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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

O Cruzeiro sempre foi e ser� a for�a de sua imensa torcida

Desde a funda��o, nosso clube se notabilizou pela participa��o coletiva daqueles que o amam e se doam a ele


11/08/2021 04:00 - atualizado 11/08/2021 06:34

O maior patrimônio de um clube é sua torcida: ao longo de décadas, a China Azul sempre foi o alicerce do Cruzeiro(foto: ANDRÉ MELO ANDRADE/ELEVEN/ESTADÃO CONTEÚDO - 9/8/18)
O maior patrim�nio de um clube � sua torcida: ao longo de d�cadas, a China Azul sempre foi o alicerce do Cruzeiro (foto: ANDR� MELO ANDRADE/ELEVEN/ESTAD�O CONTE�DO - 9/8/18)

Sabe quantas vezes, em 100 anos, torcedores, s�cios, presidentes e ex-jogadores se uniram para salvar o Palestra/Cruzeiro de crises financeiras? Com absoluta certeza, numa quantidade infinitamente superior � de t�tulos conquistados.

Por essa compara��o, � poss�vel imaginar o desprendimento dos palestrinos/cruzeirenses para reverterem – juntos – realidades dram�ticas a partir das suas pr�prias for�as. Como dito pelo pesquisador Romero Marconi no filme “Em busca da hist�ria do Cruzeiro”, lan�ado na �ltima semana, a funda��o do Palestra It�lia “n�o foi um projeto de quatro, cinco rapazes” de fam�lias abastadas da oligarquia de Belo Horizonte num dia de footing no Parque Municipal.

Para entender como n�s podemos contribuir para mudar a dura realidade do clube, vale um mergulho na mais �pica hist�ria de cria��o de um time de futebol do mundo. Fundar e manter o Palestra It�lia vivo foi um ato de luta de torcedores, jogadores, imigrantes e oper�rios que queriam ter um time para chamar de seu. Diferentes, por�m, unidos, venceram preconceitos e persegui��es no in�cio do s�culo XX.

O uniforme costurado pelas m�os palestrinas. O projeto arquitet�nico do estadinho doado por um s�cio. A constru��o feita por jogadores, como Nani Lazzarotti. Absolutamente tudo no Palestra/Cruzeiro nasce da nossa capacidade de nos juntarmos para superar desafios.

Na d�cada de 1930, quando os times da capital estavam falidos, e os da elite foram salvos por nacos de dinheiro p�blico, o Palestra n�o fechou as portas gra�as ao esfor�o de sua diretoria e de admiradores, como Felice Rosso (o Fel�cio Rocho).

Quando a ditadura de Get�lio Vargas amea�ou exterminar agremia��es com tra�os italianos, nos anos de 1940, um ex-jogador (Nin�o Fantoni) e dois pequenos comerciantes (Wilson Saliba e Mario Torneli) se juntaram para defender a transforma��o do Palestra em Cruzeiro com um ato de resist�ncia. A torcida abra�ou.

Na d�cada de 1950, quando a pen�ria financeira era dram�tica, chegando ao ponto de uma ala defender o fim do futebol no Cruzeiro, foram ex-jogadores, como Souza, Azevedo e Geraldo II que se doaram para manter de p� um time guerreiro e lutador.

No in�cio da d�cada de 1960, as mensalidades pagas por milhares de s�cios na Sede Campestre bancaram a forma��o da Academia Celeste de 1966. Brandi, Lambertucci e tantos outros dirigentes e conselheiros injetaram suas pr�prias economias para manter o time da d�cada de 1970.

Nos anos de 1980, enquanto Benito Masci fazia malabarismo para o clube n�o fechar as portas pelas d�vidas acumuladas, a torcida honrava sua tradi��o de se agigantar quando se demanda supera��o. Ali surgiu a ASTOCA (Associa��o das Torcidas Organizadas do Cruzeiro), liderada pela ent�o rela��es-p�blicas do clube, �ngela Azevedo.

Desde o final de 2019, quando a torcida tirou do comando do clube a organiza��o criminosa de dirigentes, conselheiros, jogadores e empres�rios, tem sido ela quem luta por encontrar meios de superar a devasta��o. Foi com o S�cio Reconstru��o, durante o Conselho Gestor, e tem sido com o PIX do Cruzeiro, agora, onde centenas de grupos t�m se mobilizado nas redes sociais para arrecadar recursos.

Nesse hist�rico de uma Torcida Unida pela Supera��o � importante citar uma entidade, nascida no concreto da arquibancada, chamada Associa��o Grandes Cruzeirenses (AGC). Desde 2016, de forma an�nima e independente, ela tem apoiado financeiramente centenas de a��es promovidas pela torcida.

Fecho mais essa ode por um pacto com a refer�ncia � AGC porque, n�s pr�ximos dias, ela anunciar�, talvez, a maior a��o popular em prol do Cruzeiro dos �ltimos tempos. Um chamamento incr�vel para formarmos uma corrente palestrina e cruzeirense, reafirmando o legado de que, aqui, a torcida banca o time!

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