(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas TURISMO E NEG�CIOS

Vacina e viagem: efeitos pol�ticos e econ�micos que influenciam o turismo

Entenda como os efeitos da pandemia e especialmente da vacina ultrapassam as quest�es cient�ficas, e podem comprometer ainda mais a economia do turismo


27/04/2021 07:45

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)


E eu, que por alguns meses, achei que bastava a vacina chegar para voltar a viajar normalmente. Ah, esse mundo atual, que n�o nos permite mais solu��es simples e pragm�ticas. Na verdade, de tanta praticidade e tanta rapidez tecnol�gica, criou-se um mercado pol�tico e econ�mico paralelo que n�o nos deixa ver a realidade nua e crua. A �ltima do setor do turismo � que alguns pa�ses est�o determinando o tipo de vacina que ir� definir quem entra e quem n�o entra ali.

Seria isso um tipo de nacionalismo de imunizantes que ir� ditar o mercado do turismo nos pr�ximos meses? Com o ver�o chegando no hemisf�rio norte, a Uni�o Europeia planeja permitir a entrada de americanos que foram vacinados com os imunizantes aprovados pelo bloco, segundo a ag�ncia de not�cias Bloomberg. Ou seja, pessoas vacinadas com as chinesas Sinovac Biothec e Sinopharm provavelmente ser�o impedidas de entrar nos pa�ses que comp�em a Uni�o Europeia. J� na outra ponta, a China reconhece apenas as vacinas chinesas, e aplica as mesmas regras. 

Ent�o, quando achamos que uma pandemia que afetou em cheio a economia global e cerceou drasticamente a capacidade das pessoas de irem e virem, e que ansiosos pela retomada do setor mais afetado as pessoas estariam seguras o suficiente para voltar a viajar, nos deparamos com mais essa. Uma divis�o global, que parece n�o levar em conta a necessidade m�dica e a efic�cia da vacina. 

E eu confesso que me pergunto diariamente o que ser� que vamos aprender com isso tudo. O significado de coletividade, prioridade e humildade pelo jeito n�o �. Falando apenas do turismo, mas com a sensa��o de que se aplica a muitas �reas, a vacina � uma quest�o que vai al�m da medicina e da ind�stria farmac�utica, que sozinhas j� seriam suficientes para uma onda global de solidariedade e luta coletiva pela vida. N�o apenas pela nossa sobreviv�ncia, mas para voltarmos a viver. Como j� falei aqui na coluna no texto  “Quando eu voltar a viajar”, as pequenas coisas do dia a dia que nos trazem doses homeop�ticas de felicidade.

Mas agora, na hora de planejarmos a pr�xima viagem de f�rias teremos que incluir no nosso check list o destino que vai nos receber, baseados na nacionalidade da vacina que tomamos. Nesta mesma not�cia que citei acima, a mat�ria narra uma situa��o. Um casal, onde a mulher � chinesa e executiva que viaja muito pela China e o marido, brit�nico, que regularmente viaja para a Europa. Ou seja, na sa�de e na doen�a, na alegria e na tristeza e at� que a morte os separe, ou a origem da sua vacina contra o coronav�rus. Porque viajar juntos t�o cedo eles n�o v�o. Pelo menos nas viagens internacionais.

N�o apenas a vacina, mas o reconhecimento dela � fundamental para que destinos dependentes do turismo consigam ver uma luz no fim do t�nel. E mais, para que os viajantes n�o precisem escolher seus destinos, de lazer ou de neg�cios, baseados numa pol�tica que s� privilegia poucos, e deixa de fora tanta gente, que al�m de talvez terem adoecido ou perdido um ente querido, ser�o diretamente afetados por esse protecionismo j� t�o fora de moda.

Quer saber mais sobre turismo, al�m de apenas dicas de viagem? Me siga no Instagram @blogdaisabellaricci ou acesse blogdaisabellaricci.com.br





*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)