(none) || (none)

Continue lendo os seus conte�dos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e seguran�a do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/m�s. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas Rasgando o verbo

Com o uso da linguagem n�o bin�ria, chegamos ao fim dos tempos

O indiv�duo afirma que palavras finalizadas por "a" e por "o" precisam perder a termina��o, concedendo lugar a aberra��es como "adulte", "menine", "filhe", "alune" e "todes"


21/09/2020 04:00 - atualizado 20/09/2020 18:28

Viralizou, na internet, um v�deo em que uma pessoa ensina o uso da linguagem neutra, tamb�m conhecida como linguagem n�o bin�ria. Nas imagens, o indiv�duo afirma, por exemplo, que a frase “eles s�o amigos” deve ser transformada em “iles s�o amigues” e que algumas palavras finalizadas por “a” e por “o” precisam perder a termina��o, concedendo lugar a aberra��es como “adulte”, “menine”, “velhe”, “filhe”, “alune” e “todes”. Sim, leitor. Chegamos ao fim dos tempos.

Sei que j� discorri sobre o assunto aqui, mas a situa��o, apocal�ptica, pede um olhar atento. Os argumentos dos defensores desse nefasto dialeto bradam, aos quatro ventos, que se trata de um modo de falar necess�rio a todos, a fim de que ocorra a inclus�o social das poucas pessoas que n�o se identificam com os g�neros masculino e feminino. No que tange a esse pensamento, os voc�bulos “todos” e “poucos” j� representam, sozinhos, uma senhora contra-argumenta��o. Ou todos deveriam se curvar diante do desejo de poucos? � �bvio que n�o.

Falando em obviedade, explicitarei, a seguir, o �bvio ululante, como diria o nosso magn�nimo Nelson Rodrigues. Essas ideias absurdas saem justamente dos locais que, em princ�pio, deveriam produzir seres pensantes, as universidades. Nelas, professores militantes e seus pupilos ineptos criam formas de disseminar suas geniais ideias. O melhor meio? A ultraveloz internet. Da�, leitor, � um pulo para instaurarem os mais diversos absurdos “politicamente corretos”.

Mas o sistema n�o para por a�. Vamos falar agora do papel das grandes marcas nessa Torre de Babel. Estas, coitadas, tremem como vara verde diante da possibilidade de serem boicotadas pelos ativistas, afinal, o que � uma mudan�a lingu�stica em um r�tulo comparada � perda de milh�es de d�lares? Nada, n�o � mesmo? Ah! Fora os artistas, que, majoritariamente, n�o perdem a oportunidade de parecer preocupados com a causa alheia.

A verdade, leitor, � que estamos vivendo em um inferno de fazer inveja at� mesmo em Dante Alighieri... E o diab�lico nisso tudo � que os surdos, que tanto precisam de inclus�o lingu�stica, em quantidade e em qualidade, n�o s�o sequer mencionados pela trupe do “politicamente correto”. A eles resta a aceita��o, muda e purgatorial, de uma sociedade hist�rica, torpe e leviana, cujo discernimento, indubitavelmente, deixa a desejar.

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)