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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

F�bio fica, Luxa fica - o resto a gente v� depois

O torcedor tem que encontrar camisetas, bon�s, copos, canecas, cadernos e capas para celular do nosso �dolo. Itens voltados para as crian�as, que amam o F�bio


06/10/2021 04:00

Mesmo se o Fábio não estivesse atuando bem, o Cruzeiro teria a obrigação moral de assegurar que ele encerre a carreira na Toca
Mesmo se o F�bio n�o estivesse atuando bem, o Cruzeiro teria a obriga��o moral de assegurar que ele encerre a carreira na Toca (foto: Bruno Haddad/Cruzeiro - 22/9/21)

O m�s era agosto. O ano, 2002. O Cruzeiro acertava a contrata��o do treinador que construiria o melhor time do futebol sul-americano no S�culo 21. Vanderlei Luxemburgo deixava o Palmeiras para assumir um Cruzeiro que andava mal das pernas no Brasileir�o. Com muito trabalho e planejamento, Luxa quase fez um time de elenco n�o mais que razo�vel chegar ao mata-mata daquele ano – eram oito vagas, ficamos em nono.

Mas em 2003 n�o teve pra ningu�m. O Cruzeiro atropelou todo mundo e levou o Mineiro, a Copa do Brasil e o Brasileiro, sem questionamentos. At� hoje somos o �nico time fora do eixo Rio-S�o Paulo a ganhar o t�tulo nacional na era dos pontos corridos, e o fizemos por tr�s vezes. Diga-se de passagem, sem inje��es ilimitadas de dinheiro a fundo perdido, por patrocinadores, mecenas ou investidores.

Sabemos que o contexto era outro. Em 2003 havia dinheiro, o clube era bem administrado. Mas o objetivo aqui � dizer que, somente com planejamento, continuidade e algumas figuras estrat�gicas na diretoria de futebol, na comiss�o t�cnica e em campo, � poss�vel obter resultados. Por isso � essencial que Vanderlei Luxemburgo seja mantido no cargo em 2022 e receba todas as condi��es para executar um planejamento de longo prazo. Com um or�amento realista, que n�o nos mergulhe em mais atrasos salariais, mas com toda autonomia para trabalhar. N�o temos mais espa�o para apostar em treinadores inexperientes ou com DNA de time pequeno.

Outra condi��o para o �nico grande de Minas conseguir sair desse buraco � que a diretoria renove o contrato do nosso maior �dolo da atualidade, que hoje, mesmo aos 41 anos, seria titular em qualquer time da S�rie A. Mesmo se o F�bio n�o estivesse atuando bem, o Cruzeiro teria a obriga��o moral de assegurar que ele encerre a carreira na Toca. N�o � admiss�vel que ele defenda outro clube. N�o � admiss�vel que ele deixe o Cruzeiro sem completar mil jogos e sem retornar � s�rie A. � o m�nimo que se pode fazer diante desse caos.

Tr�s coisas tornam um clube gigante: torcida – todas as pesquisas mostram que a nossa � bem maior que a do rival; t�tulos – temos um oceano de dist�ncia dos demais times do Estado; e �dolos – temos in�meros e nenhum vestiu a camisa do rival. Mas o principal � que um dos maiores de nossa hist�ria segue jogando conosco, em alt�ssimo n�vel, e n�o nos abandonou nem na mais aguda crise da hist�ria do clube.

N�o h� outra op��o. Se a diretoria atual deixar o F�bio ir embora, colocar� seu nome para sempre no esgoto da hist�ria do Cruzeiro, junto com aqueles dirigentes e conselheiros que empurraram o Maior de Minas para esta indignante situa��o.

N�o se trata apenas de renovar o contrato do F�bio. � necess�rio cultivar e promover essa idolatria, gerando dinheiro para o clube. N�o � poss�vel que ningu�m no marketing da Raposa seja capaz de pensar em uma linha de produtos do nosso pared�o. � preciso ir muito al�m dos maravilhosos, mas car�ssimos, uniformes oficiais. O torcedor tem que encontrar camisetas, bon�s, copos, canecas, adesivos, chaveiros, cadernos e capas para celular do nosso �dolo. Itens voltados para as crian�as, que amam o F�bio. N�o d� para seguir com esse pensamento pequeno e essa falta de profissionalismo dentro do Clube.

Por fim, a semana passada nos mostrou que futebol n�o � s� dinheiro. Seguimos como o �nico bicampe�o da Libertadores em Minas. Depois daquela estranha performance protagonizada pelo VAR e pelo quarteto de arbitragem na Bombonera e no Mineir�o, a ordem natural das coisas se restabeleceu. Mesmo alguns atleticanos me confidenciaram, constrangidos, que aqueles gols do Boca n�o deveriam ter sido invalidados. Nunca na hist�ria o Boca havia sido prejudicado daquela maneira em uma Libertadores. Ali�s, muito pelo contr�rio, como h�o de se recordar cruzeirenses, palmeirenses, corintianos, gremistas e santistas.

Enfim, quem por justi�a deveria ter ca�do nas oitavas de final, acabou caindo nas semifinais. Entre Palmeiras e Mineiro ganhou o maior, aquele que tem tradi��o e hist�ria.

Quando a camisa n�o tem peso algum, o jeito � mesmo torcer contra o vento.

* Jornalista, cruzeirense nas boas e nas m�s, escrevendo hoje excepcionalmente nesta coluna


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