
Nem s� de beijos e abra�os, as mais delicadas declara��es de felicidade, vive e sobrevive o Natal em fam�lia. Tirando um inconveniente ou outro que faz parte da festa, assim como a ceia e o vinho, quem nunca passou algum perrengue que atire o primeiro panetone.
As hist�rias fazem parte da vida de famosos, como o apresentador F�bio Porchat. A coluna conversou com ele na �poca do lan�amento do novo filme do Porta dos Fundos, “Esp�rito do Natal”. Bem-humorado, o humorista contou que o presente dado por uma tia o deixou traumatizado.
“Tinha 10 anos, e ela me perguntou o que eu queria ganhar. �bvio que, menino de 10 anos, eu queria uma bola de futebol. Quando cheguei em casa, o presente estava l�. Mas era uma bola de v�lei rosa, da Xuxa. Eu n�o poderia aparecer com aquela bola rosa da Xuxa na escola. Minha vida acabaria”, revelou, divertido com o perrengue.
Depois de ler o texto do sobrinho no Estad�o, muito tempo depois daquele Natal, a tia confessou n�o ter dado o presente certo. “Quanto tinha 30 anos, minha tia me deu de presente uma bola de futebol”, revela F�bio.
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Tullio Dias, autor do livro “O almo�o de Natal: Ou como sobreviver �s reuni�es familiares de fim de ano” (Letramento), guarda lembran�as da ceia. “Minha hist�ria de perrengue natalino envolve refei��es”, conta. Desde 2013, quando se tornou vegetariano, � sempre a mesma coisa.
“Por algum motivo aben�oado, pessoas n�o vegetarianas querem 'experimentar' a comida do vegetariano. Todo ano, fico sem comer direito, porque comem a minha comida. J� foram v�rias discuss�es sobre isso, pedi para servirem apenas a vers�o vegetariana, j� que todo mundo come, mas virou uma 'tradi��o'. Se n�o comer r�pido e guardar comida, eu fico sem nada para comer depois”, diz.
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O jornalista Marcelo Seabra se lembra de um fato da inf�ncia. Quando tinha 6 anos, no �ltimo Natal antes de os pais se separarem, a m�e dele foi comprando v�rios presentes e escondendo.
“No dia 24, ela buscou um saco de batatas enorme na mercearia e colocou tudo l� dentro. � noite, os dois na sala, ao lado da �rvore, me gritam, dizendo que o Papai Noel estava l�”, relembra.
“Corri com toda a velocidade e, quando cheguei l�, o Papai Noel j� havia ido embora. Falei pra eles: 'Como dois adultos capazes e saud�veis n�o conseguiram segurar o Papai Noel por mais um segundo?'”
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J� o fot�grafo Marcos Tadeu passou perrengue no amigo-oculto. “Muito novo, todo feliz, fui comprar o presente de amigo-oculto para minha prima. Na hora da festa, descrevi, falei tudo sobre ela”, diz. “Foi quando meu pai ou algum parente falou: 'Esta a� n�o � a sua amiga oculta!'. Era outra. Fiquei morrendo de vergonha de trocar os nomes e o presente. Fiquei mal pela pessoa receber o presente que nem era dela.”
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Com ou sem perrengues, feliz Natal para todos!