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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Vergonha: se a camisa do Cruzeiro pudesse correr, estaria longe

Se o Manto Celeste pudesse falar, certamente estaria agora implorando para 'lhe deixarem em paz'"


29/09/2021 04:00 - atualizado 28/09/2021 19:50

A camisa do Cruzeiro foi honrada por vários craques ao longo de sua história
A camisa do Cruzeiro foi honrada por v�rios craques ao longo de sua hist�ria


De Madri, passando pela portaria do Cristo Redentor, chegando ao Gin�sio do Horto. A camisa sagrada do Cruzeiro, esse Patrim�nio Cultural e Hist�rico de Minas Gerais, foi coadjuvante de uma esp�cie de “G-4 das Vergonhas Alheias” na �ltima semana. Se ela pudesse falar, certamente estaria agora implorando para “lhe deixarem em paz”.

Antes da peleja do �ltimo domingo, contra o CSA, esse rabiscador estava convicto: conosco na arquibancada, o resultado poderia amenizar o notici�rio dos dias anteriores. A vit�ria traria al�vio para o Manto Sagrado, esse s�mbolo da luta contra preconceitos do Palestra/Cruzeiro e tamb�m da grandiosidade e empatia da ala azul dos mineiros e mineiras.

Eu estava completamente enganado. Fingi, para mim mesmo, a inexist�ncia do elenco de jogadores mais med�ocre dos 100 anos de hist�ria do Palestra/Cruzeiro, que, infelizmente, na atualidade, veste o nosso uniforme. Mas ele estava l� no Gin�sio do Horto. E n�o fugiu � sua regra: protagonizou mais um vexame.

Mas voltemos a Madri e ao Rio de Janeiro. Da capital fluminense, come�aram a viralizar, nas abomin�veis redes sociais, v�deos de um menino vestindo a camisa do Cruzeiro. Havia sido barrado na portaria de acesso ao Cristo Redentor, uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno, pois, caprichosamente, ele se negava a apresentar o comprovante de vacina��o contra a COVID-19, exigido e apresentado por todos os outros visitantes do mundo que adentram o espa�o. O showzinho virtual, num tom misto de prepot�ncia e chilique, foi respondido pelo prefeito do Rio de Janeiro: “Vergonha alheia”.

S� mais tarde vim a saber. Tratava-se de um vereador de Belo Horizonte, apoiador do governo federal de psicopatas e que, noutra ocasi�o, havia ganho os holofotes do submundo das redes sociais do �dio com um v�deo onde segurava um fuzil ao lado de um coleguinha. Pelo menos nesse, n�o vestia a camisa estrelada.

Dias antes, enquanto em Belo Horizonte vinha � tona a realidade de dois meses de sal�rios atrasados de atletas e funcion�rios, na Espanha, o presidente do Cruzeiro postava em suas redes sociais uma foto numa visita ao Real Madrid. Acumul�vamos dois empates, que al�m da mediocridade do elenco montado, tamb�m foram frutos de erros absurdos de arbitragem. Nenhuma fotografia postada se justificando pelos atrasos; nenhuma visita em tom de revolta � sede da CBF com a camisa do Cruzeiro no punho, bradando por justi�a. Ao contr�rio, no Brasil, o Manto Sagrado seguia ao deus-dar�, 13 pontos atr�s da camisa do CRB.

Completando o “G-4 das Vergonhas Alheias”, ap�s a derrota do Cruzeiro para o CSA, tamb�m ocupou destaque na tabela um time asqueroso e covarde. Seu elenco � formado pelos tais influencers, pelos grupelhos e fam�lias da politicagem interna do clube, pelos oportunistas e por PARTE dos comunicadores a servi�o da elite odiosa.

Desde os �ltimos naufr�gios desse Cruzeiro caqu�tico, assistimos essa horda fren�tica se travestindo de “profeta do Apocalipse” para se autopromover. Gente como os que defenderam a extin��o do clube ou os que se monetizam atrav�s da sua imagem, mas s�o incapazes de doar trabalho ou algo significativo para curar as feridas do curto prazo.

Recuperando uma fala do craque Palhinha, que tanto honrou o Manto Sagrado: “O seu nome, Cruzeiro, foi usado por pessoas para se beneficiar e te colocaram nessa situa��o, que qualquer um acha que pode falar com respeito a voc�. Mas, para os que t�m voc� no cora��o, te respeitar � saber do seu tamanho e das suas conquistas. Obrigado, Cruzeiro, por ter me dado a oportunidade de vestir suas cores”.

Quanta tristeza eu sinto quando penso nas figuras que a camisa do Cruzeiro, esse Patrim�nio Cultural de Minas Gerais e do Brasil, tem aturado sem poder correr delas.




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