
Ladr�es atrapalhados invadiram a loja, o alarme disparou e eles sa�ram �s pressas deixando algumas joias pelo caminho.
Um b�bado, homem em situa��o de rua que dormia nas imedia��es, acordou assustado e foi ver o que se passava. Foi logo achando as rel�quias deixadas para tr�s pelos lar�pios em debandada.
Se enfeitou com um cord�o de ouro e um anel de formatura, o qual sempre desejou.
A pol�cia chegou e n�o teve d�vidas de que aquele anel n�o combinava com o indiv�duo. M�o nele!
Usando t�cnicas comuns naqueles tempos, mergulhavam a cabe�a do indiv�duo na �gua em um barril at� o cara ficar roxo. Entre um mergulho e outro, perguntavam: "Cad� as j�ias?! Cad� as joias?!!".
Depois de meia hora de profundos mergulhos, o suspeito se manifestou com veem�ncia: "Calma, gente! Calma! Acho que tem alguma coisa l� no fundo, mas c�s arranjam outro mergulhador que eu j� cansei".
O caso ficou famoso na �poca e se desdobrou em in�meras hist�rias policiais do g�nero.
O fato �: Baton na cueca � dif�cil de se explicar. Se o indiv�duo for pobre, negro ou gay, j� � culpado de cara.
Regra b�sica: - Atira antes e pergunta depois.
Um paralelo com o recente epis�dio envolvendo as joias das ar�bias e o Messias, caso as mesmas t�cnicas de mergulho fossem usadas at� hoje, qual seria a resposta?!
Chamem a Marinha! Eles � que entendem de �gua e principalmente de mergulho.
Vergonhoso a maneira como as for�as armadas foram utilizadas pelo governo de Bolsonaro.
Ministros traficando joias, presidente dando carteirada para surrupiar bens p�blicos e militares sendo usados como avi�es do tr�fego. Tudo filmado � luz do dia e gravado.
Baton e dinheiro na cueca � pouco!
Diferente do nosso personagem do princ�pio desse texto, nenhuma palavra. Nem mesmo para chamar um mergulhador substituto.
Ainda vai levar um tempo para que as nossas preciosas for�as armadas se reagrupem e se recomponham desse duro “equ�voco”.
O racha na sociedade, nas fam�lias, nos grupos de amigos, tamb�m ocorreu nas casernas. Paiol de p�lvora com estopim em brasa.
Gra�as ao bom senso, profissionalismo e responsabilidade de militares s�rios (sim, existem e s�o a maioria!), n�o tivemos uma cat�strofe de propor��es pand�micas.
Bom exemplo para o nosso cotidiano. Tempo de baixar as armas e recompor as rela��es familiares e com amigos antigos que se equivocaram tanto quanto muitos de nossos militares.
Aprender � trabalhoso. �s vezes doloroso. Exige paci�ncia, tempo e esp�rito aberto para refletir e perdoar. O que n�o significa deixar de apurar o mal feito e as ambi��es esp�rias de alguns.