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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Nem euforia nem desesperan�a. O equil�brio salvar� o Cruzeiro

Duas rodadas de Campeonato Brasileiro n�o s�o term�metro para nada. O que importa, ao fim, � a regularidade


20/04/2022 04:00

Jogadores do Cruzeiro comemoram vitória sobre o Brusque: caminho para a volta à elite será longo e precisará do apoio da torcida
Jogadores do Cruzeiro comemoram vit�ria sobre o Brusque: caminho para a volta � elite ser� longo e precisar� do apoio da torcida (foto: RAMON LISBOA/EM/D.A PRESS)

Nem tanto ao c�u, nem tanto � Terra. O in�cio do Campeonato Brasileiro para Cruzeiro, Gr�mio, Vasco e Bahia, favoritos �s quatro vagas de acesso, certamente deveria ser encarado sob essa perspectiva. Duas rodadas n�o podem ser term�metro para nada, al�m de um momento para se conhecer: jogadores, t�cnicos, advers�rios e torcidas.

Cravar o tricolor baiano como o mais preparado por ter sido o �nico desses a ter 100% de aproveitamento n�o passa de mero casu�smo. Assim como apostar numa sequ�ncia de fiascos de tricolor ga�cho e do alvinegro carioca baseado no fato de que ainda n�o venceram na competi��o. Portanto, tender o Cruzeiro para qualquer um desses dois lados n�o passa de desequil�brio emocional ou de an�lise t�cnica rasa.

Como se diz na minha terra, Mariana: devagar com o andor! Em menos de uma semana, muitos torcedores do Cruzeiro foram da desesperan�a � euforia. Para alguns, perder para o Bahia por 2 a 0 era motivo para demitir o goleiro Rafael Cabral, aposentar o lateral e capit�o R�mulo ou voltar a dizer que o treinador Paulo Pezzolano n�o entende nada de t�tica para al�m da Country Cup. Tamb�m houve a ala que deixou o Mineir�o contra o Brusque j� pensando em caminho de gl�rias at� o retorno em 2023. Para esses, a magra vit�ria foi suficiente para imaginar que nenhum outro deslize ocorrer� nas 36 rodadas do campeonato. Radicalismo por pontas distintas, mas claramente absurdos.

Na primeira rodada, a “aldeia” e os pessimistas tacharam a apresenta��o do Cruzeiro contra o Bahia, na Fonte Nova, como a pior deste de 2022. Mas o p�ssimo primeiro tempo, o resultado final da partida (2 a 0 para os baianos) e a mem�ria curta de boa parte dos torcedores fizeram sumir das an�lises o claro dom�nio do Cabuloso no primeiro tempo de jogo, quando o Time do Povo Mineiro pouco foi amea�ado pelos donos da casa e ainda desperdi�ou duas chances incr�veis de abrir o marcador com Waguininho e Pedro Castro. Ali, se tivesse convertido as jogadas criadas, poderia ter ido para o intervalo vencendo por 2 a 0 e, certamente, despacharia o time baiano.

Numa substitui��o correta do t�cnico do Bahia, ele mudou todo o cen�rio do jogo pr�-Cruzeiro em poucos minutos. Com m�ritos, os baianos venceram, mas, verdade vista e n�o dita: o time do Bahia � limitado (como todos os outros). Lidera por esse “quem n�o faz, leva” do Cruzeiro e por vencer o N�utico (que ainda n�o pontuou), e assim, o tricolor baiano est� sendo posto como favorito pelos afoitos.

Ao Cruzeiro, ter vencido o fraco Brusque tamb�m escondeu algumas falhas. Talvez as mesmas diante do Bahia: n�o matar o jogo logo nas primeiras chances. E, portanto, n�o se pode ir assim para a partida contra o Tombense.

� muito cedo ainda para sentimentos polarizados. Tudo tende a mudar com o passar das rodadas. Gr�mio e Vasco, por exemplo, certamente encontrar�o o caminho das vit�rias nas pr�ximas rodadas. Alguns azar�es que largaram bem, assim que a sequ�ncia de jogos for mais intensa, provocando as primeiras contus�es e suspens�es, logo precisar�o rodar um elenco de que n�o disp�em. E cair�o na tabela.
Ao Cruzeiro e � Na��o Azul, t�o em sintonia neste 2022, resta fugir dos radicalismos e manter o ponto alto at� aqui: o do equil�brio entre racionalidade (para entender as dificuldades que surgir�o durante as partidas) e irracionalidade (para manter acessa a cumplicidade entre gramado e arquibancada).

Refor�os chegaram. Alguns com cara de baciada, como Jaj� e Luvannor, e outros, claramente a pedido do treinador, como o conterr�neo Leonardo Pais e o zagueiro Z� Ivaldo. Todos eles desconhecidos da maioria absoluta da Na��o Azul. Agora, � equilibrar o elenco. Entend�-lo como necess�rio para n�o cairmos nem na euforia e tampouco na desesperan�a sem fundamentos.

Fato � que nunca estivemos com tamanha vantagem para os acertos em rela��o aos erros na balan�a. O equil�brio s� nos far� ainda mais fortes rumo � volta ao lugar de onde nunca deveriam ter nos tirado.


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