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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Galo de Cuca � o nosso Rivotril aplicado na veia pela enfermeira falsa

A considerar a primeira rodada da Libertadores e a �ltima do Mineiro, n�o h� time pior que esta selegalo. Sem alma, sem t�tica, sem vontade, sem nada


24/04/2021 04:00 - atualizado 24/04/2021 07:01

O que se passou em Caracas, foi mais do mesmo que se deu no Mineirão domingo passado, contra o péssimo Boa, e, antes, diante do arquifreguês(foto: Manaure Quintero/AFP Pool)
O que se passou em Caracas, foi mais do mesmo que se deu no Mineir�o domingo passado, contra o p�ssimo Boa, e, antes, diante do arquifregu�s (foto: Manaure Quintero/AFP Pool)


Por muitas vezes, minha rela��o com o Atl�tico adentra a “fase do gim”, a derradeira para os alco�licos, an�nimos ou not�veis. Para explicar a situa��o de degradante depend�ncia entre este podre escriba e sua cacha�a, classifiquei-a, certa vez, na categoria “Amy Winehouse”. Seria mais adequado, dadas as minhas rela��es com o punk rock, o escaninho “Sid Vicious”. Mas este acabou por matar a namorada, Nancy, e eu n�o pretendo matar ningu�m. Ainda.

Na quarta-feira passada, Amy Winehouse ficou pequena pra mim. Enfurecido diante do computador, eu me digladiava com Steve Jobs tentando fazer funcionar o link pirata do jogo em meu velho Macintosh. Enquanto se desenrolava essa peleja em que eu j� entrara derrotado, a locu��o do r�dio chegava a S�o Paulo engasgada pelo aplicativo do celular, certamente contaminado pela aglomera��o de torcedores em busca do indispens�vel Rivotril que � o Atl�tico Mineiro.

Aquele quarto escuro, o locutor gago, fanho, e por fim mudo. O site pirata navegando a esmo. O Atl�tico jogando e eu ali, cracudo sem crack, naquela situa��o lament�vel. Quando j� me encontrava entregue, eu o George Floyd, a vida com o joelho no meu pesco�o, eis que surge um sinal vindo de Caracas. “Caraca!”, pus-me de p�, a m�o direita nas partes. “Chupa, Steve Jobs!!! Chupa, Conmebol!!!” Como se caminh�es de oxig�nio acorressem em meu socorro, l� estava o Galo, ao vivo e a cores, na Venezuela. Verdade que as imagens chegavam apenas numa diminuta janela de cerca de 10 cent�metros, deixando obsoleto o monitor gigante. “Fodas”, pensei, “o cracudo nem sempre escolhe o tamanho da pedra”.

Evidentemente, o pirata latino-americano n�o era l� essas coisas, e a sofr�vel transmiss�o n�o carregava a contento. Dif�cil que se completasse um chut�o sem o travamento da imagem, de modo que o arranca-toco nunca se consumava inteiramente, mas em retalhos, e retornando sempre ao ponto de origem. Liguei o r�dio e passei a escutar um enquanto olhava o outro, ainda que a realidade dos fatos trazidos pelo locutor gago, fanho e mudo j� se estivesse cerca de 2 minutos � frente dos piratas do Tiet�. Sinceramente, espero que meu filho, atleticano na fase da Coca-Cola, jamais se transforme nesse lun�tico num quarto escuro buscando sinais do al�m enquanto a realidade lhe chega em dois tempos distintos.

Se bem entendi o que se passou em Caracas, foi mais do mesmo que se deu no Mineir�o domingo passado, contra o p�ssimo Boa, e, antes, diante do arquifregu�s. Desde a chegada de Cuca (avisamos), o Galo mudou do vinho pra �gua (n�o � milagre, � Atl�tico Mineiro!). O povo critica porque n�o v� os treinamentos. Reclama de Zaracho na reserva, mas desconhece sua falta de qualidade na roda de ciranda, sem ritmo de jongo. Critica o Vargas, mas n�o sabe que ele ganha todas no par ou �mpar antes de come�ar o rach�o.

A considerar a primeira rodada da Libertadores e a �ltima do Mineiro, n�o h� time pior que esta selegalo. Sem alma, sem t�tica, sem vontade, sem nada. Um amontoado de jogadores contratados para um projeto cujo idealizador � substitu�do por outro que joga e pensa o jogo de forma totalmente diferente. E n�o foi apenas Sampaoli que saiu: o “projeto” trocou todo mundo, presume-se que da mesma forma tosca que operou a substitui��o do treinador. Agora o Galo de Cuca � o nosso Rivotril aplicado na veia pela falsa enfermeira de Belo Horizonte. Voltemos ao gim!

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