
Recebi um bel�ssimo v�deo protagonizado pelo mergulhador Neil Barreto onde ele, no fundo do mar, percebe a aproxima��o de uma enorme Garoupa. Fica im�vel. O peixe se aproxima lentamente. Ele estende a m�o e o acaricia. O peixe se deixa acariciar e parece tamb�m se deliciar! O encontro acontece na paz do fundo do oceano. A proposta de Barreto � Pedras por Afeto.
Sugere que, apesar da dist�ncia entre as esp�cies, o carinho, a paz de esp�rito e a leveza nas rela��es � capaz de aproximar as mais distintas criaturas. Seguindo o mesmo princ�pio, penso no ser que aterroriza o planeta neste momento. Penso nos segundos antes da migra��o transesp�cie feita para chegar at� n�s. Uma viagem de min�sculos seres primitivos com uma l�gica pr�pria e ca�tica. E produzir-se, manter-se, mutar e transformar os demais seres pelos quais vai passando � sua miss�o no universo biol�gico.
Certamente, tudo muito distante de qualquer l�gica que habita nosso dia a dia. Mas onde o afeto importa nesta hist�ria?!
O afeto � nosso, n�o do v�rus. Ele apenas faz o seu papel de provocar altera��es necess�rias a natureza para que em algum momento o afeto seja percebido como necess�rio na fase consciente dos seres vivos.
Traduzindo, o amor � nosso e o v�rus n�o tem nada com isso. Mastemos que admitir que alguma coisa mudou em todos n�s desde o princ�pio desta epidemia.
Ficar em casa e arrumar as gavetas da alma faz bem. Ao contr�rio da fren�tica velocidade da replica��o viral, ficar parado nos permite perceber o barulho das bolhas de ar no fundo do oceano do nosso ca�tico jeito de viver. O mesmo ar que pode nos faltar ao encontrarmos com o ser que viaja pelas nossas inconscientes e inconsequentes atitudes.
No sil�ncio, o afeto pela mais primitiva das criaturas emerge e agrade�o pela lucidez que pode surgir desta parada n�o planejada, mas que o destino fez que acontecesse.
Um mundo mais limpo, mais conectado pela m�sica, mais afetuoso... Onde est�vamos h� 2 meses?! O que mudou neste per�odo de quarentena?! Para responder estas perguntas � necess�rio debulhar os s�mbolos quarentena…pedra...afeto.
Sim, entender o significado do hiato em nossas vidas e o presente que recebemos de um dos seres mais primitivos que sabemos � trabalho que cada um pode fazer, na paz que s� a solid�o permite. Mudar � a miss�o do v�rus. Acordar o afeto que habita a profundeza da alma de cada um de n�s, enquanto h� tempo, � op��o nossa.
Alguns colegas de v�rias regi�es do Brasil e do exterior t�m me perguntado o motivo pelo qual nossos dados epidemiol�gicos em Minas e Belo Horizonte, em particular, est�o t�o bem-comportados. �s vezes, respondo de forma bairrista para provocar meu compadre ga�cho, F�bio Gastal : "Aqui, corona n�o pega carona..."
Tento as mais diversas explica��es, mas cada dia me conven�o mais que se trata do segredo das montanhas. Se n�o sab�amos para que servem nossas montanhas, agora sabemos.
Nossas jazidas de ferro e a�o refletem a alma mineira. N�o � � toa que sorrateiramente o mundo tenta lev�-las. De vag�o em vag�o, v�o desbridando nossas montanhas que as nuvens carinhosamente tentam beijar. Lembrando, que um dia fomos mar, hoje, pedras com afeto. Acariciamos nossas montanhas...
Mas, o que h� de t�o precioso neste ch�o de a�o camuflado de verde exuberante?!
Sugere que, apesar da dist�ncia entre as esp�cies, o carinho, a paz de esp�rito e a leveza nas rela��es � capaz de aproximar as mais distintas criaturas. Seguindo o mesmo princ�pio, penso no ser que aterroriza o planeta neste momento. Penso nos segundos antes da migra��o transesp�cie feita para chegar at� n�s. Uma viagem de min�sculos seres primitivos com uma l�gica pr�pria e ca�tica. E produzir-se, manter-se, mutar e transformar os demais seres pelos quais vai passando � sua miss�o no universo biol�gico.
