
Mas acalme-se, que n�o se trata de um texto de autoelogio. Fa�o-lhe, na verdade, um convite � reflex�o. Quantas gram�ticas empoeiradas est�o esquecidas nas nossas prateleiras? Quantos Cegallas foram trocados pela consulta ao Doutor Google? Quantas Barsas (agora eu escancarei a minha idade) foram preteridas em favor da pouco confi�vel Wikipedia? E tudo isso por qu�?
Bem, o porqu� � �bvio: tornamo-nos ref�ns do nosso pragmatismo e da nossa agilidade. Simplesmente n�o temos tempo a perder. Ler, procurar o significado das palavras no dicion�rio, ter o trabalho de encontrar fontes confi�veis para sanar as nossas d�vidas? Pra qu�? Temos tudo a tempo e a hora, da comida � informa��o, ainda que ins�pidas. Um viva � “uberiza��o” da nossa rotina! Estamos de parab�ns.
E o que os meus livros t�m a ver (e n�o haver) com isso tudo? A resposta � simples: travestidos de literatura autobiogr�fica, eles ensinam as principais regras da l�ngua portuguesa. Certamente, se eu falasse apenas de portugu�s, n�o lograria �xito. Ali�s, se eu n�o mastigasse, como um ruminante, as normas da nossa inculta e bela l�ngua, a casa, como se diz por a�, cairia para mim. A minha sorte � que eu amo essa miscel�nea. E voc�, querido leitor, ganha com isso. Mas atentemo-nos para os exageros, para a pregui�a disfar�ada de praticidade. No mais, deseje-me sorte no meu novo lan�amento. Vixe... Novo lan�amento � pleonasmo? Acabei de encontrar o tema do nosso pr�ximo artigo.
At� l�!
C�ntia Chagas, beijos!