Voc� sabe o que � poliamor?

O movimento chamado Poliamor n�o � novo, ele surgiu na d�cada de 1980, nos Estados Unidos. Embora n�o seja novo, o termo � novidade para muita gente e anda deixando pais e av�s preocupados. Esse movimento acredita que � mais saud�vel que as pessoas amem e sejam amadas por mais de uma pessoa ao mesmo tempo.

Esse tipo de relacionamento d� mais �nfase ao companheirismo, � amizade e n�o necessariamente ao sexo. Defendendo envolvimentos respons�veis com duas ou mais pessoas.

As pessoas se chocam: relacionamento com uma ou mais pessoas, como assim?. O certo � ser monog�mico? Vamos recapitular a monogamia. Eu sou uma mulher que vive um relacionamento monog�mico h� quase 18 anos. E viver um relacionamento monog�mico � uma escolha que fazemos todos os dias. Funciona para mim. Mas n�o funciona para todos os casais.

 

Observe o relacionamento de pessoas pr�ximas, casais mais velhos, que j� t�m netos, casais com filhos. Pensa no seu pai, no seu av�, no seu irm�o, no seu tio. Quantos deles assumiram um relacionamento monog�mico e se desviaram no caminho?

De quantos casos extraconjugais voc� j� ouviu falar? Quantos homens casados que frequentavam prost�bulos voc� conheceu? Quantas esposas foram magoadas por promessas que n�o foram cumpridas? J� procurou saber quem s�o os casais que frequentam casas de swing?

Antigamente, os casamentos duravam mais do que hoje porque, al�m de as mulheres dependerem financeiramente dos seus maridos, elas eram silenciadas. Elas tinham que ser fi�is e fingir que n�o sabiam das trai��es dos seus maridos. Elas tinham que fazer sexo por obriga��o, e n�o por prazer. N�o vamos usar essas fam�lias como modelo de relacionamento.

Se prestar aten��o, voc� vai ver que tudo isso sempre existiu, s� que todo mundo fingia que n�o estava vendo. A diferen�a � que, no poliamor, todas as partes envolvidas est�o de acordo, ningu�m � enganado. Amor valoriza. Amor confia.

Recebi um v�deo onde um padre, em seu serm�o, menciona uma sex�loga que foi a uma determinada escola em Divin�polis, a cidade onde eu nasci, falar sobre poliamor para alunos de 10 a 14 anos. O padre julga e condena. Como eu fiz parte do grupo de jovens da Igreja Cat�lica quando era adolescente, eu me lembro bem de que n�o se deve julgar para que n�o sejamos julgados (Matheus 7:1-5).

Educa��o sexual � fundamental e deve ser ensinada nas escolas, porque nem toda fam�lia consegue conversar sobre sexo com seus filhos. E essa conversa � necess�ria. Inclusive, para que as crian�as e adolescentes saibam como se proteger do abuso sexual.

Quando a escola traz um tema para debate em sala de aula, geralmente � porque os alunos j� est�o falando sobre isso. Ent�o, a escola leva um profissional para trabalhar a quest�o com os alunos. Se a escola do seu filho faz isso, aproveite e pe�a para assistir � aula tamb�m. Antes de julgar, � melhor tentar entender. Antes de se escandalizar e achar que seu filho ser� inocente pelo resto da vida, lembre-se de que � imposs�vel proteg�-lo de todos os males, ou do que julgamos serem males.

Adolescentes conversam entre si, adolescentes t�m acesso � internet e a sites que iam deixar muitos pais apavorados. E eles acessam isso dentro de casa, debaixo do nariz de cada pai e de cada m�e que acha que internet � ambiente seguro.

Para evitar isso, devemos usar aplicativos de controle de pais nos computadores, celulares e tablets. Esses aplicativos bloqueiam sites de conte�do adulto e aplicativos, entre outras coisas.

Para evitar que eles cheguem a essas informa��es de forma distorcida, traga a conversa para dentro de casa. Pergunte, n�o julgue. N�o crie um muro no relacionamento com seus filhos. Segure-se para n�o arregalar os olhos nem deixar o queixo cair. E lembre-se: geralmente, a nossa imagina��o deixa as coisas muito piores do que elas realmente s�o. N�o sofra por anteced�ncia.

A gente n�o deve se preocupar se nossos filhos sabem o que � poliamor; o que a gente precisa � dar a eles confian�a para escolher o que querem fazer e n�o fazer algo que n�o querem porque todo mundo est� fazendo. A gente precisa que eles confiem em n�s para conversar, sem medo de ser censurados ou castigados. � conversando que a gente se entende.

Lembre-se de que voc� tamb�m j� foi adolescente, que tamb�m j� quis experimentar, j� quis transgredir. Ajude seus filhos a terem a sexualidade bem resolvida, porque quem est� bem resolvido consigo mesmo n�o fica fiscalizando a sexualidade alheia nem tentando provar nada para ningu�m.