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2020, Uma retrospectiva: A vida mudou radicalmente

"Aquilo que pens�vamos durar no m�ximo um m�s, atravessou o ano. Ficar em casa era, e ainda �, a maneira de sobreviver de muitos"


(foto: Te-ge Bramhall/Pixabay)
(foto: Te-ge Bramhall/Pixabay)

Este ano come�ou como todos os outros. Cueca branca, foguet�rio, estouro de espumantes, abra�os, beijos, desejos e sonhos. Muita gente reunida, dan�a e brilho nas roupas e nos olhos. N�o t�nhamos a menor no��o do que estava por vir. N�o sab�amos que aquela festa talvez pudesse ser a �ltima do ano, nesses moldes. Quase 200 mil brasileiros e 2 milh�es de terr�queos n�o sabiam que essa seria a �ltima da vida deles.

Ainda na ressaca do R�veillon, recebemos o alerta da OMS de que um iceberg amea�ava a sequ�ncia das festas do Titanic. Era um bloco de gelo min�sculo, mas capaz de colocar a arrog�ncia planet�ria de joelhos.

Sars-CoV-2 havia se descolado da natureza e acabado de fazer uma migra��o transesp�cie e invadido nossas praias. Ali�s, praias cheias e desatentas ao perigo da mar� que adentraria nossas vidas, com ou sem o nosso consentimento.

A princ�pio, achamos que seria outro falso ebola a ocupar a pauta de jornalistas sem ter do que falar. Mas, quando os corpos foram lotando a ca�amba dos caminh�es na Europa e as carretas frigor�ficas estacionando na porta dos hospitais, como dissera minha filha Sophia, fomos ficando cada dia mais com "�lcool na m�o".

A vida mudou radicalmente. Ficar em casa era, e ainda �, a maneira de sobreviver de muitos. N�o mais apertos de m�o, e abra�os somente por recado ou virtualmente.

A solid�o de nossas casas virou um doloroso e demorado porto seguro. Aquilo que pens�vamos durar no m�ximo um m�s, atravessou o ano. At�nitos, vimos a vida passar pela TV e redes sociais. Vimos enterros em vala comum, sem l�grimas presenciais ou flores de despedida. Perdemos amigos, colegas de trabalho, vizinhos e �dolos.

Mas n�o faltaram c�nticos negativistas de desprezo pela vida alheia. Enquanto isto, os rostos dos profissionais de sa�de foram ficando, cada vez mais, marcados por m�scaras salvadoras e raras.

Dentro de casa, descobrimos que temos sapatos que nunca usamos, livros que nunca lemos e coisas que n�o faziam a menor falta, mas as guard�vamos.

Tempos dif�ceis, em que a fome de abra�os ficou maior que a fome de p�o (O livro dos abra�os, Eduardo Galeno, pg. 81). O v�rus faliu empres�rios e evidenciou abutres pol�ticos que roubaram o oxig�nio que faltava aos pulm�es de seus eleitores.

Nunca rezamos tanto para que a ci�ncia nos desse uma vacina... E elas vieram. Mais uma vez, o negativismo de nossos governantes conseguiu nos colocar no fim da fila. Objeto de palanque pol�tico, as vacinas se transformaram em sonho distante para os brasileiros e inveja alheia da Costa Rica.

Sobra a super faturada e "poderos�ssima" Santa Cloroquina e falta vacina. D� para entender?!

O Natal chegou e Papai Noel n�o veio, afinal ele � do grupo de risco. Preferiu ficar no Polo Norte, longe da turbulenta civiliza��o e mais pr�ximo dos 70 graus negativos exigidos por algumas vacinas. L�, ter� mais chance de ser vacinado do que aqui.

O melhor de terminarmos 2020 vivos � nos aproximarmos de 2022, quando, enfim, daremos a resposta ao desprezo, arrog�ncia e prepot�ncia com que a popula��o brasileira foi tratada nesta epidemia.

Bem-vindo 2021! Feliz Ano Novo para todos!

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