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Estado de Minas COLUNA

O certo por linhas tortas

"Aprendemos, a duras penas, que para combatermos desafios pand�micos, precisamos de consci�ncia c�vica para eleger quem nos guiar� pelos anos seguintes"


06/05/2023 17:04 - atualizado 07/08/2023 16:13
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imagem ilustrativa do vírus da covid-19
O Brasil, nesses tr�s anos passados, deu um show de como n�o se deve lidar com pandemias. O resultado n�o poderia ter sido outro. Em n�meros oficiais, com 3% da popula��o mundial, tivemos 10% dos mais de 7 milh�es de �bitos do planeta (foto: Divulga��o )
Minha av� era quase analfabeta. A vida sempre lhe tratou com muita dureza. Mulher de g�nio forte e cora��o doce. Sabedoria de quem v� o mundo pela natureza dos s�mbolos e l� a vida pelas entrelinhas.

N�o era l� muito religiosa e gostava de dizer que a vida escreve o certo por linhas tortas.

Aprendi com ela a ler as linhas tortas do mundo que desenhamos com nossas pr�prias m�os.

Ontem (05/05/2023), a OMS (Organiza��o Mundial de Sa�de) revogou o estado de emerg�ncia sanit�ria mundial. Imediatamente, �rg�os de imprensa de v�rios lugares do mundo e muitos do Brasil se apressaram a divulgar como o fim da pandemia.

Se v�rus fosse control�vel por decretos, o problema poderia ter sido controlado h� tr�s anos atr�s.

Ali�s, n�o faltaram governos negacionistas tentando varrer os seus mortos para debaixo da terra em covas rasas e/ou coletivas.

O Brasil, nesses tr�s  anos passados, deu um show de como n�o se deve lidar com pandemias. O resultado n�o poderia ter sido outro. Em n�meros oficiais, com 3% da popula��o mundial, tivemos 10% dos mais de 7 milh�es de �bitos do planeta. Isso custou, a n�s brasileiros, uma redu��o de 4 anos em nossa expectativa de vida ao nascer. Ou seja, retrocedemos 20 anos em 3.

Aprendemos, a duras penas, que para combatermos desafios pand�micos, precisamos de consci�ncia c�vica para eleger quem nos guiar� pelos anos seguintes. Caso contr�rio, correremos o risco de vivermos o mesmo drama na pr�xima pandemia que est� logo ali, na esquina da d�cada.

Afinal, as pandemias geralmente n�o terminam, s�o apenas substitu�das por outras. A pandemia de Influenza de 1918 est� entre n�s at� hoje. O v�rus mudou e n�s tamb�m. Ainda que de forma prec�ria, aprendemos como conviver com ele e controla-lo.

Ainda temos um longo caminho para resolver 1918, imaginem 2019?!

Afinal, o que significa o fim da emerg�ncia em sa�de p�blica?!
Certamente, n�o significa fim da pandemia! O v�rus circula ainda de forma intensa em todas as regi�es do planeta. Entretanto, n�o causa mais o colapso do sistema de sa�de.

Ainda temos 50 a 100 mortes no pa�s todos os dias por COVID-19. COVID-19 � a doen�a infecciosa com maior mortalidade nesse momento. Mas, gra�as aos esfor�os cient�ficos cooperativo mundial, n�o tem sido suficiente para colapsar o sistema de sa�de.

Ter Covid implica em riscos elevados de complica��es graves, como infarto do mioc�rdio e acidente vascular cerebral. A COVID longa ainda � cercada de incertezas.

O risco de termos picos epid�micos nos pr�ximos 2 anos � de aproximadamente 20%, sendo cumulativo nos anos subsequentes.
Manter vacina��o em dia e cuidados higi�nicos e preventivos b�sicos continua sendo fundamental.

Por linhas tortas, o v�rus nos disse que colocar nosso destino nas m�os de oportunistas e irrespons�veis pode significar o assassinato das pessoas que mais amamos ou nosso pr�prio exterm�nio.

Aprendemos que o mundo � um s� e est� cada vez menor.

Como disse uma amiga em nosso grupo de piadas da SBI (Sociedade Brasileira), Only for Relax: “O Brasil � um barato. O cara trafica drogas no avi�o da FAB, coordena mil�cias no Brasil inteiro, recepta diamantes, destr�i florestas e rios com veneno e garimpo ilegal. O cara distribui armas e barras de ouro, coordena a extrema direita no mundo todo, extingue na��es ind�genas, dirige uma rede de fake news com pastores, agro&bigtecs e extermina os inimigos cruelmente, a� vai l� o Z� Gotinha e prende o bra�o direito dele.”
Completei: -Mais uma vez, vacinas evitam o que tem que evitar, merdas!

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