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Estado de Minas HENRIQUE PORTUGAL

Mundo p�s-pandemia ir� muito al�m do 'novo normal'

Do ponto de vista art�stico, come�o a enxergar mais modelos. Voc� poder� ver shows de dentro do carro, em espa�os reservados ou em casa, por meio da sua smartv ou celular


27/08/2020 04:00 - atualizado 27/08/2020 08:00

A cena artística vai mudar muito não só para o Skank, se lembrado o período anterior ao coronavírus: da proximidade do público em shows aos formatos virtuais(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press %u2013 22/4/18)
A cena art�stica vai mudar muito n�o s� para o Skank, se lembrado o per�odo anterior ao coronav�rus: da proximidade do p�blico em shows aos formatos virtuais (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press %u2013 22/4/18)
O �ltimo show que o Skank fez antes da pandemia foi em um transatl�ntico. Embarcamos na cidade de Santos, fizemos o show durante a noite, no deck do navio completamente lotado e desembarcamos no dia seguinte em B�zios. Esse show ocorreu uma semana antes do fechamento das cidades brasileiras. O navio era de bandeira italiana, com tripula��o de v�rios pa�ses e um n�mero infinito de d�vidas sobre como era o processo de dissemina��o do v�rus. Pairava no ar a quest�o. Caso aparecesse algu�m com sintomas da doen�a, ter�amos de ficar em quarentena embarcados. No final, deu tudo certo e voltamos para casa felizes da vida.

Desde o in�cio da pandemia, o Skank fez algumas lives. Essa � uma experi�ncia nova, pois voc� est� ao vivo, tocando para milhares de pessoas e por meio da internet. No entanto, paradoxalmente, em ambientes frios e extremamente controlados. A live do Mineir�o foi o maior exemplo. Acabamos de completar 10 anos do nosso DVD, gravado no est�dio, com a presen�a de 54 mil pessoas. Em maio deste ano, fizemos um novo show, agora com o est�dio completamente vazio, sendo que do outro lado das c�meras havia 350 mil pontos nos acompanhando simultaneamente e mais de 3 milh�es de visualiza��es. � um outro mundo.
 
Na semana passada, toquei em um drive-in com o meu projeto eletr�nico chamado Nie Myer. Foi sensacional, um modelo completamente diferente do que j� fiz na minha vida. Um novo passo em dire��o � normalidade: voc� toca para um n�mero menor de pessoas, que escutam o show por meio de uma sintonia FM, dentro de seus carros, buzinando e piscando o farol nos momentos mais empolgantes. O Metallica, por exemplo, organizou um show para um n�mero absurdo de drive-ins nos EUA.

A retomada ser� lenta e gradual. Adquirimos um medo que ser� dissipado aos poucos. A palavra mais afetada pela COVID-19 foi “cotidiano”. Por outro lado, uma que precisa ser lembrada a todo momento � a “paci�ncia”.

N�o gosto do nome “Novo normal”. � simplificar esta transforma��o que estamos passando. Aprendemos novas li��es, novas tecnologias e adquirimos novos costumes. � praticamente um princ�pio da dial�tica. Nunca seremos as mesmas pessoas depois desta experi�ncia, pois ao passarmos pelos mesmos lugares n�o seremos as mesmas pessoas e os lugares n�o ser�o os mesmos.

Dentre todas as experi�ncias que estamos passando no meio art�stico, eu come�o a enxergar um novo modelo. Nele, voc� poder� ver os shows de dentro do seu carro, em espa�os reservados, com poucas pessoas ou, se quiser ficar em casa, poder� ver por meio da sua smartv ou celular. Isso j� est� ocorrendo na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. M�ltiplas op��es para o mesmo show. N�o existe apenas um formato. O que existe � um formato que fica mais apropriado para voc�. Afinal de contas, o cliente sempre tem raz�o.

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