Certamente, tudo muito distante de qualquer l�gica que habita nosso dia a dia. Mas onde o afeto importa nesta hist�ria?!
O afeto � nosso, n�o do v�rus. Ele apenas faz o seu papel de provocar altera��es necess�rias a natureza para que em algum momento o afeto seja percebido como necess�rio na fase consciente dos seres vivos.
Traduzindo, o amor � nosso e o v�rus n�o tem nada com isso. Mastemos que admitir que alguma coisa mudou em todos n�s desde o princ�pio desta epidemia.
Ficar em casa e arrumar as gavetas da alma faz bem. Ao contr�rio da fren�tica velocidade da replica��o viral, ficar parado nos permite perceber o barulho das bolhas de ar no fundo do oceano do nosso ca�tico jeito de viver. O mesmo ar que pode nos faltar ao encontrarmos com o ser que viaja pelas nossas inconscientes e inconsequentes atitudes.
No sil�ncio, o afeto pela mais primitiva das criaturas emerge e agrade�o pela lucidez que pode surgir desta parada n�o planejada, mas que o destino fez que acontecesse.
Um mundo mais limpo, mais conectado pela m�sica, mais afetuoso... Onde est�vamos h� 2 meses?! O que mudou neste per�odo de quarentena?! Para responder estas perguntas � necess�rio debulhar os s�mbolos quarentena…pedra...afeto.
Sim, entender o significado do hiato em nossas vidas e o presente que recebemos de um dos seres mais primitivos que sabemos � trabalho que cada um pode fazer, na paz que s� a solid�o permite. Mudar � a miss�o do v�rus. Acordar o afeto que habita a profundeza da alma de cada um de n�s, enquanto h� tempo, � op��o nossa.
Alguns colegas de v�rias regi�es do Brasil e do exterior t�m me perguntado o motivo pelo qual nossos dados epidemiol�gicos em Minas e Belo Horizonte, em particular, est�o t�o bem-comportados. �s vezes, respondo de forma bairrista para provocar meu compadre ga�cho, F�bio Gastal : "Aqui, corona n�o pega carona..."
Tento as mais diversas explica��es, mas cada dia me conven�o mais que se trata do segredo das montanhas. Se n�o sab�amos para que servem nossas montanhas, agora sabemos.
Nossas jazidas de ferro e a�o refletem a alma mineira. N�o � � toa que sorrateiramente o mundo tenta lev�-las. De vag�o em vag�o, v�o desbridando nossas montanhas que as nuvens carinhosamente tentam beijar. Lembrando, que um dia fomos mar, hoje, pedras com afeto. Acariciamos nossas montanhas...
Mas, o que h� de t�o precioso neste ch�o de a�o camuflado de verde exuberante?!
Aqui se esconde o segredo de Drummond e seu falso touro espanhol tomado. A genialidade das letras de Brant na cristalina voz de Nascimento.
Aqui, os grande Sert�es e seus Buritis s�o o o�sis onde brotou uma Rosa. Em terra de Rei, Tost�o e Maravilha, a cobi�a � grande. Tentam subtrair o que temos de melhor. Nosso jeito �nico de falar e at� a formula m�gica do p�o de queijo!
Nossas montanhas s�o, na realidade um filtro contra a usura alheia. Barreira contra a insensatez, permitem ver ao longe amea�as e intemp�ries. Prud�ncia de quem mira o Horizonte e esconde ouro em suas entranhas, cujo brilho � o olhar de cada um que habita esta terra. Aqui, gente � a gente!
Aqui � Minas, terra inconfidente e inconfund�vel, onde nascem os rios que lavam um pa�s e inundam oceanos de esperan�a. Caminho l�cido do meio...
Somos montanhas, rios, vales e gente �nica.
Isto � Minas!
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