Aos poucos, o turismo vai melhorando o antigo normal

Existe um ditado antigo que diz que aprendemos “pelo amor, ou pela dor”. Parece que, ap�s 2 duros anos, as coisas v�o se acalmando e os aprendizados se solidificando. O que tinha que voltar, j� est� voltando ao normal, e o que tinha que se readequar, est� entrando nos eixos. Foi sofrido fisicamente e emocionalmente para a maioria de n�s. No caso do turismo, o setor que normalmente estava sempre no fim da fila, dessa vez, tragicamente, foi para o in�cio.

 

O maior baque econ�mico, o maior n�vel de desemprego e a maior quantidade de empresas fechadas. Durante a pandemia dacovid 19 o mundo amargou as fronteiras fechadas. E n�o apenas as fronteiras entre pa�ses, mas tamb�m o fim de semana na cidade vizinha, que parecia um passado distante. Nunca demos tanto valor ao deslocamento, ao pernoite na pousada simp�tica e � prosa com um desconhecido sobre qualquer coisa. Enfim, a queda dos casos de covid e o fim da emerg�ncia sanit�ria no Brasil d�o �nimo ao setor do turismo, mas � fato que aqueles que se preparam, agora poder�o come�ar a colher os resultados. 

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A Organiza��o Mundial da Sa�de ainda n�o decretou o fim da pandemia, mas no Brasil j� temos anunciado o fim da emerg�ncia sanit�ria. Na pr�tica, isso significa que as regras de entrada e sa�da no pa�s come�am a afrouxar, possibilitando que o fluxo de pessoas viajando ganhe for�a.

 

De acordo com a �ltima atualiza��o do site Kayak, s�o 31 pa�ses abertos, sem restri��es de entrada para brasileiros, 155 abertos com restri��es, ou seja, as fronteiras est�o abertas para visitantes que est�o totalmente vacinados e/ou apresentem um resultado negativo no teste PCR ou de ant�geno para COVID-19 e/ou que entrem em quarentena ap�s a chegada. E, por fim, 40 pa�ses permanecem fechados, apenas cidad�os, residentes voltando para casa ou pessoas em outras circunst�ncias especiais podem entrar no pa�s.

No entanto, algumas pesquisas j� sinalizam (mais) aumentos nos custos de viagem, especialmente no transporte a�reo. Obviamente que, muito do aumento se deve a alta dos combust�veis, mas o aumento da demanda tamb�m influencia na alta dos pre�os. Soma-se a isso os diversos feriados emendados que temos neste per�odo, com Semana Santa e Tiradentes um na sequencia do outro, e aproveitando disso, alguns destinos decidiram arriscar em um carnaval fora de �poca. � o caso do Rio de Janeiro, que mesmo mantendo cancelado o carnaval de blocos nas ruas, far� os desfiles na Marqu�s de Sapuca�, de 20 a 23 de abril.

Com os turistas empolgados para arrumar as malas, os destinos e empreendimentos que conseguiram n�o s� atravessar a tempestade dos �ltimos 2 anos, mas que ainda tiveram como estrat�gia o aprofundamento nas tend�ncias de mercado v�o sair no lucro.

 

O momento ainda � de euforia, portanto empreendimentos mal colocados e sem estrat�gia definida acabam conseguindo algum resultado, afinal, as pessoas est�o �vidas para sair de casa. Mas, daqui a pouco os n�veis de exig�ncia v�o subir e a compara��o com quem investiu e mostrou resili�ncia ser� inevit�vel. � nesse momento que prevejo, ainda que com tristeza, mais alguns neg�cios entrando em decad�ncia. O que era aceit�vel antes da pandemia, agora j� n�o ser�. O turismo n�o voltar� ao normal antigo, porque tinha muita coisa a ser melhorada.

 

Se tem uma coisa que a pandemia deixou claro para o mundo dos neg�cios � que para al�m do ambiente externo, existe um comportamento interno de cada destino, de cada empreendedor do turismo, seja grande ou micro, que a adapta��o e o planejamento no curto, m�dio e longo prazos garantem a sa�de de qualquer destino. Afinal, o plantio � livre, mas a colheita � certa.