
O apag�o na pol�tica agora � fato consumado. A sess�o no plen�rio Ulysses Guimar�es da C�mara dos Deputados era destinada � Comiss�o-Geral para comemorar a Lei no 11.326, de 2006, aquela que � tamb�m conhecida como a Lei da Agricultura Familiar. E saudar tamb�m a Semana Nacional da Agricultura Familiar. E claro, como sempre na pol�tica nacional, tinha o toque mineiro. Quem requereu foi o deputado Vilson da Fetaemg (PSB-MG).
Para deixar claro, a luz apagou no plen�rio. Ficou tudo escuro. E o deputado mineiro discursava no momento em que veio o aviso: “este canal est� momentaneamente fora do ar devido a problemas no sat�lite do canal. Em breve, o sinal ser� restabelecido”. S� que n�o foi isso o que aconteceu.
A transmiss�o televisiva da C�mara dos Deputados optou por voltar ao passado. Mudou a programa��o e passou a transmitir uma sess�o da comiss�o de Educa��o, com a deputada Alice Portugal (PcdoB-BA). S� que ela era uma reapresenta��o. Melhor voltar ao presente.
A falta de energia atingiu outros pontos do edif�cio Principal do Congresso, como a sala da Primeira-Vice-Presid�ncia da C�mara, o comit� de imprensa, local onde os jornalistas trabalham, e alguns gabinetes de lideran�as partid�rias. Passado um tempo razo�vel, o problema foi resolvido. Chega disso. J� que tinha Agricultura Familiar, melhor plantar not�cias diferentes.
Pouco depois de 16h, o presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou que a sess�o conseguiu quorum para as vota��es. Elas come�aram com os destaques de vota��o, aqueles que mudam partes do texto e s�o votados separadamente. Agora chega mesmo.
At� porque teve demiss�o por causa da CPMF, aquele imposto que todo mundo detesta, porque � cumulativo. O secret�rio especial da Receita Federal, Marcos Cintra, foi demitido ontem do cargo. O motivo: ser defensor da tal Contribui��o Provis�ria sobre Movimenta��o Financeira (CPMF), rejeitada pelo mundo pol�tico afora.
“Vamos olhar a coisa da seguinte forma: o governo tem uma proposta, o Senado tem outra, a C�mara tem outra. Isso tem que ser discutido, t�m estados e munic�pios”. A frase � do presidente em exerc�cio, general Hamilton Mour�o (PRTB), sobre a volta da CPMF, que � atacada por Rodrigo Maia. Na tradu��o simult�nea, j� que citou a volta de Bolsonaro, melhor dar tempo ao tempo.
Afinal, diante da fala de Mour�o, � mais prudente n�o alongar mais. Como ele pr�prio declarou: “o presidente est� melhorando e volta. N�o tem nenhuma decis�o neste sentido, at� amanh� eu continuo”. Mas � certo que a CPMF j� era. “O ministro Paulo Guedes agradece ao secret�rio Marcos Cintra pelos servi�os prestados”. Fim.
O porta-voz
Ele era o chefe do Centro de Comunica��o Social do Ex�rcito, mas se despediu do servi�o ativo do Ex�rcito. O motivo, dedicar-se integralmente ao cargo em que j� est�, o de porta-voz da Presid�ncia da Rep�blica. � claro que � o general Ot�vio R�go Barros e que a cerim�nia de despedida no batalh�o do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, em Bras�lia, contou com a presen�a do presidente em exerc�cio, Hamilton Mour�o, tamb�m um general.
Estrat�gico

O pr�prio general Ot�vio R�go Barros (foto) detalha j� que � o porta–voz: “Dispo-me hoje corporalmente deste verde-oliva, mas jamais o farei da minha alma. A partir de agora esta alma estar� a cada dia a proteger os interesses da nossa institui��o. Institui��o que vivencia junto a sociedade uma confian�a inigual�vel”. Detalhe: ele participou da organiza��o do livro Desafios estrat�gicos para a seguran�a e defesa cibern�tica. Est� em sua praia e de olho nas fake news.
O n�mero � 2.996
A compara��o, com o devido pedido de desculpas, nada tem a ver uma coisa com a outra. “H� 18 anos, um atentado nos Estados Unidos chocava o mundo inteiro: o ataque �s Torres G�meas. H� um ano, o Brasil sofria um ataque � democracia: @jairmessiasbolsonaro foi esfaqueado em meio a um ato p�blico. Dois epis�dios que impactaram a sociedade e deixaram marcas na hist�ria”. O que � isso? Em 11 de setembro de 2001 em Nova York foram, nada menos, que 2.996 mortos em n�meros exatos. Menos PSL, menos.
Velho ditado
“TENTATIVA DE RECRIAR CPMF DERRUBA CHEFE DA RECEITA. Paulo Guedes exonerou, a pedido, o chefe da Receita Federal por diverg�ncias no projeto da reforma tribut�ria. A recria��o da CPMF ou aumento da carga tribut�ria est�o fora da reforma tribut�ria por determina��o do Presidente”. Assim mesmo, com o in�cio em mai�scula para prestigiar o ministro da Economia, Paulo Guedes. @jairbolsonaro. J� diante do “por determina��o do Presidente” vale o velho ditado, manda quem pode, obedece quem tem ju�zo.
Alerta feito
A previs�o do deputado Rodrigo de Castro mostrou est� certa. E repercutiu no plen�rio na C�mara dos Deputados. Ele declarou que, “a olhos vistos no plen�rio, al�m das pesquisas, a popularidade do governo est� caindo”. Tratou como desgaste diante de o Pal�cio do Planalto n�o atender, como � praxe, os pleitos dos parlamentares, fazendo � claro que apenas os parlamentares do PSL se atrevem a defender o governo. E alerta que tudo isso pode prejudicar o que trata como “urg�ncia na parte econ�mica”. Faz sentido.
Pinga-fogo
O senador Carlos Viana (PSD-MG) assumiu o cargo de presidente do seu partido em Minas Gerais. Antes ele era ocupado pelo prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, que deve ter acatado o aviso. Afinal, seria isso ou ele mudaria para o Podemos.
A dosimetria em uma das a��es penais subiu de seis anos e oito meses para sete anos e um m�s de reclus�o. Faz a menor diferen�a. Afinal, trata-se do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, que agora � condenado a nada menos que 127 anos e 6 meses de pris�o.
� claro que suas condena��es foram por causa da Opera��o Lava-Jato da Pol�cia Federal (PF) em conjunto com o Minist�rio P�blico Federal (MPF). Ele tinha nela, s� em um exemplo, a companhia dos ent�o marqueteiros petistas Jo�o Santana e M�nica Moura.
Coment�rio recebido pela coluna: “Oi Baptista, a sua nota sobre o Linhas do Rio, que saiu no domingo, chegou aqui e caiu como uma bomba. As mulheres cariocas ficaram furiosas pois saiu publicado que foi o vereador Reimont que criou o coletivo e ele foi apenas convidado para bordar.” A coluna pede as devidas desculpas.
Ainda penitenciando, o jeito � encerrar por aqui. E nem tratar do vereador no Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), tamb�m encrencado. Ele � aquele tratado como o Zero 2. Um bom dia a todos e at� amanh�.
