
Entretanto, � importante ter cuidado ao escolher um guia de turismo. No Brasil, apesar de ser a �nica profiss�o regulamentada dentro do setor, os profissionais ainda n�o t�m o devido reconhecimento. Por outro lado, existem pessoas que se passam por guias de turismo, ou at� mesmo que se formaram h� tanto tempo e sem reciclagem profissional, que n�o s�o capazes de prestar um bom servi�o. Soma-se a isso a falta de fiscaliza��o da atividade, que, no final das contas, deixa turistas sem certeza na hora da contrata��o e profissionais s�rios com dificuldades de atua��o. Enquanto aqueles informais ou sem credenciamento cercam os visitantes em cidades tur�sticas, muitas vezes de maneira at� intimidadora.
J� em destinos consolidados, a profiss�o � levada a s�rio. A forma��o � bem mais complexa do que a temos por aqui. O que reflete em profissionais de extrema compet�ncia, em constante estudo e com empregos formais, ajudando a girar consideravelmente a economia do turismo. A Europa e outros pa�ses do mundo investem no guia de turismo e geram empregos para a categoria, que, geralmente, tem uma das caracter�sticas mais importantes para aquele viajante que quer conhecer um destino a fundo: s�o nativos e conhecem muito sobre os destinos e atrativos que guiam.
A Europamundo � uma das grandes operadoras do mundo. De origem espanhola, hoje faz parte do grupo JBP, empresa que tem mais de 110 anos e maior operador de turismo do mercado asi�tico. A empresa tem em sua base de contratados mais de 300 guias de turismo. Claro que a Europamundo ainda realiza os famosos circuitos circulares pela Europa com grupos maiores. Mas, uma tend�ncia percebida h� alguns anos e acelerada pela pandemia, deu uma nova estrat�gia para a comercializa��o dos seus servi�os tur�sticos. Trabalhando com pequenos grupos, de duas a sete pessoas, as experi�ncias tur�sticas por tem�ticas ou em pequenos vilarejos j� s�o uma realidade comercial.
� poss�vel, nesse novo formato, fazer a “Esc�cia de Harry Potter” ou a “Rota dos Contos de Fadas” seguindo os passos dos irm�os Grimm, em pequenos grupos e ve�culo privativo. Roteiros de enoturismo tamb�m t�m crescido muito, como os roteiros do Chile e diversos na Europa. Mas o grande diferencial � o turismo em pequenos vilarejos, em locais que nem se percebiam como poss�veis destinos tur�sticos. E foi exatamente a� que os guias de turismo se tornaram protagonistas. “O trabalho dos guias, esse trabalho regional, � que na verdade eles conhecem muitos lugares que ningu�m conhece. E � assim que uma grande operadora de turismo, consegue trabalhar esses detalhes”, avalia Clayton Ara�jo, gerente comercial Brasil da Europamundo.
Os guias de turismo contratados pela empresa foram estimulados a trazer a percep��o de seus locais de moradia como potencial tur�stico. Assim, foram apontadas oportunidades para a cria��o de novos roteiros em pequenos vilarejos. Afinal, quem n�o sonha em conhecer a cultura e a rotina de locais pequenos, cheios de coisas e hist�rias a serem descobertas, n�o �? Com o olhar humano e caloroso de um morador que sabe apresentar “sua casa”, melhor ainda.
Portando, lendo ou falando r�pido at� parece a mesma coisa, mas guia tur�stico e guia de turismo s�o coisas bem diferentes, que podem at� ser complementares, dependendo do seu estilo de viajante. Mas saber qual acionar em cada momento, far� sua viagem ser bem mais proveitosa. J� para os nossos governantes, vale a pena investir em forma��o, fiscaliza��o e reciclagem de um profissional t�o importante para o turismo.
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