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Estado de Minas ANNA MARINA

N�o � f�cil diagnosticar a doen�a de Parkinson em idosos

Cerca de 30% dos portadores n�o apresentam tremor de repouso. V�rios problemas, neurodegenerativos ou n�o, se assemelham ao parkinsonismo


18/04/2023 04:00 - atualizado 17/04/2023 20:44

Ator Michael J Fox, com a mão no queixo, olha para o lado
No filme "Still - Ainda sou Michael J. Fox", que estreia em maio, o astro de Hollywood revela como convive com o Parkinson h� mais de 30 anos (foto: Apple TV/reprodu��o)


A doen�a de Parkinson (DP) � um transtorno neurol�gico degenerativo progressivo que afeta a sa�de f�sica e mental, al�m da qualidade de vida do paciente, comprometendo tamb�m a estrutura socioecon�mica familiar.

O conceito de DP idiop�tica como entidade �nica tem sido alterado com a identifica��o de v�rios subtipos cl�nicos, genes patog�nicos e poss�veis agentes ambientais causadores.

Al�m dos sintomas motores cl�ssicos, as manifesta��es n�o motoras (transtorno comportamental do sono REM, perda do olfato, constipa��o intestinal e depress�o) surgem j� no est�gio prodr�mico – a fase que precede o aparecimento de sintomas, na qual a maioria dos sinais cl�nicos s�o inespec�ficos. Evoluem juntamente do comprometimento cognitivo e disautonomia, conforme a doen�a progride, geralmente dominando os est�gios avan�ados.

A incid�ncia e a preval�ncia de DP aumentam com o avan�ar da idade. A preval�ncia m�dia em estudos � de 1,5% para adultos acima de 50 anos. A incid�ncia aumenta de 5 a 10 vezes da sexta � nona d�cada de vida. A causa permanece desconhecida, levando ao estudo de sua fisiopatologia em associa��o ao processo de envelhecimento humano.

Os sinais cardinais da DP s�o rigidez, tremor de repouso e bradicinesia, caracter�stica mais comum no idoso, sinal obrigat�rio para o diagn�stico da doen�a. Trata-se da dificuldade de iniciar o movimento volunt�rio ou autom�tico.

Dependendo da parte do corpo acometida, h� f�cies inexpressivas, fala hipof�nica (voz baixa e rouca), n�o balan�ar o(s) membro(s) superior(es) ao caminhar, arrastar o(s) p�(s) ao caminhar, sensa��o de ac�mulo de saliva na cavidade oral, aumento do tempo para realizar as refei��es e atividades di�rias.

O tremor de repouso ainda � o primeiro sintoma reconhecido por pacientes, familiares e m�dicos. No entanto, at� 30% dos portadores de DP n�o t�m tremor. Isso favorece o n�o diagn�stico, principalmente nos muito idosos e em pacientes com as formas n�o tremulantes, nos quais o tremor pode ser muito discreto ou estar ausente. Geralmente, � assim�trico, acometendo um ou mais membros.

O tremor tende a piorar com o estresse e com a evolu��o da doen�a, mas desaparece durante o sono.
A instabilidade postural � decorrente das altera��es dos reflexos, ocasionando maior n�mero de quedas e podendo, com a evolu��o da doen�a, n�o permitir que o idoso possa se levantar ou se manter de p� sem assist�ncia.

O bloqueio motor associado � perda dos reflexos posturais � respons�vel pela alta preval�ncia de quedas e maior incid�ncia de fratura de quadril.

A DP � progressiva e de longa dura��o. O diagn�stico pode n�o ser f�cil em idosos, pois v�rias doen�as neurodegenerativas e n�o neurodegenerativas se assemelham ao parkinsonismo. A efic�cia diagn�stica est� diretamente relacionada � hist�ria cl�nica detalhada, ao exame f�sico e � identifica��o dos sinais cardinais motores, al�m de outros fatores de suporte ao diagn�stico.

Exames laboratoriais e neuroimagem (tomografia computadorizada ou, preferencialmente, a resson�ncia magn�tica do cr�nio) s�o �teis para afastar suspeitas de outras doen�as.

Ainda n�o h� tratamento medicamentoso ou cir�rgico curativo, neuroprotetor ou que previna a progress�o da doen�a. O tratamento visa controlar os sintomas, deve ser individualizado e pode envolver a equipe multidisciplinar. O objetivo � manter o paciente o maior tempo poss�vel com autonomia, independ�ncia funcional e equil�brio psicol�gico.

O tratamento n�o farmacol�gico � fundamental: exerc�cios f�sicos, fisioterapia e terapia fonoaudiol�gica contribuem com a melhora de sintomas, da qualidade de vida e do progn�stico. Manter familiares, cuidadores e pacientes informados � importante. H� v�rios grupos de apoio, sites da internet e associa��es para pacientes e familiares/cuidadores.

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