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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Que o esp�rito campe�o do Cruzeiro inspire nosso Mozart

A for�a exemplo exemplar dos campe�es da Copa do Brasil de 1996 � um espelho e tanto para o novo treinador celeste


16/06/2021 04:00




Uma das escolhas acertadas do técnico cruzeirense logo ao ser contratado foi reabrir espaço para os jogadores veteranos(foto: JUAREZ RODRIGUES/EM/D.A PRESS)
Uma das escolhas acertadas do t�cnico cruzeirense logo ao ser contratado foi reabrir espa�o para os jogadores veteranos (foto: JUAREZ RODRIGUES/EM/D.A PRESS)



Para a miss�o de escrever a cr�nica desta semana, convidei e entreguei o poder dos rabiscos ao jornalista Bruno Bueno*, companheiro de tantas jornadas pelas arquibancadas Brasil afora, acompanhando o Cruzeiro aonde fosse. Enquanto o clube parece desabar num caldo grotesco de soberbas, vaidades e vingan�as, busco oferecer n�o os meus repetidos lamentos, mas uma reflex�o de um torcedor apaixonado e que jamais se permitiu abandonar as cinco estrelas. 


Jamais nos esqueceremos daquela �pica conquista da Copa do Brasil de 1996. A imprensa paulista, com enorme soberba, entregava a ta�a antecipadamente para o poderoso Palmeiras, de Luxemburgo, Cafu, Rivaldo, Luiz�o e Djalminha. Os mineiros n�o seriam p�reo para o famoso ataque dos 100 gols, ainda mais depois de um empate de 1 a 1 no jogo de ida, no Mineir�o.

Mas n�o foi bem assim. H� exatos 25 anos, o Cruzeiro, de Dida, Nonato, Fabinho Guerreiro, Palhinha, Marcelo Ramos e Roberto Ga�cho, fez o que parecia imposs�vel. Ganhamos de 2 a 1 do favorit�ssimo Palmeiras na casa do advers�rio, conquistando o bi da Copa do Brasil, que abriu as portas para outro bi, o da Libertadores, no ano seguinte.

De uns tempos pra c�, o cruzeirense tem vivido das recorda��es. Um passado que, de tantas gl�rias, colocou o Cruzeiro na condi��o de maior de Minas por toda a eternidade, mesmo se o time fosse para a s�rie D ou se se extinguisse. Nem daqui a 200 anos, at� se a Raposa nunca mais entrasse em campo, os rivais do estado nos alcan�ariam na quantidade de t�tulos de express�o. Mas, para ser sincero, isso hoje pouco importa para o torcedor celeste. Queremos retomar a trilha das vit�rias o quanto antes.

Al�m do sofrimento di�rio por um elenco muito limitado e das trapalhadas de uma diretoria que n�o paga os atletas em dia e n�o consegue nem sequer organizar um programa de s�cio, estamos numa mar� de azar danada. Nem as poucas bolas que entram s�o contadas como gols. Quando uma entre dezenas de contrata��es se mostra acertada, como no caso de Giovanni Piccolomo, os caras conseguem trazer um t�cnico que dispensa o jogador.

Esse mesmo t�cnico, sem sofrer qualquer press�o da diretoria, barra do time o artilheiro das Eliminat�rias da Copa, que fez mais gols que Messi e Neymar na competi��o. Substitui, repetidas vezes, Rafael S�bis, o �nico do elenco capaz de passes e gols geniais, de mudar a hist�ria de um jogo. Felizmente, j� temos um novo t�cnico.

Esperamos que voc�, Mozart, com a consci�ncia da grandeza do cargo que agora ocupa, com a eleg�ncia e a humildade que teve ao ser hostilizado em uma coletiva por um rep�rter mal-educado em Chapec�, saiba conduzir o Cruzeiro ao acesso.

Voc� j� come�ou acertando ao dizer que vai dar espa�o a atletas vencedores, como Moreno, S�bis, Cabral e Henrique. Eles est�o, indiscutivelmente, em um n�vel muito acima dos demais atletas desse elenco e j� derramaram muito suor vestindo a nossa camiseta. Al�m disso, conhecem bem o tamanho e a hist�ria do Cruzeiro e de sua torcida.

Ainda falando de elenco, o F�bio, claro, dispensa coment�rios. H� algum tempo j� alcan�ou o patamar de �dolo, de monstro sagrado, merecedor de uma est�tua na Toca. R�mulo e C�ceres tampouco podem ficar de fora do time. Para as demais posi��es, desejamos que o treinador encontre solu��es que produzam a menor quantidade poss�vel de �lceras no torcedor.

Que o esp�rito dos campe�es da Copa do Brasil de 1996 ilumine seus dias � frente do Cruzeiro, Mozart!

*Jornalista, cruzeirense nas boas e nas m�s horas, residente em Bras�lia

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