Depois de muita espera e paci�ncia, finalmente muitos casais conseguiram subir ao altar. Previstos para 2000, o ano em que o mundo virou de cabe�a para baixo, v�rios casamentos foram adiados por causa da pandemia. Alguns casais passaram a viver sob o mesmo teto, dispensando cerim�nias e festas. Outros seguiram firmes no prop�sito de ter a uni�o aben�oada e festejada.
A pandemia sempre ser� lembrada pelo desastre que representou, mas n�o fosse o atraso provocado pela crise sanit�ria, seria imposs�vel imaginar um casal saindo da igreja carregando os g�meos nos bra�os.
A cena, que marcou a celebra��o das bodas de Maria Augusta Engler Tamm Toppjian e Serge Toppjian, em Tiradentes, � indiscutivelmente a imagem mais representativa dos casamentos que movimentaram a sociedade este ano. E traz esperan�a para o setor de festas, que agora volta aos trilhos.
Maria Augusta e Serge se casariam no primeiro semestre de 2000. A cerim�nia foi adiada, o casal se casou no civil, teve g�meos e, finalmente, recebeu as b�n��os religiosas.
Remarca��o: o desafio da temporada
Produtora de alguns casamentos que ilustram esta p�gina, Let�cia Bhering diz que para quem trabalha com esse tipo de evento, o pior momento foi a remarca��o de datas, pois foi preciso reagendar decorador, buf�, atra��es, fot�grafo e cinegrafista.
“Com bom senso de ambas as partes, tudo foi resolvido”, diz ela, que participou de um grupo de WhatsApp entre fornecedores, no qual todo o processo foi sendo solucionado aos poucos.
Claro que houve perrengue. Um dos casamentos contava com banda com 50 m�sicos, cujas passagens j� haviam sido pagas antes da pandemia. Na primeira remarca��o, houve negocia��o com a companhia a�rea, mas o casamento foi remarcado de novo e foi preciso pagar a diferen�a.
S�rgio Mendes, que tamb�m assina a produ��o de casamentos mostrados nesta p�gina, lembra que, al�m de muitas idas e vindas por causa das variantes da COVID-19, em alguns locais os crit�rios, que j� eram r�gidos, endureceram ainda mais, levando ao adiamento de algumas cerim�nias.
O �ltimo casamento de S�rgio, marcado durante a pandemia, ficou para outubro de 2023. “Os dois se casaram no civil, o filho j� nasceu, eles preferiram tocar a vida e decidiram suspender o casamento para recome�ar o projeto ano que vem”, comenta.
O movimento foi intenso para S�rgio. “Em 2022, vivemos tr�s anos em um”, compara, lembrando que a agenda ficou apertada, obrigando-o, com o consentimento dos clientes, a passar alguns eventos para parceiros.
S�rgio acredita que 2023 ser� um bom ano para o setor. “Passando o feriado de r�veillon, o telefone vai voltar a tocar. Por enquanto, estamos todos esgotados com a loucura que foi 2022. Depois do recesso, voltamos a caminhar para a normalidade”, afirma.
