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Estado de Minas BOLA M�NDI

Sem meio-termo com o racismo no futebol mundial

Enquanto os reais culpados n�o forem exemplarmente responsabilizados, inclusive com pris�o, essa chaga persistir�


postado em 05/09/2019 04:00 / atualizado em 05/09/2019 08:40

O belga Lukaku, da Internazionale, ouviu ofensas dos torcedores do Cagliari em jogo pelo Campeonato Italiano(foto: MIGUEL MEDINA/AFP)
O belga Lukaku, da Internazionale, ouviu ofensas dos torcedores do Cagliari em jogo pelo Campeonato Italiano (foto: MIGUEL MEDINA/AFP)


Os principais campeonatos europeus est�o apenas come�ando, mas uma praga que teima em seguir manchando o esporte j� deu as caras novamente: o belga Lukaku, um dos principais refor�os da Internazionale de Mil�o para a temporada, foi a v�tima da vez do racismo. No duelo de sua equipe contra o Cagliari, teve que escutar parte da torcida advers�ria imitando gritos de macaco enquanto ele se preparava para cobrar um p�nalti. Sem se deixar abalar, marcou o gol da vit�ria de sua equipe. Mas o que j� parecia muito ruim, ficou ainda pior.

A torcida Curva Nord, da Inter (equipe de Lukaku) emitiu comunicado tentando defender o indefens�vel. Eles ficaram do lado dos torcedores do Cagliari, chegando ao c�mulo de dizer que a atitude “n�o � racismo”, mas sim sinal de respeito, de preocupa��o com o atleta advers�rio, somente em uma tentativa de desestabiliz�-lo. Balela pura. Pior ainda do que praticar o ato de racismo � tentar transform�-lo em algo “natural”.

� claro que tal atitude teve repercuss�o imediata. O senegal�s Demba ba, que atuou por algumas temporadas no futebol italiano, foi um dos principais cr�ticos. “Desejo que todos jogadores negros deixem esta Liga. Certamente, n�o vai acabar com a estupidez e o �dio deles, mas pelo menos eles n�o atacariam outras ra�as”, bradou o atleta. Claro que compreendo a indigna��o do senegal�s, mas acredito que a solu��o n�o passa por a�. Quem est� errado � que deve ser penalizado.

At� agora, Uefa e Fifa t�m sido muito brandas no combate ao racismo. A pr�pria torcida radical do Cagliari j� elegeu outros alvos recentes: Muntari, Matuidi e Moise Kean, todos jogadores negros. E as puni��es t�m sido t�o somente multas ou, no m�ximo, aplica��o de jogos sem torcida. Muito pouco. Enquanto os reais culpados n�o forem exemplarmente responsabilizados, inclusive com pris�o, essa chaga persistir�. Por aqui, a CBF tem feito campanhas contra o racismo e a homofobia. Cabe a cada um de n�s, torcedores de bem, fazer a nossa parte. O futebol agradece.

Pouco glamour
Com as equipes europeias envolvidas na disputa das Eliminat�rias da Eurocopa, a atual data fifa acabou ficando um pouco esvaziada. N�o ser�o poucos os amistosos envolvendo equipes de uma mesma confedera��o. O caso do Brasil � um exemplo: apesar de jogar nos EUA, enfrentar� os vizinhos Col�mbia e Peru. Apesar de todos os holofotes estarem voltados para Neymar, convocado sem ter feito nem um jogo sequer na temporada, penso que Tite deveria utilizar esses jogos para fazer mais experi�ncias e dar mais minutos em campo para alguns atletas. Em especial Vin�cius J�nior e Lucas Paquet�. Vamos conferir.

Chutou o balde
Sem usar meias-palavras, o alem�o Emre Can rasgou o verbo contra os dirigentes da Juventus. Depois de ficar fora da lista de inscritos da equipe para a pr�xima Liga dos Campe�es, ele chutou o balde. “Prometeram outra coisa”, afirmou, alegando ter recusado propostas de outros clubes justamente porque teve a indica��o de que disputaria a principal competi��o de clubes do mundo. Contratado ao Liverpool na metade de 2018, Can fez 37 jogos na temporada, sendo 25 como titular. Quem tamb�m ficou fora da lista foi Mandzukic. Ele n�o colocou a boca no trombone. Ainda...

Embirrados
E n�o s�o poucos os atletas que est�o de cara fechada para seus clubes. O brasileiro Taisson, por exemplo, se irritou com o Shakhtar Donetsk, da Ucr�nia, depois de ver frustrada poss�vel negocia��o com o Milan, da It�lia. Ele esperava que a equipe levasse em conta seus “servi�os prestados em todos estes anos”. Algo semelhante ocorreu com o dinamarqu�s Eriksen, que chegou a lamentar ter permanecido no Tottenham depois de ter sido especulado no Real Madrid. Ele alegou que desejava “um novo desafio”. Algu�m precisa lembrar a esses atletas que, se existe um contrato em vigor, os clubes n�o t�m que aceitar transfer�ncias s� pelos “belos olhos” deles. Afinal, h� muito dinheiro investido no neg�cio. Literalmente.

Oferecido
Demitido do Arsenal da Inglaterra em maio de 2018, o t�cnico Ars�ne Wenger parece estar com saudade do mundo da bola. Ele praticamente se ofereceu ao mercado: afirmou que pretende treinar uma sele��o na pr�xima Copa do Mundo, no Catar, em 2022. N�o ser� por falta de experi�ncia que lhe faltar�o oportunidades, afinal, comandou a equipe inglesa por 22 anos, tendo como maiores trunfos o tricampeonato ingl�s e boas campanhas na Liga dos Campe�es. Resta saber se haver� interessados. Aos 69 anos, ele garante energia de iniciante.

Fique de olho 
Robert Gumny
O Leste europeu � pr�digo em revelar bons jogadores. Um deles � o polon�s Robert Gumny, de 21 anos. Zagueiro pela direita, ele � do estilo que n�o brinca em servi�o, mas tamb�m tem categoria para sair jogando quando necess�rio. Formado por um dos clubes mais tradicionais do pa�s, o Lech Poznan, o defensor disputou a �ltima Eurocopa Sub-21 e despertou a aten��o de alguns clubes de mercados mais fortes da Europa. N�o houve acordo desta vez, mas dificilmente ele continuar� no seu pa�s em janeiro, quando da nova abertura da janela de contrata��es.


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