No palco do Pal�cio das Artes, Lulu Santos faz declara��o de amor a BH

H� motivos de sobra para a expectativa dos f�s de Lulu Santos que lotaram as duas apresenta��es do cantor e compositor em BH, no s�bado (25/6) e domingo passados. Como n�o amar o carioca, rei do pop, que h� 40 anos faz todo mundo se jogar na pista, na maior alegria. Sentimento que, desde a pandemia, ficou meio aprisionado, como n�s mesmos. O reencontro t�o esperado foi adiado por duas vezes, na �ltima delas pelo fato de um dos integrantes da banda ter testado positivo para COVID.

 

N�o que a espera tenha sido compensat�ria, melhor mesmo era que a COVID n�o continuasse a contaminar pessoas e afetar nossas vidas e os encontros. Mas ouvir Lulu depois de tanto tempo liberou a alegria que ainda n�o sentiu firmeza para colocar a cara na rua. No s�bado, Lulu demonstrou sua felicidade de tocar em Belo Horizonte. As raz�es dele foram al�m do reencontro com shows presenciais.  "Um verdadeiro privil�gio estar aqui e poder chamar Belo Horizonte de Base. Foi nesta cidade que h� quatro anos encontrei o amor da minha vida", afirmou ele, sob aplausos, ao citar Clebson Teixeira. 

Segundo Lulu, foi nesse cen�rio que esse amor se desenvolveu, se desenrolou e se confirmou. "Da Savassi � Serra do Curral; da  Serra da Moeda ao Lourdes, Funcion�rios, dentro da Contorno, fora. E tamb�m em volta: Lagoa Santa, Cordisburgo, fui t�o bem recebido, acarinhado aqui, que n�o posso fazer outra coisa a n�o ser agradecer a voc�s. O espet�culo � de voc�s, a casa � sua", afirmou, no primeiro papo com a plateia depois de cantar cl�ssicos como “Toda forma de amor”, “Um certo algu�m”, “�ltimo rom�ntico”, “Advinha o qu�”, entre outras 22 can��es apresentadas em pouco mais de duas horas de show.  

 

A plateia entrou de corpo e alma na festa de Lulu. Havia f�s com camisa de f� clube, havia as mais animadas que, em coro, gritaram “lindo”, para del�rio de todos. O cantor lembrou que, em abril deste ano, tomou consci�ncia do anivers�rio de 40 anos do primeiro �lbum, “Tempos modernos”. Foi aplaudido. "Mas depois lembrei que o primeiro single foi lan�ado em 1981 e j� tinha feito 40 anos. E daqui pra frente ser� 40 anos de alguma coisa", brincou, antes de tocar “Inocentes”, �nica can��o que ele comp�s na pandemia e que em 2062 completar� 40 anos de lan�amento. "Estamos combinados de aparecer em algum lugar n�s todos", disse, prevendo comemora��o no futuro. 

Lulu saiu do roteiro do show depois de localizar na plateia Rodrigo e Gabi, da banda Melim. "A minha av� � de BH", disse a cantora. "Gravamos essa can��o (“Inocentes”) com Lulu, que faz parte das nossas influ�ncias. Se eu errar (a m�sica) me perdoem, n�o estava preparada." Lulu contou que teve a felicidade de dividir a grava��o com a Melim nos vocais. Para transmitir a mensagem, era necess�rio uma dose de do�ura e, para mim,  o vocal da Melim � o como leite condensado gelado", comparou.

 

Minas Gerais ser� palco da turn� nacional “Maracacongo”, projeto que une as culturas populares mineiras e pernambucanas. A iniciativa, aprovada pelo edital do Instituto Cultural Vale, tem como proposta festejar as dan�as, costumes e pr�ticas dos povos negros e origin�rios, unindo a cultura popular do maracatu rural, de origem da regi�o da Zona da Mata Norte do estado, que � patrim�nio cultural do Brasil, �s tradi��es de Minhas Gerais.

No domingo (3/7), o projeto aporta no Memorial Vale, com oficinas de maracatu rural, congo e mo�ambique, �s 10h; e, a partir das 13h, come�am as apresenta��es culturais do maracatu Estrela de Ouro de Alian�a (PE), grupo afro mineiro Negro Por Negro (Brumadinho), Afonjah de Olinda (PE) e a Sociedade Musical S�o Sebasti�o de Passagem de Mariana, em cortejos e na escadaria do Memorial Vale. Para participar � s� chegar. Depois de Belo Horizonte, o projeto segue para Brumadinho, Congonhas, Mariana e finaliza a turn� em 16 de julho, no Festival de Inverno de Ouro Preto.