
V�lber
DJ
O ano era 2008, BH havia entrado definitivamente para o calend�rio da m�sica eletr�nica mundial. Era uma �poca em que se podia aglomerar – e muito. Grandes festivais eram realizados na cidade, sempre lotados.
O m�s era mar�o, a boate estava lotada � espera do DJ Steve Angello (do trio Swedish House Mafia). Eu fazia a pista e tamb�m estava ansioso pela espera do cara que mandava muito. Ah, � v�lido lembrar: naquele per�odo, ainda toc�vamos com vinil.
Steve Angello entra na cabine, muito cordial, alegre. Pergunto se estava tudo certo para o in�cio do set e ele me diz: “Houston, n�s temos um problema!”.
Ele usava fone Sennheiser e havia perdido o adaptador do plug para o mixer. Meu fone era Techniques e o adaptador n�o se encaixava no fone dele.
Da�, com muita calma, ele diz: “Voc� tem uma faca?”.
Pensei: “Ser� que ele quer cortar os pulsos?”
Brincadeiras � parte, l� vou eu at� a cozinha da boate e volto, atravessando a pista com uma faca gigante na m�o. Ele me pede para cortar toda a lateral do plug do seu fone at� encaix�-lo no adaptador Techniques.
Feito isso, mostrei para ele que estava pronto, mas faltava um adesivo para que n�o desse mau contato. Tranquilamente, ele tira o chicletes da boca, enrola no plug. E tocou todo o set sem o menor problema.
Moral da hist�ria: n�o � s� brasileiro que faz gambiarra.
Passado esse epis�dio, achei que se encontrasse com ele novamente talvez nem se lembrasse da minha cara. Por incr�vel que pare�a, no Creamfields, ele saiu do camarim e eu estava parado conversando com uns amigos. Ele veio e a primeira coisa que disse foi: “Oi, naSala!”.
Que noite aquela! Steve Angello, um cara bacana.
. A SE��O “EMBALOS DE S�BADO � NOITE” CONTA A HIST�RIA DA VIDA NOTURNA DE BELO HORIZONTE, QUE, ANTES DA PANDEMIA, DEU O QUE FALAR