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Estado de Minas ANNA MARINA

N�o confunda ansiedade infantil com birra

Transtorno ocorre em crian�as de 6 a 8 anos. Fique atento se o pequeno tem medo, r�i as unhas, � impaciente, teme dormir sozinho e apresenta fobia escolar


01/07/2023 04:00 - atualizado 01/07/2023 00:23
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Menino ansioso tem rosto tenso e tampa os olhos com as mãos
Uso frequente de 'brinquedos' tecnol�gicos, como celulares, est� associado � maior incid�ncia do transtorno de ansiedade infantil (foto: AFP)

 
A ansiedade infantil, muitas vezes, pode ser confundida com birra ou comportamento t�pico de crian�as mimadas. Por�m, h� alguns sintomas que podem caracterizar esse transtorno, caso apare�am em conjunto.
 
De acordo com a psic�loga paulista Sarah Lopes, possivelmente sofrem de ansiedade infantil as crian�as que t�m medo, roem as unhas com frequ�ncia, sentem vergonha, s�o impacientes, temem dormir sozinhas, fazem xixi na cama e apresentam fobia escolar, al�m de sempre quererem estar perto dos pais.
 
Todos esses sintomas podem variar de acordo com o g�nero e a idade, mas a ansiedade infantil geralmente afeta os pequenos de 6 a 8 anos, fase em que eles come�am a apresentar autonomia.
O transtorno prejudica o desenvolvimento, fazendo com que tal comportamento seja levado para a vida adulta. A rotina escolar � afetada e algumas crian�as podem at� mesmo perder conte�dos importantes.
 
 
A especialista adverte que o uso frequente da tecnologia � um dos principais fatores para o desenvolvimento da doen�a. Afinal, smartphones e tablets s�o os “brinquedos” preferidos das crian�as, e � cada vez mais comum encontr�-las entretidas com os aparelhos, tanto no ambiente domiciliar como tamb�m nas escolas e lugares p�blicos.
 
Dessa forma, elas se acostumam muito facilmente com o imediatismo e t�m cada vez menos paci�ncia para lidar com tudo que demande um pouco mais de tempo e espera.
 
“Atualmente, percebemos pressa nas coisas, nas pessoas e na tecnologia. Com as crian�as n�o � diferente. Entre os brinquedos, ocorre o descarte de objetos que facilmente viram obsoletos e perdem espa�o para aparelhos tecnol�gicos. Hoje em dia, falta mais contempla��o, parar e estar atento ao que se faz no momento presente. Ser presen�a”, afirma Sarah Lopes.
 
A psic�loga alerta que a percep��o dos pais � fundamental para o tratamento da ansiedade. Eles devem ficar atentos aos sintomas e perceber o que � real. Ou seja, caso as crian�as n�o queiram ir � escola, a primeira a��o � verificar se existe algo l� que esteja impedindo o desenvolvimento do filho.
“Pode ser a dificuldade de interagir com as outras crian�as, dificuldade com o curr�culo escolar ou at� mesmo bullying. Um �nico quadro, geralmente, n�o define a ansiedade infantil, s�o necess�rios alguns comportamentos para o diagn�stico preciso”, ressalta Sarah.
 
Os pr�prios pais podem ser a causa da ansiedade dos filhos. “N�o se diz que � heredit�rio, mas os pais transmitem esse comportamento. De acordo com a terapia cognitiva comportamental, somos frutos do meio. Assim, se os pais apresentam ansiedade, os filhos v�o entender que o mundo funciona dessa forma. Os pais s�o os primeiros transmissores de como devemos ver, ouvir e agir diante das situa��es”, explica.
 
O transtorno pode ser tratado de acordo com o grau de ansiedade e a idade da crian�a. A fam�lia tamb�m deve ser avaliada e, se for o caso, tratada. A terapia cognitiva comportamental trabalha de forma positiva com os pequenos, fazendo com que percebam aos poucos o que conseguem fazer e o quanto as ideias negativas atrapalham seu desenvolvimento.

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