Experts em algo in�dito � o que mais se v� nesta epidemia. Um presidente fazendo pr�tica ilegal da medicina e indicando medicamentos, assessorado por um deputado e n�o pelo seu ministro da Sa�de. Pr�ncipes negros birrentos, linguarudos e despudorados, protegidos pelo papai poderoso e incentivados por seguidores hipnotizados e tecnologizados.
Se faltava uma coroa, n�o falta mais. O corona chegou e virou o reino de cabe�a para baixo.
Fechou de igreja a prost�bulos no mundo inteiro. Mas, aqui seria diferente. O clima nos protegeria. Sol, vitamina D e samba ser�o ant�dotos poderosos contra o invasor. N�o protegeram.
Temos a cloroquina, ela nos salvar�. Pouco prov�vel.
Pesquisas chinesas s�o como os brinquedos l� produzidos, acabam r�pido e s�o t�xicos, assim como a cloroquina.
Quando a epidemia chegou na Europa e EUA, a cloroquina come�ou a descer a serra. N�o h� milagreiro que resista a ci�ncia com evid�ncias e uma imprensa livre.
A epidemia que num pa�s de 2, 5 bilh�es de habitantes, milagrosamente, ficou numa cidade s�, Wuhan, merece toda desconfian�a do mundo!!
Fen�meno muito parecido com o que vem ocorrendo aqui! A epidemia est� em todos os lugares, menos no castelo coronal do Planalto. L�, se concentra nos erros dos governadores e prefeitos alarmistas.
Pol�tica com epidemia � nitroglicerina pura, cat�strofe iminente.
Mas, n�o poderia ser muito diferente. O que come�ou na zona, n�o poderia ter um destino diferente.
Conta a hist�ria ap�crifa que Benedito Valadares, ent�o governador nomeado de Minas, foi visitar as tropas de mineiras posicionadas em Passa Quatro, no sul do estado, em lit�gio com os paulistas.
Para chegar at� l�, era uma longa viagem, passando por v�rias cidades onde o governador era recebido em diversos ambientes, dentre eles, por mo�as alegres e festivas.
Chegando a Passa Quatro, o governador j� apresentava sintomas da terr�vel epidemia da �poca: blenorragia aguda. Saudades desta epidemia! Vulgarmente conhecida como gonorreia de gancho, dado a posi��o encurvada em que o indiv�duo ficava para expelir poucas gotas de urina, acompanhado por dor insuport�vel, calafrios e febre.
Chamado a atender o distinto governador, apresentou-se o jovem capit�o m�dico Juscelino Kubitscheck. Estabeleceu-se assim, uma rela��o m�dico-paciente que ultrapassou em muito os limites de uma gonorreia.
Benedito fez do capit�o governador de Minas e, na sequencia, presidente da Rep�blica, que fez Bras�lia. Entenderam a origem?!
O que come�ou na zona tem no seu DNA um blenorr�gico destino.
Palco de figuras dantescas de posturas estapaf�rdias, Bras�lia, com sua arquitetura �nica, recebe a cada 4 anos visitantes que gostariam de permanecer eternamente em ber�o espl�ndido, ovacionados por multid�es hipnotizadas pelo fasc�nio de seus reis.
Assim, entre epidemias, fomos sobrevivendo de maneira tr�pega �s bizarrices de nossa tortuosa hist�ria.
Surpresa ser� se um novo normal se estabelecer ap�s esta inusitada cat�strofe.
O discurso obtuso de salvar a economia em detrimento de vidas � t�o cego, que n�o percebe que a derrocada econ�mica provocada pela epidemia foi oriundo de uma sa�de abandonada ao longo de d�cadas e atropelada por um �nico v�rus.
O pior � que existem v�rios outros v�rus e bact�rias candidatos a pandemia monitorados pelos Centros de Controle de Epidemias mundo afora. Este n�o � o primeiro e n�o ser� o �ltimo.
O 'novo normal' exigir� mudan�as conceituais importantes do que seja seguran�a nacional. A nova seguran�a significar� mais ci�ncia e menos armas; mais tecnologia para a sa�de e menos obras fara�nicas; mais arte e cultura e menos sectarismo pedag�gico; mais honestidade diante das incertezas do que a emp�fia dos “experts “em solo de V�nus.
Mas, sobretudo, a nova normalidade dever� estar muito atenta ao subterr�neo dos discursos negacionistas. Por tr�s de bord�es fatalistas, como "todo mundo vai pegar mesmo, p�! Gente vai morrer mesmo, e da�?! Sou atleta..isto � uma gripezinha..." encontra-se um desprezo perigoso pela vida alheia e pela dignidade humana, s� visto nos momentos mais cru�is e sombrios da hist�ria da humanidade.
O discurso eugenista de que velhos doentes e miser�veis podem morrer para salvar a economia, al�m de equivocado e cruel, � perigoso para o nosso pa�s e para o planeta. A �ltima vez que princ�pios como estes proliferaram, morreram 85 milh�es de pessoas no mundo... Prova que ideias e bord�es podem ser mais letais que qualquer coronavirus.
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