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Estado de Minas RASGANDO O VERBO

A l�ngua portuguesa reserva bastantes surpresas para a gente

Sim, podemos usar bastanteS quando � poss�vel fazer a troca por muitoS.


postado em 02/12/2019 04:00 / atualizado em 01/12/2019 21:30

Voltando para casa, no voo (essa palavra perdeu o acento, OK?), coloquei-me a ler uma revista de moda que havia pegado no hotel. Sugiro ao leitor, inclusive, a revis�o, se for o caso, do preconceito contra esse tipo de leitura. J� li bastantes textos interessant�ssimos em revistas do g�nero. Sim! BastanteS existe. Usamos bastanteS quando � poss�vel fazer a troca por muitoS. Posso usar muitoS textos? Sim? Ent�o tamb�m posso usar bastanteS textos. Amo esse macete.

Mas, voltando � vaca fria, li uma mat�ria que tratava da atual luta do mercado de luxo para vender a adolescentes. Segundo a revista, as grifes famosas e internacionais, que, como se diz, nadaram e ainda nadam de bra�ada nas vendas para maiores de 30 anos, agora penam, pois necessitam se adaptar ao padr�o comportamental da nova gera��o, que prefere gastar com experi�ncias (pelo amor de Deus, nunca use “do que”, viu? As pessoas preferem um coisa A outra coisa) a gastar com produtos. Outra informa��o interessante diz respeito ao fato de a nova gera��o, por ter crescido concomitantemente �s redes sociais, preferir usar o Instagram para se informar (veja que eu n�o usei “do que”, mas “a”) a usar essa rede para se exibir. Isso tudo significa, por exemplo, que, se antes um garoto de 18 anos ansiava por um carro da moda, hoje ele prefere uma viagem marcante. Que coisa, n�o? Li, tamb�m, que a Gucci tem bastanteS (porque posso trocar por muitoS, aprendeu?) motivos para comemorar, j� que, por ter adotado um qu� mais retr�, mais – aparentemente – verdadeiro e real, essa marca tem obtido bastante sucesso com a garotada, digamos, anticonsumista.

E por que essas informa��es chamaram a minha aten��o? Porque eu, assim como a maioria dos meus leitores, venho de uma gera��o que, de tanto preferir o ter ao ser, tornou-se ref�m de bastantes tipos de rem�dios. Da fluoxetina ao clonazepan, n�o � verdade? Tenho amigos que n�o passam uma noite sequer sem rem�dios para dormir. Triste... Parece-me, assim, que, no quesito felicidade genu�na, a nova gera��o tem bastantes chances de prosperar. Ou ent�o esse achismo vem da minha mania de preferir acreditar a desacreditar. V� saber...

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