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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

O pior Cruzeiro � o conformado com o sil�ncio, o que agrava resultados

O fato de que a cada dia, jogadores, diretoria e n�s, torcedores, estamos nos acostumando mais a esse sil�ncio de estourar t�mpanos e nervos


02/06/2021 04:00 - atualizado 02/06/2021 18:19

Na derrota para o Confiança, houve um pênalti não marcado para o Cruzeiro e os jogadores não reclamaram, nem pressionaram o árbitro(foto: 29/05/2021. Credito: Gustavo Aleixo/Cruzeiro. Brasil)
Na derrota para o Confian�a, houve um p�nalti n�o marcado para o Cruzeiro e os jogadores n�o reclamaram, nem pressionaram o �rbitro (foto: 29/05/2021. Credito: Gustavo Aleixo/Cruzeiro. Brasil)

Se futebol � o �pio do povo, no caso espec�fico do povo mineiro, cruzeirense por origem, ess�ncia e car�ter, as pelejas esportivas n�o t�m cumprido esse papel alienante de nos tirar da dura realidade e nos levar para um mundo m�gico (manipulado ou n�o). Os p�ssimos resultados acumulados desde o crime cometido em 2019, e alongados pelo desastroso desempenho no ano seguinte, est�o se agigantando em 2021. Tornando-se ainda mais dolorosos por um fator: o sil�ncio.

Esse tem sido o pior companheiro desses tristes dias de pandemia e calv�rio do Cruzeiro. Chega a doer n�o s� nos ouvidos, mas na alma tamb�m, essa falta de um grito, um soco na mesa, um c�ntico entoado na arquibancada ou um refr�o ritmado nas ruas para sacudir os acomodados. Se ao menos viesse uma m�sera vaia ou um solit�rio aplauso...

Aguentar calado esse “mais de ano” tem sido insuport�vel para quem ama estar no est�dio. O fato de que a cada dia, jogadores, diretoria e n�s, torcedores, estamos nos acostumando mais a esse sil�ncio de estourar t�mpanos e nervos, d�i como a mais b�rbara das torturas.

Perder por 3 a 1 para o Confian�a numa estreia, com 2 jogadores a menos desde os 43 minutos do primeiro tempo, poderia at� ser encarado como um acidente de percurso. Vide o in�cio de alguns dos principais concorrentes �s vagas do acesso. Vasco perdeu em casa. Botafogo e Goi�s n�o sa�ram do empate.

Por�m a sequ�ncia de sil�ncios – do apito inicial �s declara��es do p�s-jogo em Aracaju – fizeram um resultado at�pico se transformar em mais um cap�tulo contundente dessa sess�o de tortura.

A come�ar pela rea��o em campo ap�s mais um p�nalti n�o marcado, logo aos 4 minutos. Isso s� acontece com o nosso time? N�o! Isso explica todo o nosso insucesso? N�o! Mas se tem algo que apenas o Cruzeiro faz h� algumas d�cadas � manter um sil�ncio (revoltante) em todas as jogadas duvidosas analisadas com vistas grossas pela arbitragem. Em 2020, foram dezenas delas, e no m�ximo, Manoel ou S�bis questionavam.

No caso do penal em cima de Airton, s�bado passado, os jogadores sequer levantaram os bra�os. N�o cercaram o �rbitro. N�o gritaram em apoio ao companheiro ca�do. Nada! Deram ao juiz a certeza de que em rela��o ao nosso escrete, o som do seu apito poderia silenciar-se quando bem quisesse. Prejudicando ou n�o.

Infelizmente, na mesma propor��o de seu gigantismo como o atleta a mais vestir o manto sagrado em nossa hist�ria centen�ria, F�bio n�o � o mais indicado para carregar a bra�adeira de capit�o nesse momento. A ele j� basta a �rdua fun��o de ser um “Pared�o Azul”. N�o � sua caracter�stica estar ali em campo para exigir dos �rbitros uma postura reta.

A bra�adeira representa lideran�a. Isso, nosso arqueiro tem de sobra, mas tamb�m exige voz alta, grito, uma pitada de “corneta” ali no meio do campo, bem na orelha do apitador. L� da meta, F�bio jamais conseguir� desempenhar essa press�o necess�ria.

O sil�ncio tamb�m se tornou regra no extracampo desse Cruzeiro. O entra-e-sai dos respons�veis pelo futebol, se de um lado � cercado de mudan�as de nomes e expectativas, do outro, mant�m uma unidade: o sil�ncio.

Por isso, quando no p�s-jogo contra o Confian�a veio a not�cia de que o presidente do clube falaria � imprensa, houve um sopro de esperan�a quanto a se romper esse sil�ncio. Agora vem o soco na mesa! Opa, teremos uma explica��o forte para todo esse marasmo! Infelizmente, n�o aconteceu. O pedido de paci�ncia e o testemunho do clima do vesti�rio soaram como um absoluto e silencioso nada.

No Brasileir�o, ainda temos 37 rodadas na caminhada pelo acesso. Estamos �s v�speras de uma terceira fase da Copa do Brasil. Chegamos at� aqui sabe-se l� como. Amanh�, quando come�ar a contagem regressiva para a partida contra o Juazeirense, certamente, ficaremos ansiosos, loucos para apoiar o time e otimistas quanto � vit�ria. Mas n�o podemos fazer desses instantes do pr�-jogo, o �pio.

� urgente voltarmos com os gritos porque n�o h� nada mais torturante do que o sil�ncio de um Cruzeiro que parece preferir nunca mais ter a voz de sua torcida.

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