J� escutei algumas frases interessantes sobre o avan�o da tecnologia nas nossas vidas. Uma delas veio do Elon Musk, quando disse que “j� somos ciborgs”. Tudo come�ou no tempo das cavernas com a cria��o de ferramentas que facilitaram o dia a dia.
Vou dar um exemplo: qualquer viagem de uma cidade para outra, antes da implementa��o do asfalto, era uma opera��o de guerra. Para percorrer uma dist�ncia de 200 quil�metros, gastava-se um dia. Hoje, em boas estradas, � poss�vel fazer uma viagem como essa em duas horas e meia. O resumo � que as tecnologias facilitaram as nossas vidas e aumentaram bastante a quantidade de coisas que podemos fazer em pouco tempo. A conclus�o, assim sendo, � que dever�amos ter mais tempo para curtir os bons momentos e uma vida mais tranquila. Mas n�o foi isso que aconteceu. Aumentamos a quantidade de atividades e ficamos mais ocupados. �s vezes, fico pensando: qual ser� o limite dessa acelera��o? Para que tanta correria? Ser� que sabemos aonde queremos chegar?.
Existem algumas tecnologias que acabaram mudando o nosso jeito de viver, como, por exemplo, a televis�o. Antes de poder comprar esta “janela para o mundo” e coloc�-la na sala de nossas casas, t�nhamos o h�bito de ir ao cinema. Toda inova��o tecnol�gica de impacto muda os nossos costumes. O grande concorrente de qualquer restaurante, hoje em dia, s�o as plataformas de streaming que 'impedem' que as pessoas saiam de casa.
Na m�sica, por exemplo, a cria��o dos long plays possibilitou que os artistas pudessem gravar m�sicas mais longas. Isso viabilizou o rock progressivo. Uma das propagandas com a chegada dos CDs � que seria poss�vel escutar a nona sinfonia de Bethoven sem precisar virar o vinil. Isso � a mudan�a tecnol�gica alterando a forma de fazer arte.
Se no tempo das cavernas o machado era utilizado para v�rias coisas, basta imaginar que temos uma arma poderosa nas m�os. Estou falando do smartphone. Com um clique, chamamos um ve�culo de transporte, pedimos uma comida, compramos um livro, alugamos uma casa, tiramos uma foto, disparamos v�rias mensagens ao mesmo tempo ou publicamos algo nas redes sociais. � muito poder em um aparelho t�o pequeno. O cinto de utilidades do Batman ficou obsoleto. O resumo �: ficamos superpoderosos e n�o estamos sabendo utilizar isso a nosso favor.
Ouvi de um amigo que n�o teremos trabalho para todo mundo, pois as m�quinas est�o resolvendo os problemas burocr�ticos de forma mais r�pida e eficiente. Nunca pensei dessa forma, mas, se ele estiver certo, poderemos finalmente come�ar a aproveitar e vida da forma que sempre imaginamos.
O grande Isac Asimov uma vez disse: “O maior bem do homem � uma mente inquieta”. Estamos ficando muito tecnol�gicos. Isso � bom, mas desde que saibamos controlar a tecnologia – e n�o ser controlados por ela.