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Estado de Minas CARLOS STARLING

Pandemia e Guerra

Pior que o v�rus pand�mico � a ignor�ncia daqueles que escolhem as armas ao inv�s do di�logo


26/02/2022 06:00

Neta e avô
Nas guerras e pandemias, os que mais sofrem s�o os mais vulner�veis, idosos, mulheres e crian�as (foto: Reprodu��o/DepositPhotos)
Guerra tem cheiro de Naftalina. Coisa antiga, impregnada de sangue, sofrimento e dor. Mas, assim como a naftalina fica esquecida no fundo da mem�ria dos homens. Sobra o cheiro t�pico que fica no arm�rio e nas roupas pouco usadas. Fica nas armaduras desnecess�rias, sombrias e nos ternos cheirando a guardado de enterrar defuntos.

Grandes guerras e pandemias, historicamente, andaram juntas ao longo da vida nesse planeta.

Ambas, enfraquecem povos e culturas. Promovem migra��es, miscigena��o e, acima de tudo, dor, morte e sofrimento. Filhos de Caim, vagando perdidos e babando �dio.

Nas guerras e pandemias, os que mais sofrem s�o os mais vulner�veis, idosos, mulheres e crian�as. Exatamente, os que n�o fazem as guerras. Os olhos das crian�as, assustadas e amparadas por pais desesperados, transmitem ao mundo a mensagem da irracionalidade das contendas naftaloides.

A lama fatal que desce pelos morros de Petr�polis, as bombas que caem sobre inocentes, tem a mesma origem: a obsess�o e imaturidade da humanidade, que sem dor, n�o sabe evoluir. Fragilidade ps�quica coletiva.

Pior que o v�rus pand�mico � a ignor�ncia daqueles que escolhem as armas ao inv�s do di�logo.

Nos c�us de Kiev, os p�ssaros n�o sabem para onde voar. No ch�o, as pessoas n�o sabem para onde ir. Mergulham e se aglomeram em por�es improvisados. Op��o dif�cil! Bombas ou COVID?! At� as baratas se escondem nos arm�rios com naftalina.

Na atual pandemia, n�o sei como a poderosa naftalina ficou esquecida dos criativos negacionistas, cultuadores da Cloroquina.

J�, os arsenais b�licos, n�o podem enferrujar nos por�es. Precisam ser usados para manter o complexo industrial e usura de l�deres sanguin�rios e dos hip�critas, que assistem o terror e fazem jogo de cena.

Rafaela, 8 anos, assentou ao meu lado e come�ou a assistir cenas de pessoas fugindo da zona de guerra. Ao ver uma menina, mais ou menos da sua idade, desesperada no colo da m�e, me perguntou assustada:

- Pai, vai chegar aqui?!

- Espero que n�o, filha.

- Mas, e aquela menina, o que vai acontecer com ela?!

- Certamente ir� com sua m�e para um lugar sem guerra.

- E sem pandemia?! Voc� sabe onde fica esse lugar?

- Fiquei sem resposta. Apenas a abracei e propus pensarmos boas coisas para aquela menina t�o parecida com ela.

Sem titubear, ela correu at� o quarto e colocou a sua roupa de "Mulher Aranha".

- Vamos salv�-la, pai?!!

O mundo deveria ser governado por crian�as de 6 a 12 anos. Seres humanos perfeitos!

Pr�ticos, sens�veis e solid�rios.

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