anna marina

Desde o in�cio da pandemia de COVID-19, especialistas j� esperavam que as medidas necess�rias para conter o v�rus, como o isolamento social, teriam efeitos em outras �reas da sa�de. Na oncologia, n�o foi diferente. Estimativas anteriores j� apontavam queda de at� 70 mil no n�mero de diagn�sticos, j� que muitas pessoas deixaram de fazer exames como o papanicolau, mamografia e outros de rastreamento preventivo, fundamentais para identificar tumores em est�gio inicial, aumentando as chances de sucesso no tratamento.

Estudo realizado por pesquisadores do Grupo Oncocl�nicas e in�dito no Brasil mostra que o cen�rio se confirmou. Segundo os dados, publicados recentemente pela revista cient�fica internacional JCO Global Oncology, houve aumento de 4% no n�mero de pacientes que identificaram o tumor em estado avan�ado. E uma queda de 6% nos casos diagnosticados em est�gio inicial.

"Essa � uma pesquisa importante, pois at� agora ainda n�o t�nhamos estudos no Brasil, com as especificidades do nosso pa�s, que identificavam essa tend�ncia no caso de c�ncer de mama, o mais incidente em todo o mundo. Conseguimos englobar um n�mero de 11.700 mulheres em diversos estados do Brasil, das cinco regi�es, o que � muito significativo para averiguar as suspeitas", explica Cristiano Resende, oncologista do Grupo Oncocl�nicas e um dos respons�veis pela an�lise.

O estudo envolveu apenas pacientes de uma base pr�pria da institui��o, a maior da Am�rica Latina entre as redes privadas, e analisou o n�mero de pessoas que chegaram ao diagn�stico de c�ncer e em qual est�gio da doen�a, em 2020 e 2021 (6.500 mulheres), em compara��o com aqueles que chegaram em 2018 e 2019 (5.200 mulheres), antes da pandemia. Com isso, percebeu-se que houve aumento de pessoas sendo diagnosticadas em est�gio 4, considerado avan�ado, e diminui��o de mulheres em est�gio inicial. Vale lembrar que o Instituto Nacional do C�ncer (Inca) indica que no Brasil 74 mil casos da doen�a ser�o detectados a cada ano do tri�nio 2023-2025.

Outro corte que os pesquisadores fizeram foi em rela��o � idade dos diagn�sticos: elevou-se o n�mero de pessoas acima de 50 anos e mulheres ap�s a menopausa que tiveram tumores identificados em est�gio avan�ado. "Esse � um dado muito importante, pois � exatamente quando a mamografia se torna essencial para descobrir os casos em est�gio inicial. A cura � muito mais poss�vel nesses casos e o tratamento menos invasivo muitas vezes", diz o m�dico e pesquisador.

Segundo Cristiano, n�o � poss�vel chegar a conclus�o direta de que foi a diminui��o da mamografia que levou a esses n�meros, j� que a pesquisa n�o quantificou esse dado. Mas pode-se inferir, ao analisar o contexto de pandemia, que houve uma grande influ�ncia. "Esse grupo de idade mais avan�ada era tamb�m aquele grupo de risco para a COVID-19. S�o pessoas que provavelmente adiaram o seu exame para se proteger do v�rus", analisa.

Outra conclus�o da pesquisa � que os tumores mais agressivos tamb�m tiveram um impacto maior nos diagn�sticos avan�ados, cen�rio esperado pelo pesquisador. "A biologia do tumor � assim, ele cresce de forma muito mais veloz e tem alto poder de met�stase. Pessoas que chegaram ao diagn�stico e tiveram esse tumor foram afetadas de maneira pior", explica.

O pesquisador faz a ressalva de que a an�lise englobou apenas pacientes que t�m acesso a planos de sa�de. "Sabemos que a realidade de muitas mulheres no Brasil � diferente, depende n�o s� de n�vel socioecon�mico, mas tamb�m de regionalidade, por exemplo. O atraso nos diagn�sticos j� � uma triste realidade no sistema p�blico, ent�o, sabemos que o cen�rio pode ser ainda mais grave de forma geral”, aponta.

Cristiano alerta ainda para a import�ncia do diagn�stico precoce: “Fa�a seus exames de rotina e n�o deixe de consultar um especialista periodicamente. O diagn�stico quando feito no in�cio do c�ncer faz com que ele seja altamente cur�vel, chegando a um �ndice de 95% das situa��es", finaliza.







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