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Os riscos de esquecer outras doen�as durante a pandemia de COVID-19

Ser� que a COVID-19 reduz a incid�ncia de outras doen�as? A resposta mais simples � n�o e, por isso, cuidados com a sa�de devem ser mantidos


24/04/2020 06:00 - atualizado 24/04/2020 14:59

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

A din�mica de cada setor da sociedade � complexa e cont�nua. O grande embate atual � a economia versus sa�de. Viver em sociedade � algo bem explicado nas palavras do poeta ingl�s John Donne (1572-1631): “Nenhum homem � uma ilha, somos todos parte de um todo”.

Nos momentos de inseguran�a, todos n�s somos consumidos por sentimentos ainda n�o experimentados e a literatura, met�foras e as artes muitas vezes s�o instrumentos que nos ajudam a entender a complexidade dos desafios.

Uma situa��o extremamente desafiadora que n�s, profissionais da sa�de, estamos observando, � o baixo volume de atendimento nos hospitais, postos de sa�de e UPAs. As pessoas deixaram de adoecer ou ter outros problemas de sa�de? N�o. Talvez, muitas delas estejam apavoradas, sofrendo e morrendo em sil�ncio e sozinhas.

Preven��o
e tratamento de outras doen�as em meio � pandemia � parte do desafio de manter a popula��o saud�vel.

A velocidade de informa��es e infec��es de COVID-19 est�o sendo monitoradas e acompanhadas em tempo real, por�m muitas outras doen�as n�o pararam de infectar as pessoas e tamb�m n�o pararam de causar sequelas, trag�dias e mortes. 

Ao constatar que o isolamento social ir� ser maior que o planejado e entender que a COVID-19 � uma pandemia, o problema deixa de ser "seu” e torna-se nosso, e devemos nos organizar para que os danos colaterais n�o sejam maiores que a pr�pria doen�a.


Neste momento, vou refor�ar que a a��o indiscut�vel � o isolamento social e o controle respons�vel pelos seus organizadores; n�o vou tratar aqui dos danos econ�micos, mas n�o posso deixar de dizer que � mais f�cil empregar e crescer do que contornar a morte. 

Nos primeiros textos da coluna, falamos sobre vacina��o. O que motiva as campanhas de vacina��o � exatamente a presen�a dos causadores de doen�as no nosso ambiente. No Brasil, h� um programa nacional de imuniza��es, exemplar e refer�ncia para o mundo, mas voc� j� se perguntou por que deve ser vacinado? 

Como vamos nos planejar, ap�s superarmos a pandemia? Por que doen�as como dengue, aids e outras ainda n�o h� vacina��o? � importante que todos tenham clareza que para o desenvolvimento de tratamentos e vacinas h� protocolos respons�veis de execu��o e de acompanhamento e que nem todas as �timas ideias se mant�m na pr�tica; todas as boas ideias devem ser comprovadas.

Antes de perguntar se os estudos sobre tratamentos inusitados e n�o comprovados j� sa�ram ou quando ser� poss�vel a vacina��o contra COVID-19, gostaria que voc� revisasse o seu cart�o de vacina e de seus entes queridos. 

O calend�rio de vacina��o � organizado baseado na idade, necessidade e sazonalidade. O grande motivo de se manter a vacina��o de humanos � a possibilidade da presen�a do causador de certa doen�a, ou seja, os causadores de algumas doen�as permanecem no ambiente, por�m a vacina nos ensina a nos proteger deles. 

O que muitos n�o est�o lembrando neste momento � que as pessoas continuam a ser v�timas de outras doen�as no meio da pandemia. Doen�as como gripe, sarampo, difteria, t�tano, coqueluche, tuberculose, pneumonia, rub�ola, caxumba,  paralisia infantil, HPV, hepatite, rotav�rus, febre amarela, meningite, catapora, entre outras.

O que me intriga � por que n�o se proteger? Essas doen�as ainda circulam no nosso ambiente e a vacina��o � extremamente necess�ria. Quando vencermos esse desafio mundial, n�o podemos correr o risco de encontrar nossos amigos e familiares com problemas de sa�de incur�veis ou at� mesmo pessoas paral�ticas.

Em algumas regi�es dos EUA, a administra��o de doses de vacina de sarampo, caxumba e rub�ola caiu 50% e HPV teve redu��o de 73%. Em Belo Horizonte, a redu��o j� chega a 50%.

Uma realidade global uma vez que muitos pa�ses paralisaram os programas de vacina��o para dedicar-se exclusivamente ao cuidado com COVID-19. A t�o falada prote��o de rebanho, defendida por aqueles que s�o contra o isolamento social, � extremamente eficaz quando se vacina as pessoas ou quando h� a presen�a da doen�a curada em mais de 90% da popula��o.

A COVID-19 � o nosso principal inimigo atualmente, por�m h� doen�as mais graves e mais letais que devem ser motivo de aten��o e se poss�vel vacina��o.

Em uma guerra como a que estamos vivendo h� quem atende, quem organiza, quem pesquisa, quem informa e aqueles que mant�m v�rias a��es essenciais para que o “p�s-guerra” seja o mais tranquilo poss�vel. 

A equipe de informa��o e a��es estrat�gicas devem elaborar medidas ativas de divulga��o e presen�a intensa na vida das pessoas para que as a��es necess�rias sejam realizadas, ou seja, n�o adianta colocar uma placa no posto de sa�de avisando que ainda h� outras vacinas, � preciso levar ativamente a prote��o para as pessoas.

O cen�rio p�s pandemia ainda n�o pode ser nem especulado, mas n�o h� d�vidas de que iremos viver novas realidades sociais e de sa�de. Nossa sa�de mental ser� testada diariamente, precisaremos de ajuda e cabe a cada um de n�s transformar informa��o em a��o para que, quando voltarmos � normalidade, n�o sejamos uma sociedade de adoecidos, sequelados e mortos.

Al�m dos cuidados contra o coronav�rus, mantenha sua aten��o � sa�de, vacine-se, tome suas medica��es e utilize os diversos recursos digitais para tirar suas d�vidas e, em caso de urg�ncia, de maneira segura, procure um hospital ou a UPA da sua regi�o. As doen�as n�o v�o esperar a COVID-19 passar. 



Tem alguma d�vida ou gostaria de sugerir um tema? Escreva pra mim [email protected]  


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